Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, admitiu que duas facções do Estado, o Comando Vermelho e a ADA (Amigos dos Amigos), podem ter se associado para executar os recentes ataques à capital fluminense. Ainda segundo o secretário, uma pessoa presa em Copacabana, na zona sul, informou à polícia que a ordem dos ataques saiu de dentro de presídios para a Vila Cruzeiro, de onde foram repassadas para os criminosos
“Em tese, as ordens são do Comando Vermelho", disse Beltrame. "Não tenho concretamente, mas se isso [ordem dos presídios] for verdade, a Secretaria de Segurança não tem como agir nisso", complementou o secretário, afirmando que, historicamente, informações saem de presídios por meio de advogados e visitas íntimas. Segundo o jornal "O Globo", cartas teriam sido enviadas do presídio de Catanduvas, no Paraná, para criminosos do Rio, dando a ordem dos ataques.
Segundo Beltrame, o governo estadual pediu a transferência de oito detentos do Rio para presídios federais, mas não divulgou nomes.
Hoje foi o terceiro dia de violência no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar do Estado, uma grande operação acontece em 18 favelas da região metropolitana da capital. Desde domingo, houve carros incendiados e metralhados, além de bases da polícia atacadas.
De acordo com o último balanço da Polícia Militar, das 11 pessoas presas ao longo do dia, seis foram liberadas e cinco permanecem presas. Três criminosos morreram, ainda segundo informações da polícia --um foi morto na favela da Mandela, outro na Vila Cruzeiro e o terceiro na Ilha do Governador. Desde domingo, criminosos têm incendiado e metralhado carros, além de promover ataques contra bases da polícia.
Também foram apreendidas grandes quantidades de drogas e armas, entre elas um lança-rojão.
As favelas em que a PM está atuando são Chapadão, Mandela 1, Mandela 2, Mandela 3, Vila Cruzeiro, Morro do Carrapato (em São João do Meriti),Varginha, Nova Holanda, Arará, Parque União, Jacarezinho, Cotia, Encontro, Tuiuti, Barreira do Vasco, Vila Joaniza (Barbante), Fogueteiro e Fallet.
“A gente não tem dúvida de que é o mesmo grupo”, disse o coronel Lima Castro, coordenador de comunicação da polícia. “Quando iniciamos as UPPs, há dois anos, começamos a incomodar as facções, principalmente aquela que até então era dominante no Rio de Janeiro. Foi a que mais perdeu, então isso nos aponta que essas pessoas estão por trás desse movimento de causar pânico à população do Rio de Janeiro”, afirmou.
A operação envolve as polícias Civil e Militar e não tem data para terminar. Segundo Beltrame, 450 homens participaram das operações de hoje.
Outra medida adotada foi a criação do Centro de Inteligência, no 22ºBPM (Maré), para monitoramento de todas as ações, sob a coordenação da Secretaria de Segurança. E a partir de hoje, mais de 300 novas motos reforçam o patrulhamento da região metropolitana.
Reforço federal
Hoje, o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), pediu reforço na segurança das rodovias federais que dão acesso ao Rio.
Mais tarde, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que conversou por telefone com Cabral e confirmou o reforço. "Ele [Cabral] pediu para que reforçasse junto ao ministro da Justiça um maior volume de policiais da Polícia Rodoviária Federal. Eu liguei para o ministro da Justiça e disse que é para atender ao Rio de Janeiro naquilo que o Rio de Janeiro precisar", disse Lula. "Nós faremos o que for necessário para que as pessoas de bem derrotem aqueles que querem viver na marginalidade", completou.
O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, ofereceu ao governo o envio de efetivos da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Rodoviária Federal para ajudar o Estado a controlar a onda de assaltos. "Somos parceiros do governo do Rio no projeto de pacificação das favelas pela via da segurança preventiva e, num momento como este, temos que estar ainda mais unidos", afirmou.
Em entrevista hoje, o secretário do Rio, José Mariano Beltrame, disse que o uso da Força Nacional não deve ocorrer neste momento. "Não temos nada contra a Força Nacional, mas não podemos criar uma imagem de falsa segurança (...). Nosso problema não se resolve num piscar de olhos."
