Paralisação parcial do governo chega ao 14º dia e prazo para que a dívida americana atinja seu teto se aproxima, sem que acordo político pareça próximo
Os Estados Unidos dão início nesta segunda-feira a uma semana decisiva para os rumos da economia do país. A paralisação parcial do governo chega ao 14º dia e o prazo para elevação do limite de endividamento do governo - dia 17, quando a dívida americana atingirá o teto de 16,7 trilhões de dólares - está cada vez mais próximo. Em entrevista ao programa Meet the Press, da rede americana NBC, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, advertiu para o risco de que um calote dos EUA – o primeiro da história do país - leve a economia global à recessão.
Durante o fim de semana as negociações entre o presidente Barack Obama, e deputados republicanos não tiveram resultado, deixando para o Senado a tarefa de encontrar um acordo bipartidário. Lagarde alertou que, se os congressistas americanos não chegarem a um acordo a tempo, provocarão uma "enorme turbulência" na economia global. "Estaremos sob o risco de cair, novamente, em recessão", afirmou.
As negociações no Senado mostraram sinais de progresso no domingo, mas ainda não há garantias de que a paralisação do governo federal esteja perto do fim - ou de que o default da dívida será evitado. O líder da maioria no Senado, Harry Reid, e o líder dos republicanos na Casa, Mitch McConnell, fizeram uma rodada de negociações classificadas por Reid como "substanciais". O senador democrata não deu detalhes, mas o comentário alimentou esperanças de que o Congresso conseguirá aprovar um projeto de lei para financiar o governo, que está paralisado desde 1º de outubro, e elevar a capacidade de financiamento.
"Estou otimista sobre as perspectivas para uma conclusão positiva ao tema", afirmou Reid. Também no domingo, McConnell emitiu comunicado pedindo que os democratas apoiem uma iniciativa bipartidária para acabar com a paralisação e elevar o teto da dívida.
Estão previstas sessões no Senado e na Câmara nesta segunda-feira, apesar do feriado de Columbus Day. Qualquer acordo no Senado terá de ser votado também pela Câmara dos Deputados, onde a maioria republicana tem sido bastante pressionada pelos conservadores a não fazer concessões ao presidente Barack Obama e ao Partido Democrata. Fonte: Revista Veja, com agência Reuters e Estadão Conteúdo
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