Sem abordar o caso da escola do Tarumã especificamente, a coordenadora técnica do Projeto Não-Violência, Adriana Cristina de Araújo Bini, afirma ser fundamental que as escolas abordem a questão do uso de drogas. Porém, falar simplesmente sobre a composição, efeitos e prejuízos à saúde não necessariamente vai inibir que os estudantes se tornem usuários. Para a educadora, mais importante é criar um ambiente de confiança e segurança no ambiente escolar, onde a criança ou adolescente crie um vínculo com os professores para os momentos de dúvidas ou angústias.
“Muitas vezes as pessoas procuram a droga porque estão angustiadas, se sentindo sozinhas, não sabem como agir. Essas sensações são comuns para o adolescente. Nessas horas, a escola precisa ser um porto seguro para que, diante de uma dificuldade, o jovem procure o educador para conversar, desabafar, ao invés de procurar refúgio na droga”, defende.
Adriana afirma que o assunto ainda é tratado de forma “moralista” por muitos educadores, que procuram “assustar” os jovens reforçando somente os prejuízos causados pelos entorpecentes. Para ela, apresentar drogas aos jovens, mesmo quando elas estão sob o poder de policiais e palestrantes, não é a melhor opção. “Você precisa mostrar ao adolescente outras formas de prazer. É importante investir em espaços de lazer na comunidade, que propiciem atividades culturais e esportivas em grupo. Essas sim são alternativas para dar mais segurança e confiança aos jovens”, relata. Fonte: Gazeta do Povo
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sábado, 28 de maio de 2011
Análise: Apresentar drogas não é a melhor opção
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