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domingo, 3 de maio de 2009

A Perseguição de Cristãos no Irã

Embora os direitos de cristãos, judeus e zoroastras sejam assegurados pela Constituição, na prática, todos são vítimas de retaliação e perseguição. As restrições e a perseguição ao cristianismo têm se multiplicado rapidamente nos últimos anos.

O governo do Irã está consciente do desdobramento da Igreja nas últimas décadas. Ele tem procurado impedir e tornar impossível o crescimento dos cristãos.

É permitido que igrejas ligadas à minorias étnicas ensinem a Bíblia ao seu próprio povo e em sua língua. No entanto, essas igrejas são proibidas de pregar em persa, a língua oficial do país.

Muitas igrejas recebem visitantes durante seus cultos, alguns deles, entretanto, são da polícia secreta e monitoram as reuniões.

Cristãos ativos sofrem pressão. São interrogados, detidos e, às vezes, presos e agredidos. Casos mais críticos envolvem até a execução.

Os muçulmanos que se convertem ao cristianismo são rotineiramente interrogados e espancados. Além disso, acredita-se que muitos homicídios não esclarecidos são praticados por radicais que frequentemente ameaçam os cristãos de morte.

Além da violência exercida pelas autoridades, os ex-muçulmanos são também oprimidos pela sociedade. Eles têm dificuldade em encontrar e manter um emprego, pois são demitidos quando se descobre que são convertidos. Aqueles que começam um negócio próprio têm problemas em fazer a clientela. Para esses cristãos, é difícil ganhar dinheiro.

Em 2008, aconteceu um grande número de ataques a igrejas domésticas e muitos cristãos foram presos, fazendo desse um dos anos mais difíceis para a Igreja desde a Revolução Islâmica em 1979.

Em agosto do mesmo ano, um casal cristão com cerca de 60 anos de idade morreu depois de serem atacados pela polícia secreta. Policiais invadiram o culto que era realizado na casa do casal, na cidade de Isfahan, e agrediu os dois.

A polícia prendeu Abbas Amiri, herói de guerra e ex-muçulmano, no dia 17 de julho, com outras 15 pessoas presentes no culto. O anfitrião morreu em um hospital no dia 30 de julho em decorrência dos ferimentos. A esposa dele, Sakineh Rahnama, morreu no domingo, 3 de agosto, também por não resistir aos ferimentos.

Em 2003, outro militar convertido foi preso, mas, dessa vez, foi condenado à morte. Hamid Pourmand era um ex-militar que se tornou pastor da Assembleia de Deus. Mesmo passados 25 anos de sua conversão, ele enfrentou um julgamento que poderia levá-lo à execução por deixar a fé muçulmana.

Sentenciado a três anos de cadeia, o ex-coronel foi dispensado de forma desonrosa do exército e privado de seus benefícios e pensão militar. Sua esposa e filhos, que ficaram sem sustento, tiveram de sair da casa em que viviam.

Entretanto, em uma audiência no dia 28 de maio de 2005, o tribunal islâmico considerou Hamid inocente. As autoridades prisionais de Teerã, de forma bastante discreta, mandaram o cristão Hamid Pourmand para casa informando que ele não precisaria cumprir os 14 meses restantes de sua sentença de 3 anos.

Depois da libertação, em 20 de julho de 2005, o pastor Hamid foi avisado de que frequentar cultos poderia fazer com que sua ordem de libertação fosse revogada e ele seria mandado de volta para cumprir o restante da pena.

Fonte: Missão Portas Abertas

Um comentário:

Java disse...

Perseguir uma religião que prega o perdão e o amor deveria ser crimes contra a humanidade.
Deveria ter sansão da ONU.