Barreto determinou que o diretor-geral da PRF, Helio Derene, vá imediatamente ao Rio para se reunir com a equipe de segurança do Estado. As primeiras medidas desde já adotadas pelo órgão foram: redução de folgas, pagamento de horas extras e remanejamento de policiais de outros Estados para o Rio. Fonte: Uol Notícias com informações da Agência Estado
“Em tese, as ordens são do Comando Vermelho", disse Beltrame. "Não tenho concretamente, mas se isso [ordem dos presídios] for verdade, a Secretaria de Segurança não tem como agir nisso", complementou o secretário, afirmando que, historicamente, informações saem de presídios por meio de advogados e visitas íntimas. Segundo o jornal "O Globo", cartas teriam sido enviadas do presídio de Catanduvas, no Paraná, para criminosos do Rio, dando a ordem dos ataques.
Segundo Beltrame, o governo estadual pediu a transferência de oito detentos do Rio para presídios federais, mas não divulgou nomes.
Hoje foi o terceiro dia de violência no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar do Estado, uma grande operação acontece em 18 favelas da região metropolitana da capital. Desde domingo, houve carros incendiados e metralhados, além de bases da polícia atacadas.
De acordo com o último balanço da Polícia Militar, das 11 pessoas presas ao longo do dia, seis foram liberadas e cinco permanecem presas. Três criminosos morreram, ainda segundo informações da polícia --um foi morto na favela da Mandela, outro na Vila Cruzeiro e o terceiro na Ilha do Governador. Desde domingo, criminosos têm incendiado e metralhado carros, além de promover ataques contra bases da polícia.
Também foram apreendidas grandes quantidades de drogas e armas, entre elas um lança-rojão.
As favelas em que a PM está atuando são Chapadão, Mandela 1, Mandela 2, Mandela 3, Vila Cruzeiro, Morro do Carrapato (em São João do Meriti),Varginha, Nova Holanda, Arará, Parque União, Jacarezinho, Cotia, Encontro, Tuiuti, Barreira do Vasco, Vila Joaniza (Barbante), Fogueteiro e Fallet.
“A gente não tem dúvida de que é o mesmo grupo”, disse o coronel Lima Castro, coordenador de comunicação da polícia. “Quando iniciamos as UPPs, há dois anos, começamos a incomodar as facções, principalmente aquela que até então era dominante no Rio de Janeiro. Foi a que mais perdeu, então isso nos aponta que essas pessoas estão por trás desse movimento de causar pânico à população do Rio de Janeiro”, afirmou.
A operação envolve as polícias Civil e Militar e não tem data para terminar. Segundo Beltrame, 450 homens participaram das operações de hoje.
Outra medida adotada foi a criação do Centro de Inteligência, no 22ºBPM (Maré), para monitoramento de todas as ações, sob a coordenação da Secretaria de Segurança. E a partir de hoje, mais de 300 novas motos reforçam o patrulhamento da região metropolitana.
Reforço federal
Hoje, o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), pediu reforço na segurança das rodovias federais que dão acesso ao Rio.
Mais tarde, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que conversou por telefone com Cabral e confirmou o reforço. "Ele [Cabral] pediu para que reforçasse junto ao ministro da Justiça um maior volume de policiais da Polícia Rodoviária Federal. Eu liguei para o ministro da Justiça e disse que é para atender ao Rio de Janeiro naquilo que o Rio de Janeiro precisar", disse Lula. "Nós faremos o que for necessário para que as pessoas de bem derrotem aqueles que querem viver na marginalidade", completou.
O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, ofereceu ao governo o envio de efetivos da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Rodoviária Federal para ajudar o Estado a controlar a onda de assaltos. "Somos parceiros do governo do Rio no projeto de pacificação das favelas pela via da segurança preventiva e, num momento como este, temos que estar ainda mais unidos", afirmou.
Em entrevista hoje, o secretário do Rio, José Mariano Beltrame, disse que o uso da Força Nacional não deve ocorrer neste momento. "Não temos nada contra a Força Nacional, mas não podemos criar uma imagem de falsa segurança (...). Nosso problema não se resolve num piscar de olhos."
Barreto determinou que o diretor-geral da PRF, Helio Derene, vá imediatamente ao Rio para se reunir com a equipe de segurança do Estado. As primeiras medidas desde já adotadas pelo órgão foram: redução de folgas, pagamento de horas extras e remanejamento de policiais de outros Estados para o Rio. Fonte: Uol Notícias com informações da Agência Estado
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