Entre as vítimas está Jorge Grando, ex-secretário de meio ambiente de Pinhais e seu irmão Antonio Luiz Grando. Dois homens são suspeitos do crime
Cinco homens foram mortos brutalmente em uma chacina na noite de sexta-feira em um loteamento de chácaras na cidade de Piraquara, região metropolitana de Curitiba. O caso chama a atenção da polícia, porque as vítimas não tinham motivos aparentes para serem assassinadas.
O crime aconteceu na casa dos irmãos Antonio Luis Carvalho Grando e Jorge Roberto Carvalho Grando, ambos eram funcionários da prefeitura de Pinhais. Jorge Grando já havia sido secretário de meio ambiente do município. Eles moravam em uma área ecológica e estavam reunidos com outros três amigos que haviam comprado lotes no local – um deles era vizinho e dois pretendiam se mudar para lá.
As outras vítimas são Albino Silva, funcionário da Sanepar; Gilmar Reinert, empresário; e Valdir Vicente Lopes, agente da Penitenciária Central do Estado.
O crime teria ocorrido, segundo a Delegacia de Piraquara, que cuida do caso, entre 23h15 de sexta-feira e 0h15 de sábado. Os amigos estavam em um galpão ao lado da casa dos Grando fazendo um churrasco e teriam sido rendidos nesse local por três pessoas ou mais. Eles foram conduzidos até a pequena cozinha da casa, foram amarrados com as mãos para trás com fios de luz e arames e foram alvejados na cabeça. Na residência, foi encontrado um estojo de munições de calibre 9 milímetros.
Albino, que era vizinho dos Grando, havia saído para comprar remédios para a filha recém-nascida e pode ter parado para falar com os amigos ou ainda pode ter ido ao local depois de perceber uma movimentação estranha na casa. Ele não seria o alvo, segundo a polícia, mas acabou morrendo. A esposa dele, estranhando a demora, foi até o local e encontrou os corpos na casa dos Grando. A Delegacia de Piraquara trabalha com duas hipóteses na investigação: vingança contra Jorge Grando ou latrocínio.
Primeiramente o roubo seguido de morte havia sido descartado, porque nenhum objeto nem os carros foram levados. Mas como a casa estava totalmente revirada, a polícia acredita que os criminosos estavam em busca de um possível dinheiro que os irmãos Grando poderiam guardar na chácara por causa da venda dos loteamentos (a área pertencia a eles há pelo menos duas décadas). Jorge vendia alguns lotes porque queria transformar o local em um condomínio ecologicamente correto para viver.
Dois suspeitos, que conheciam as vítimas, estão sendo investigados pelo crime. Mas a polícia não deu mais detalhes sobre as investigações.
Os irmãos Grando e Albino poderão ser velados na Câmara Municipal de Pinhais, mas a informação ainda não foi confirmada. A família do agente penitenciário Valdir (que atuava há pelo menos 20 anos na profissão) ainda não havia definido, até o fechamento dessa edição, onde ele seria velado e enterrado.
O sócio do empresário Gilmar, Murilo Chemin, disse que o corpo do amigo será velado na Igreja Conjunto Gralha Azul e o enterro será no Cemitério do Santa Cândida. “O Gilmar ainda não morava lá, mas estava prestes a se mudar. Eu também pensava em me mudar para lá, mas agora não sabemos o que fazer. O condomínio era um sonho de se viver em paz com a natureza”, afirma o empresário Murilo Chemin. Gilmar era casado e deixou dois filhos maiores de idade. Jorge Grando era divorciado e tinha um filho de 5 anos.
O prefeito de Piraquara Gabriel Samaha, conhecido como Gabão, lamentou o episódio e disse que a região do condomínio sofre com a falta de patrulhamento rural. O condomínio está próximo da Estrada Nova Tirol, bairro Capoeira. “Jorge militava como ambientalista há três décadas. É lamentável o que aconteceu”, afirma o amigo e presidente da ONG que Jorge fundou em 1997, a Associação Paranaense de Preservação Ambiental do Rio Iguaçu e Serra do Mar (APPAM), Irineu Nogueira. Fonte: Gazeta do Povo, reportagem de Paola Carriel e Pollianna Milan
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domingo, 24 de abril de 2011
Chacina deixa cinco mortos em Piraquara
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2 comentários:
Valdir, com certeza vc. irá deixar saudade, descance em paz, e que Deus de muita força a sua esposa Clair e a todos os seus familiares e amigos.
Ass. Elis Regina.
Albino Silva era funcionário da SANEPAR, trabalhava na diretoria de Meio Ambiente, era ambientalista e igualmente dono de uma ONG, além de evangélico.
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