terça-feira, 2 de junho de 2009

Nelson Jobim confirma que 5 km de destroços localizados são do Airbus que estava desaparecido

Em entrevista coletiva no hotel Windsor, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, o ministro de Defesa, Nelson Jobim, confirmou que os destroços localizados pela Aeronáutica são do A330 da Air France, que desapareceu na noite do último domingo (31) com 228 pessoas a bordo durante o voo AF 447. Jobim disse que o avião Hércules da Força Aérea encontrou por volta das 12h30 desta terça-feira (2) uma extensão de 5 km de destroços da aeronave.


Círculos em vermelho indicam locais onde supostos destroços do avião foram avistados.

Os destroços são de fios, objetos metálicos, entre outros elementos, de acordo com Jobim. Mais cedo, a Aeronáutica confirmou ter encontrado uma poltrona de avião, pequenos pedaços brancos, uma boia laranja, um tambor e vestígios de óleo e querosene boiando a 650 km a nordeste de Fernando de Noronha. Segundo o coronel Jorge Amaral, o material foi encontrado pela aeronave C-130 em dois pontos diferentes distantes 60 km um do outro, às 6h49 desta terça-feira.


Segundo Jobim, as buscas pela aeronave continuam. O que for localizado pela Aeronáutica e pela Marinha será transportado, via navios, a até um ponto que fica a 400 km de Fernando de Noronha. De lá, aeronaves Hércules transportarão o material até Fernando de Noronha, onde peritos da Polícia Federal e do Instituto Médico Legal (IML) realizarão uma perícia.

O ministro disse que amanhã, às 11h, o navio patrulha da Marinha chegará ao local onde os destroços foram encontrados. Ele justifica a demora alegando que os barcos se deslocam apenas a uma velocidade equivalente a 30 km/h. O navio estará equipado com botes salva-vidas para o caso de sobreviventes serem encontrados. Jobim, entretanto, não quis falar sobre a possibilidade de encontrar sobreviventes.

Dois navios mercantes chegaram na tarde de hoje, ao local dos destroços avistados. Um terceiro navio mercante também foi desviado para o local. As três embarcações são de bandeira estrangeira (duas da Holanda e uma da França), e o desvio foi possível devido a acordos internacionais. Os navios mercantes estão no local exclusivamente para encontrar possíveis vítimas. O manuseamento dos destroços será feito somente pelos navios da Marinha.

A investigação sobre as circunstâncias e as causas do acidente serão realizadas pelo governo francês, ressaltou o ministro. Caso cheguem navios franceses para auxiliar no recolhimento de destroços, eles integrarão a operação brasileira já em andamento.

Jobim conversou com os familiares dos passageiros durante sua passagem pelo Rio de Janeiro, mas afirmou que não falou sobre possíveis sobreviventes. "A operação está sendo feita em cima de resultados, não de hipóteses". O ministro confirmou que a lista de passageiros deve ser divulgada amanhã, mas ressaltou que a mesma pode não estar completa já que familiares manifestaram o desejo de não divulgar os nomes de seus familiares.

O Airbus A330 que fazia o voo AF 447 Rio de Janeiro-Paris decolou no domingo (31) à noite do aeroporto Tom Jobim e deveria ter pousado no fim da manhã de segunda-feira (horário de Paris) no aeroporto Charles de Gaulle de Paris, com 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo.

O último contato feito pelo avião com o controle ocorreu às 22h33 do domingo (horário de Brasília). Às 23h14 uma mensagem automática indicou problemas no circuito elétrico da aeronave.

Segundo o diretor de comunicação da Air France, François Brousse, a aeronave "foi provavelmente atingida por um raio". Especialistas divergem sobre as causas do acidente

De acordo com a nota divulgada pela companhia, a última manutenção da aeronave no hangar aconteceu no dia 16 de abril deste ano. O aparelho está equipado com motores General Electric CF6-80E.
Fonte: Do UOL Notícias Em São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário