A história e a função social da igreja evangélica Assembleia de Deus foram ressaltadas por parlamentares de diversos partidos ontem na Câmara. Em sessão solene que homenageou os cem anos de fundação da congregação, os deputados Paulo Freire (PR-SP), Ronaldo Nogueira (PTB-RS) e João Campos (PSDB-GO), entre outros, destacaram principalmente a participação da igreja na vida política do País e os trabalhos sociais realizados pelos assembleianos.
A Assembleia de Deus surgiu no Brasil em 18 de junho de 1911, por iniciativa dos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren. Vindos dos Estados Unidos, eles haviam aportado em Belém (PA) no ano anterior, com a missão de pregar o Evangelho em uma terra distante. De Belém, a igreja se difundiu por todo o País. Hoje a instituição conta com cerca de 200 mil templos em todos os estados e aproximadamente 20 milhões de seguidores, segundo dados citados na sessão por Paulo Freire.
“Esses cem anos são dignos de uma epopeia. Os pastores suecos lançaram em nossas terras a crença de que, com fé e trabalho, é possível ver a determinação de Deus dia após dia. Houve perseguição política e religiosa implacável, mas os fundadores jamais desanimaram”, observou.
Em relação à participação da igreja na vida política do País, o deputado João Campos afirmou que o segmento evangélico contribui com a Nação ao se fazer representar na Câmara e no Senado. “A igreja presta colaboração de interesse público para este País. Temos anunciado a boa nova em todos os lugares”, disse Campos. Para Paulo Freire, essa participação se justifica em razão da necessidade que todos os segmentos sociais têm de se fazer ouvir pelos Poderes.
Trabalhos sociais - Entre os trabalhos sociais executados pela Assembleia de Deus, Paulo Freire destacou a reabilitação de usuários de drogas e a inserção de jovens no mercado de trabalho. Já Ronaldo Nogueira citou a existência, em Porto Alegre (RS), de clínica de atendimento a crianças soropositivas, de asilo e de casa de acolhimento de dependentes químicos, todos ligados à igreja. “A assembleia chega a cidadãos que não seriam alcançados pelas políticas públicas de Estado”, disse Nogueira.
Os parlamentares lembraram ainda o uso que a Assembleia de Deus faz dos meios de comunicação para divulgar sua doutrina. Zequinha Marinho (PSC-PA), no entanto, observou que, apesar dessa facilidade, a igreja convive hoje com desafios relacionados às drogas e à criminalidade crescente. Os desafios, segundo o presidente da Convenção das Assembleias de Deus no Brasil, pastor Jose Wellington da Costa, estendem-se ao Parlamento. Ele pediu aos deputados que não aprovem propostas que, segundo ele, trariam contrariedades ao País, como a institucionalização da prostituição como profissão e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Fonte: Jornal da Camara
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quarta-feira, 15 de junho de 2011
Parlamentares destacam função social da Assembleia de Deus
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