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domingo, 18 de dezembro de 2011

Após acordo, Israel libertará 550 palestinos neste domingo

Esta é a 2ª fase da troca de presos pelo soldado Shalit, libertado há dois meses
A mãe do prisioneiro palestino Ali Abu Fool carrega seu retrato enquanto espera sua libertação, em Gaza

Israel colocará em liberdade neste domingo 550 palestinos, na segunda fase da troca de presos pelo soldado Gilad Shalit, libertado há dois meses após passar cinco anos sequestrado em poder de milícias palestinas. Apenas dois presos permanecerão encarcerados, por terem cometido crimes contra vida. A maioria deve ser libertada na Cisjordânia, por meio do posto de controle de Betunia, perto de Ramala. Um grupo de 41 retornará a Gaza pela passagem de Kerem Shalom.

Como indicou a porta-voz do Serviço Penitenciário israelense, Sivan Weizman, a libertação começará às 22 horas (18 horas de Brasília). Qadura Fares, histórico dirigente palestino, acusou Israel de planejar a libertação ao entardecer para retardar o retorno dos palestinos "para sua terra natal" e evitar que "a imprensa mostre sua causa", informa a agência oficial palestina Wafa. Os presos foram reunidos nas penitenciárias de Ayalon, situada entre Jerusalém e Tel Aviv; e de Ofer, perto de Ramala.

Galeria de fotos: Troca entre Israel e palestinos liberta soldado Shalit

Esta segunda lista de reclusos - com dois presos de Jerusalém Oriental e outros dois jordanianos - foi elaborada por Israel (como marcavam os termos da troca), por isso não inclui membros do Hamas e do Jihad Islâmico. A maioria estava condenada a penas máximas de cinco anos, com grande parte perto de concluir o cumprimento da pena. Cerca de 300 pertencem ao movimento nacionalista Fatah, liderado pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

Entre os libertados figura o franco-palestino Salah Hamuri, membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) detido em 2005 por planejar o assassinato em Jerusalém do líder espiritual do partido ultra-ortodoxo sefardita Ovadia Yosef. Na sexta-feira, como se esperava, a Corte Suprema eliminou o último impedimento sobre a conclusão da troca, cuja materialização chegou a ficar em dúvida neste mês pela última escalada de violência entre Israel e as milícias de Gaza.

Na primeira metade da troca, Israel libertou 477 presos palestinos (incluídos responsáveis diretos de atentados que deixaram dezenas de mortos) em troca do soldado Shalit, que havia sido capturado cinco anos antes por três milícias palestinas, entre elas o braço armado do Hamas. Fonte: Revista Veja com Agência EFE

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