Recentemente a inauguração do templo da Igreja Mundial foi noticiada apenas como um transtorno, como um problema de trânsito. Leia aqui
A última vez que passei pela Dutra, levei cerca de 4 horas para sair do perímetro urbano de São Paulo e era um dia normal sem nenhum evento, no dia a dia podemos constatar pelos telejornais a realidade do trânsito das grandes capitais e sofremos em menores proporções em cidades de médio porte.
Incrível é que praticamente todos os eventos de massa evangélicos são perseguidos por boa parte da mídia, e algumas pessoas expõe a sua aversão e preconceito contra os evangélicos, uma intolerância com o diverso.
Outra detalhe revoltante é que em se tratando de São Paulo e das grandes capitais, quase todo final de semana próximo aos estádios de futebol ocorrem grandes aglomerações por conta de jogos, shows e outros eventos, a Dutra e as marginais do Rio Tietê tem trânsito lento devido a falta de estrutura, são vias de nível de trafego elevado, qualquer alteração no fluxo pára tudo.
Portanto, no mínimno existem atenuantes neste episódio, a Igreja e o poder público devem sim buscar o entendimento e dialogarem para que ambos direitos sejam preservados, o das pessoas cultuarem naquele templo e do ir e vir, no entanto pedir a interdição do templo da igreja não seria uma afronta a liberdade religiosa?
Daqui a pouco a sua igreja será considerada como motivo de transtorno para o trânsito no bairro onde esta, pois tem 50, 100, 200, 500, 1.000 carros estacionados, então algum órgão público pedirá a interdição do templo pelo transtorno. Isto é razoável? Um outro enfoque não seria o do incentivo ao uso do transporte coletivo e de ciclovias, etc.
Realmente, para todos grandes eventos seculares e até de outras religiões o aparato de segurança pública deve estar a disposição dos CIDADÃOS,
os membros desta Igreja são pagadores de impostos.
Preocupante é sabermos que a Copa exige melhorias urgentes na mobilidade, no planejamento urbano e principalmente nas obras de estrutura viária municipal, estadual e federal, este sim é um ponto a ser destacado.
Não conheço o Bispo Valdomiro, mas o parabenizo pela grande evento e pela coragem. Também posso até a distância reconhecer que para grandes eventos existem cuidados a serem observados pelos organizadores, agora o que vemos, lemos e ouvimos nos comentários e críticas, são palavras eivadas de preconceito religioso e intolerãncia religiosa.
Se as pessoas gostam da igreja e são abençoados e encontram força para lutar pela vida e por aquilo que é bom, amém. Se alguém não gosta desta igreja não vá até ela, procure outra, critique, fique em casa, mas impedir o funcionamento da igreja por que são muitas as pessoas que afluenm ao templo? É sensato isto? Não conceder o álvara de funcionamento? O tema tem que ser mais discutido e a igreja deve ser orientada, as igrejas devem ser consultadas e ouvidas.
Os parlamentares devem atentar para o Estatuto das Cidades, para os planos diretores das cidades e verificarem o que pode ser feito para que ambos direitos sejam preservados, o da liberdade religiosa e o direito de ir e vir.
Finalmente esta claro que não era um evento que acontecerá todos os dias, era uma inauguração, portanto não se trata de impedir as pessoas no seu direito de ir e vir – o que ocorre é que o Brasil carece de mais estrutura nos meios urbanos, imaginem durante a Copa.
Em tempo, vou ver como a mídia repercutirá a inauguração de uma igreja em São Paulo que promete outra aglomeração, porém de outra denominação.
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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Preparativos para Copa, interditar a Igreja Mundial
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