Uma manifestação contra a corrupção vai percorrer a avenida Tiradentes na manhã deste sábado, feriado de Tiradentes, a partir das 9 horas, em Maringá.
O ato está sendo organizado por um grupo de cidadãos e tem o apoio de várias entidades da sociedade civil e de classe, como Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subsecção de Maringá, Rotary,Lions clubes, lojas maçônicas de Maringá e região e estudantes.
O porta-voz do movimento, José Plínio Silva Filho, diz que a passeata é um grito de inconformismo e repúdio diante do desalentador cenário no trato da coisa pública, que é agravado pela impunidade.
A luz no fim do túnel, lembra ele, é a aprovação da Lei da Ficha Limpa estendida para os servidores que desejam seguir carreira no funcionalismo público. Embora seja o porta-voz do movimento, Silva Filho afirma não falar em nome de ninguém e de nenhuma entidade.
A mobilização pretende demonstrar a indignação dos cidadãos contra os desmandos causados pela corrupção na gestão pública e provocar nas pessoas a consciência de suas obrigações cívicas e incentivá-las a participar mais diretamente das decisões e destinos da vida comunitária, a exemplo dos conselhos escolares, de saúde, da criança e do adolescente, do idoso, da assistência social. ?
Estamos em ano eleitoral.
É uma boa oportunidade de fazer nosso grito ser ouvido e buscar o comprometimento de todos, principalmente dos jovens?, avalia Silva Filho.
Alguns números da corrupção
Superfaturamento de obras públicas, fraudes em licitações, compra de votos, tráfico de influência. A lista de crimes cometidos por corruptores e corruptos de todas as esferas e categorias em todo o país somente na última semana poderia preencher esta folha sem muito esforço.
E, muito provavelmente, faltaria espaço para completá-la.
Publicado em 2010 pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Índice da Percepção da Corrupção estimou entre 1,38% a 2,3% do produto interno bruto (PIB) o custo médio da corrupção no país apenas naquele ano.
Traduzindo: de R$ 50,8 bilhões a R$ 84,5 bilhões foram furtados dos cofres públicos para servir a interesses particulares.
Tomando por base o custo estimado no cenário realista, de R$ 50,8 bilhões, seria possível investir em equipamentos e materiais para 129 mil escolas das séries iniciais do ensino fundamental, construir 918 mil casas populares de acordo com os padrões do programa Minha Casa, Minha Vida II. Fonte: Textual Comunicação
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sábado, 21 de abril de 2012
Maringaenses vão às ruas contra corrupção neste sábado
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