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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Agentes Penitenciários do Paraná decidem hoje em Assembleia Geral Extraordinária se entram em greve por tempo indeterminado

Os Agentes Penitenciários do Paraná realizam no dia de hoje atraves do SINDARSPEN - Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná Assembleias Gerais Extraordinárias nas cidades de Curitiba: na Sociedade Urca, rua Albano Reis, 170 Bairro Ahú; - Londrina: no Salão da Igreja Presbiteriana da Betel, sito à rua José Ventura Pinto, 584, Jardim San Fernando; - Cascavel: no salão de convenção da UNIVEL – União Educacional de Cascavel – sito à avenida Tito Muffato, 2317, bairro Santa Cruz e - Guarapuava: no salão da AABB, sito a rua Guairá, 5055, Bairro Boqueirão, às 8h00min em 1ª convocação, com cinquenta por cento da categoria, e às 8h30min, em 2ª convocação com qualquer número de presentes, para decidirem se entram ou não em greve por tempo indeterminado.

3 comentários:

Silvio J. Bondezan disse...

O sistema penitenciário no Paraná está tomando um rumo muito semelhante à outros estados da União: Primeiro o Governo abandonou os projetos de engenharia e arquitetura compactos, com capacidades para até 374 detentos, que permitiam maior controle por parte da segurança, mais agilidade no tratamento penal e, para quem acredita, o preso saía com esperança de ressocialização; Segundo, o Governo optou por uma política de encarceramento de massa para compensar a falta de políticas públicas de qualidade de vida, como educação, saúde, moradia, assistência ao desempregado, etc., o que culminou com construções de unidades penais gigantescas, com baixo efetivo de funcionários técnicos, administrativos e agentes, ou seja, essas unidades, com capacidades para acima de 900 presos, dificulta o trabalho como um todo, ainda mais, porque geralmente esses presídios são administrados por “afilhados de políticos”, os quais muitos só estão preocupados em não perderem os cargos. Esse tipo de política aproximou ainda mais o agente do preso, ou seja, um único agente torna-se responsável pela custodia de muitos internos, o que potencializa o acesso à corrupção e as suscetíveis ameaças. Alguns fatos ainda são agravados devido às ingerências: como se explica que unidades recém inauguradas tiveram históricos de fuga e rebeliões? Entre o Estado penal e os presidiários, estão os Agentes, mal orientados de suas reais funções dentro do sistema, e tentando sobreviver a toda essa irresponsabilidade, seja do governo ou de diretores, e se não bastasse, tendo que suportar todo o ódio do preso, que vê nesse profissional o símbolo da opressão pelas leis, pela sociedade ou das ruas. Sou contra a greve no sistema penal, mas como profissional do sistema acredito que merecemos um pouco mais de respeito por parte da SEJU.

Anônimo disse...

Parabéns ao senhor Silvio J. Bondezan.
O Paraná hoje parece adotar uma política penal semelhante aos anos da ditadura.
Elson

Anônimo disse...

Alguém dizia no passado:
"Cadeias com superlotações, mesmo dentro da capacidade, é uma fábrica de fazer capeta".
O que você acha Luciano.