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terça-feira, 5 de maio de 2009

Média geral das escolas estaduais do Paraná fica acima da nacional


A qualidade do ensino das escolas estaduais continua entre as melhores do Brasil. A informação foi confirmada pela secretária da Educação, Yvelise Arco-Verde, nesta terça-feira (05), na Escola de Governo. Ela comentou os resultados das provas do Exame Nacional do Ensino Médio- Enem, divulgados semana passada, cuja interpretação precipitada de dados parecia indicar o contrário.

A média geral das escolas estaduais paranaenses este ano foi a sexta melhor do País, com desempenho acima da média nacional. “A interpretação dada pela mídia, é uma interpretação que se suporta ou na ignorância ou na má-fé. Esse espírito de oposição não agride o governo, mas o estado do Paraná”, comentou o governador Roberto Requião.

A secretária ressaltou que os alunos das escolas estaduais paranaenses mantiveram sua posição geral em relação ao ano anterior. “E houve alguns avanços, como na prova objetiva, em que subimos uma colocação. Em 2008, as escolas estaduais ficaram em quinto lugar na prova objetiva. Este ano, estão em quarto”, informou.

Requião destacou que o enfoque das escolas públicas estaduais de ensino médio difere do das particulares. “A escola estadual visa a formação de um cidadão crítico, enquanto a rede privada tem foco no vestibular”, comparou. Dos 472.244 alunos do ensino médio no Paraná, 90% estudam nas escolas estaduais.

ENEM – A secretária da Educação lembrou que o formato das provas do Enem não visa a avaliação da qualidade de ensino das escolas, mas o desempenho individual do aluno. “O próprio Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) reconhece que as provas do Enem não são comparáveis ao longo dos anos, já que são calibradas com diferentes níveis de dificuldade”, ressaltou Yvelise.

Atualmente, os instrumentos de avaliação da qualidade do ensino são a Prova Brasil e o Sistema de Avaliação da Educação Básica- Saeb, que geram dados para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica- Ideb. Segundo Yvelise, o governo federal tem planos de alterar a forma de avaliação do Enem a partir do próximo ano, o que poderá torná-lo uma ferramenta mais eficaz para avaliar qualidade de ensino. “Até aqui, os resultados servem apenas como uma pista a mais”, informou.

INCLUSÃO – O resultado aparentemente negativo de algumas escolas estaduais paranaeses na classificação do Enem não representa necessariamente situação desfavorável. É o caso da Escola Estadual Alcindo Fanaya, de Curitiba, que ficou em penúltimo lugar. O estabelecimento é especializado em atendimento a alunos surdos e abriga também portadores de deficiências leves. “Os estudantes fizeram questão de participar do Enem, mesmo não havendo provas específicas”, relatou a secretária Yvelise.

A proposta de inclusão do Governo do Estado é uma realidade nas escolas estaduais do Paraná. O estado foi o único a apresentar crescimento no número de matrículas no ensino médio entre os estados do Sul e Sudeste e continua investindo na qualidade do ensino. Dos 164 mil alunos que participaram do Enem em 2008, cerca de 85% são alunos de escolas estaduais, que atendem a um público heterogêneo em termos de história e diversidade cultural.

“Não se pode querer avaliar com os mesmos parâmetros o desempenho de alunos de uma escola indígena, no interior do Estado, e de uma escola privada na capital. Muitas crianças da rede pública ganham seu primeiro livro, quando ingressam na escola e muitos são filhos de adultos que só agora têm a oportunidade de ser alfabetizados”, analisou Yvelise.

A maior parte das escolas estaduais, cujo desempenho está abaixo da média nacional, é atendida pelo Programa Superação, Secretaria. O programa monitora 358 escolas, com o objetivo de detectar e sanar as fragilidades, sejam elas relativas à qualidade pedagógica, abandono e ou violência.
Fonte: Agências Estadual de Notícias

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