No Paraná no dia 13 de novembro comemora-se o dia do agente penitenciário, uma homenagem ao agente penitenciário Adalberto Gomes da Silva, morto durante a rebelião na Penitenciária Central do Estado em Piraquara no dia 13 de novembro de 1989.
A profissão de agente penitenciário é considerada pela Organização Internacional do Trabalho como a segunda mais perigosa do mundo.
O exercício profissional do agente penitenciário exige uma série de habilidades e competências muito peculiares, seguramente dentre as carreias de profissionais de segurança a profissão de agente penitenciário tem elevados índices de complexidade.
Dentro das unidades prisionais o agente penitenciário vive em constante tensão, para os presos que ingressam no sistema penitenciário ele é visto como a personificação do Estado que o prende, ao longo da pena o agente penitenciário é visto pelos presos como a sociedade que lhe privou de direitos fundamentais, e não para por aí.
No cumprimento da pena o agente penitenciário é um dos principais agentes da reeducação, da ressocialização do apenado, ao garantir o acesso aos direitos dos presos, ao ser exemplo de valores elevados e ao impor a disciplina dentro dos limites exigidos na unidade prisional, limites estes que os apenados não têm e que em muitos casos nunca os tiveram.
Neste processo o embate dos presos com os agentes penitenciários é inevitável, porém o agente penitenciário não pode recuar e cumprindo o seu papel de estabelecer limites dentro das regras disciplinares o agente muitas vezes é agredido e em algumas vezes recebe ameaças diretas e veladas.
O agente penitenciário luta diuturnamente pela redução de sua vulnerabilidade, com: inteligência, coragem, profissionalismo, proatividade e espírito de equipe, marcas dos agentes penitenciários do Paraná que a despeito das dificuldades tem se esforçado para manter o elevado nível do sistema penal paranaense.
Em meio a grandes desafios os agentes penitenciários do Paraná tem contribuído significativamente para que o sistema penal do Paraná tenha elevado número de presos trabalhando e estudando, reduzidos índices de suicídios e homicídios dentro das penitenciárias, reduzidos índices de fugas e baixos índices de motins e rebeliões.
É o momento de toda a comunidade reconhecer cada vez mais o papel fundamental destes profissionais que lutam para manter e melhorar os níveis de defesa social no Paraná.
A todos os agentes penitenciários do Paraná, parabéns.
Luciano Marcelo Simões de Brito
Agente Penitenciário
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012
13 de novembro, Dia do Agente Penitenciário no Paraná
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Um comentário:
Adilson de Alencar Borges SEJU/DEPEN/CPA/GAAP 2
21/11/2012
Agentes penitenciários, quem são:
Somos aqueles que zelam pelo sono e tranqüilidade dos cidadãos Brasileiros, enquanto o nosso povo trabalha ou dorme, nós estamos no labor diuturnamente com a custódia dos presos e evitando fugas; nas prisões nas penitenciárias e nos semi-abertos.
Somos aqueles que se direcionam ao perigo, mesmo sem material de segurança individual, afim de aminiza-lo, para que a nossa gente possa ficar em paz.
Estamos preparados psicologicamente para o perigo, e para o stress “da lida “com os presos”“.
Somos aqueles que zelam pela vida de todos nas penitenciárias, desde os presos, funcionários, Diretores, Técnicos e visitas; mesmo sem ter todo o equipamento de segurança necessário (EPSI), fazemos o melhor com o que temos apenas a identificação Agente penitenciário (COLETE DE PANO), para que todos em geral se sintam em segurança.
Somos aqueles esquecidos nos fundões das penitenciárias, e, que só somos lembrados quando há uma rebelião e ficamos de reféns; quando assim os presos pedem mais agilidade nos processos ou pedem justiça, e outras coisas.
Somos aqueles que são estereotipados como marginais pôr apenas trabalharmos com os presos, dentro das unidades prisionais, quando na verdade respeitamos a todos.
Somos aqueles que somos marginalizados pela mídia e pela sociedade. Mortos nas ruas sem chance de defesa.
Somos aqueles que mantemos a segurança das unidades, e tentamos a ressocialização dos presos.
Somos aqueles que somos assassinados sem chances de defesa.
Somos aqueles que esperamos reconhecimento do governo e da sociedade. PEC 308/04 Policia Penal já!
Muito obrigado!
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