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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Presos se rebelam e assumem controle da PCE

Foto:Anderson Tozato
Com a retirada do batalhão da Guarda da PM,os presos tomaram conta da PCE, em Piraquara.

Uma violenta rebelião, na noite de ontem, tomou conta de todas as 14 alas da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, onde há cerca de 1.500 presos.

O tumulto começou por volta das 21h e há três agentes penitenciários reféns. Informações no local dizem que seriam pelo menos oito presos mortos. Em entrevistas a rádios, um dos rebelados garantiu por telefone que os funcionários estavam bem. Os presos decidiram iniciar as negociações apenas na manhã de hoje.

A rebelião foi facilitada pela retirada dos policiais militares que faziam a segurança interna da unidade. Ficaram apenas os agentes penitenciários. À noite, menos de 20 deles.

O motivo seria a transferências de cerca de 30 integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para a Penitenciária Estadual do Paraná (PEP) e, também, movimentação interna de alguns detentos. Na hora da contagem de presos, que é feita a cada troca de turno, todos os dias, os presos tomaram os agentes reféns.

Tiroteios

Quando a equipe do Paraná Online chegou ao local, ocorria um tiroteio na PCE. Havia muito fogo nas alas e presos subindo à laje. Alguns com celular, de dentro da cadeia, telefonaram a parentes e informaram que o chefe de segurança - seu nome seria Tadeu - abriu algumas celas, facilitando a tomada da unidade.

Viaturas de todos os batalhões da PM, de Curitiba e região, foram à penitenciária. Até mesmo policiais de folga foram chamados e, a todo momento, chegavam em comboios.

Até a Companhia de Polícia de Choque, a Cavalaria e o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, foram ao presídio. Às 22h, o secretário da Justiça, Jair Ramos Braga, chegou ao local.

Negociações
Foto:Anderson Tozato
Através do rádio comunicador dos agentes, presos entraram na frequência de comunicação da PM e, entre outras coisas, exigiram a presença da imprensa, de órgãos de direitos humanos e do secretário de Justiça.

Um preso, que se identificou como integrante do PCC, desculpou-se dizendo que não queria que a situação chegasse a esse ponto. Disse que mantinha os agentes reféns e que, apesar de machucados, nenhum deles estava morto. Também afirmou que desafetos do PCC também eram mantidos reféns no meio do pátio e, se a polícia invadisse o presídios, seriam mortos.Fonte: Parana Online, reportagem de Giselle Ulbrich

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