quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Acusados de racha que matou adolescente são condenados a seis anos em regime semiaberto

Os dois participantes de um racha que terminou com o atropelamento e a morte da adolescente Fabíula Coálio, de 12 anos, há seis anos, em Maringá, foram julgados por homicídio doloso

Depois de quase 17 horas de julgamento, Luiz Cavicchioli Forini, 24 anos, e Marcos Jesus da Silva, 31 anos, foram condenados na madrugada desta quarta-feira (5) a seis anos e a seis anos e meio de prisão, respectivamente, em regime semiaberto, por homicídio doloso. Os dois eram acusados de participarem de um racha que terminou com o atropelamento e a morte de Fabíula Coálio, de 12 anos, em Maringá, em 2003. O crime ocorreu na Avenida Colombo, trecho urbano da BR-376 que corta a cidade.

A sentença foi anunciada pelo juiz Cláudio Camargo dos Santos, titular da 1.ª Vara Criminal de Maringá, por volta da 1h30 desta quarta-feira (5). Como se trata de condenação em primeira instância, cabe recurso à decisão. Os advogados das partes, bem como o promotor, não foram localizados pela reportagem para falar sobre essa possibilidade.

O Fórum de Maringá ficou lotado durante o julgamento, que teve gente até do lado de fora
Foto: RPC

O julgamento, que ocorreu no Fórum de Maringá, começou por volta das 8h30 de terça (4) e foi acompanhado por muita gente, já que o caso gerou comoção na cidade. Entre os sete jurados que compuseram o corpo de sentença, quatro votaram pela condenação e três, pela absolvição.

"Os jurados decidiram e nós só temos que acatar. Foi uma vitória, sim, porque eles [os acusados] tiveram que ficar aqui [no Fórum] e encarar de frente o que eles fizeram. Não vai trazer a minha filha de volta, mas ao menos foi feito um pouco de justiça", disse Márcia Coália, mãe de Fabíula, à reportagem da RPC TV Cultura.

O processo tinha 900 páginas. O promotor de Justiça que atuou na acusação foi Edson Aparecido Cemensati. Na defesa estiveram os advogados Laércio Nora Ribeiro (que defendeu Silva) e José Hermenegildo Baptista Raccanello (que representou Forini).

O crime

De acordo com Cemensati, Fabíula estava na Avenida Colombo, a cerca de 400 metros acima do cruzamento com a Avenida Paraná, quando foi atropelada pelo carro de Silva. Forini estava dirigindo um Ômega turbinado. Cemensati afirma que um laudo pericial apontou que ambos estavam a uma velocidade de 130 km por hora no momento do acidente. O choque aconteceu às 19h30 de uma quarta-feira, 13 de agosto.

Fabíula estava no meio-fio, prestes a iniciar a travessia da avenida, já que sua mãe tinha uma lanchonete do lado outro da via. Segundo Cemensati, ela foi arremessada a uma altura de mais de cinco metros e caiu a 66 metros do local do atropelamento, tendo morte instantânea.

Os homens, ainda segundo a promotoria, haviam iniciado o racha no cruzamento entre a Avenida Colombo e a Rua Professor Lauro Werneck, o que significa que eles percorreram pelos 800 metros até o atropelamento.
Fonte: Jornal de Maringá Online

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