Antonio Cruz / Agência Brasil
O aperfeiçoamento do sistema de defesa antiaéreo brasileiro é um dos requisitos exigidos para a realização dos grandes eventos que o país sediará nos próximos anos, com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos
Os governos do Brasil e da Rússia firmaram nesta quarta-feira (20) declaração de intenções para que o Ministério da Defesa inicie negociações destinadas à compra de baterias antiaéreas russas, o desenvolvimento conjunto de novos produtos de defesa e a transferência de tecnologia para a participação de empresas estratégicas brasileiras nos processos de produção e sustentabilidade logística integrada.
O aperfeiçoamento do sistema de defesa antiaéreo brasileiro é um dos requisitos exigidos para a realização dos grandes eventos que o país sediará nos próximos anos, com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
Com armamentos comprados há mais de 30 anos, as Forças Armadas brasileiras não têm atualmente um sistema de artilharia de médio alcance, que possa atingir alvos a até 15 quilômetros de altitude.
No documento assinado, os dois países declaram a intenção de incrementar, a partir de março, as negociações “com vistas à possibilidade de preparação de contrato para futuras obtenções” de baterias antiaéreas russas, com “transferência efetiva de tecnologia, sem restrições”.
O Brasil e a Rússia também colocam, oficialmente, o segmento de defesa antiaérea como uma área de prioridade de investimentos e desenvolvimento conjunto.
As negociações fazem parte do Plano de Ação da Parceria Estratégica Brasil-Rússia, firmado durante a visita da presidenta Dilma Rousseff a Moscou em dezembro de 2012.
A conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, ocorreu no Palácio do Planalto e durou cerca de uma hora.
A discussão sobre a retirada do embargo pela Rússia à carne brasileira será tratada na reunião técnica entre Medvedev e o vice-presidente Michel Temer, no Itamaraty.
Segundo a Secretaria de Imprensa do Planalto, Dilma e Medvedev também conversaram sobre cooperação nas áreas de energia, gás, petróleo, hidrelétricas, energia nuclear, área especial e defesa.
A presidente Dilma aproveitou a oportunidade para convidar empresas russas a participarem dos vários processos de licitação que o governo está fazendo na área de infraestrutura.
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