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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Deputado quer retirar referência a Deus do hino nacional

O partido comunista da Federação Russa (Kprf) quer apagar as referências a Deus no hino nacional. Boris Kashin, da Câmara de deputados de Moscou (a Duma), apresentou um projeto para substituir a frase no hino que diz “Oh, minha terra natal, protegida por Deus!” por “Oh, minha terra natal, protegida por nós [cidadãos]”.

Para o Kprf, a referência a Deus questiona a unidade nacional e divide a sociedade multi-étnica da Rússia. Kashin alega que o hino nacional não respeita as diversas religiões não cristãs reconhecidas na Federação e ofende os sentimentos dos ateístas.

Em 2005, Alexander Nikonov, presidente da Sociedade Ateísta de Moscou, declarou que a sentença “ofensiva” é inconsistente com os direitos constitucionais dos cidadãos e registrou uma queixa no tribunal. Atualmente, ninguém acredita que o hino nacional será alterado, porque a proposta de Kashin não foi apoiada por nenhum líder político da Rússia.

Entretanto, o incidente reabriu uma controvérsia que surge periodicamente sobre o hino nacional.

A proposta do Kprf foi classificada por Lyubov Sliska, vice-diretor da Duma e do partido Rússia Unida, como uma “iniciativa rude”. “Se os comunistas pensam que a palavra “Deus” contradiz a constituição, significa que eles pensam que podem se colocar no lugar de Deus, e isso é um grande erro.”

Até a Igreja Ortodoxa Russa interveio no debate que surgiu da proposta de Kashin. O padre Vsevolod Chaplin, diretor do departamento de diálogo entre a igreja e a sociedade, disse que “a maior parte da população adotou este hino e apesar de alguns ainda serem contrários a ele, não há motivos para substituir a frase que faz referência a Deus”. Fonte: Portas Abertas

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Segunda etapa de mudanças no trânsito entra em vigor

As ruas afetadas nessa etapa são a Antonio Marin, Dr. Miguel Vieira Ferreira, Dr. Alberto Byington Jr. e Francisco Silveira da Rocha

A segunda etapa de mudanças nos sentidos de ruas começou a vigorar neste domingo (29). Dando continuidade ao processo de implantação do novo sistema de tráfego em Maringá, a Secretaria de Transportes (Setran) alerta os condutores sobre as novas alterações, desta vez em ruas da Zona 7, Morangueira e UEM. As vias afetadas nessa etapa são a Antonio Marin, Dr. Miguel Vieira Ferreira, Dr. Alberto Byington Jr. e Francisco Silveira da Rocha.

A Rua Antonio Marin terá sentido único da Vila Esperança para a Avenida Colombo, e a Rua Miguel Vieira Ferreira terá sentido inverso. Os motoristas devem estar atentos às placas de sinalização, às orientações dos agentes que estarão nos locais e procurarem rotas alternativas nestes primeiros dias de adaptação.

A Rua Quintino Bocaiúva, Zona 7, retomou sentido original da via, em direção à Rua Mário Urbinatti/Colombo, desde 12h desta quarta-feira (25). O motivo foi a análise do comportamento dos motoristas após a mudança de sentido válida desde domingo (22). Eles não se adaptaram ao novo rumo.

Nesta segunda-feira (23), primeiro dia útil de funcionamento de novos sentidos nas vias, houve congestionamento e confusão por parte dos motoristas desavisados.

Outras ruas que já mudaram permanecem com as alterações. Ganharam sentido único em direção bairro/centro as ruas Paranaguá e Bragança e no sentido centro/bairro a Rua Prof. Lauro Weneck. As ruas Osvaldo Cruz e Bragança serão agora direcionadas no sentido único leste/oeste e pela Rua Tietê, os carros seguem apenas na direção contrária.

A 3ª etapa será concluída em 13 de dezembro nas ruas da Zona 2. No sentido centro/bairro ficará a Rua Vaz Caminha. No sentido bairro/centro os motoristas poderão seguir pelas Ruas Martin Afonso e pela São Marcelino Champagnat. No sentido leste/oeste, para quem segue do Parque Florestal para o Parque do Ingá, por exemplo, as alternativas são as Ruas Felipe Camarão, Santa Maria e Padre Germano José Mayer. No sentido contrário, as opções serão as Ruas Monte Pascoal, Antonio Salema, Dr. Arion Ribeiro do Campos e Fernandes Vieira.

Finalmente, a 4ª etapa será concluída com a implantação dos binários, em janeiro. As duas vias da Avenida Paraná e da Avenida Herval seguem na direção Colombo/Catedral e a Avenida Duque de Caxias a Avenida São Paulo terão todo o tráfego direcionado no sentido Catedral/Colombo. Fonte: Gazeta do Povo

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MP abre um inquérito por semana contra prefeitura

Foram instaurados 46 inquéritos para apurar denúncias sobre compra de máquinas na loja de ex-secretário, pesagem de lixo e aquisição de massa asfáltica. Câmara discute CEI

O Ministério Público de Sarandi, por meio do promotor Alexandre Misael Souza, já instaurou 46 inquéritos para apurar denúncias de irregularidades na administração do prefeito Milton Martini (PP), que está há 11 meses na prefeitura.

Na média, a promotoria abriu, desde o início da gestão, uma ação por semana. Avesso a entrevistas, Souza não informa quais são as investigações em andamento e nem o que as motivou, mas documentos a que a reportagem de O Diário teve acesso e procedimentos recentes da promotoria mostram que elas vão de improbidade administrativa a desvio de recursos. Todas, segundo o promotor, correm em segredo de justiça.

Apesar do sigilo judicial, alguns dos inquéritos se tornaram públicos e apontam para o que está sendo apurado. Um dos exemplos é o caso da falta de controle sobre os valores pagos pelo lixo depositado no aterro da empreiteira Pajoan.


No início do mês, o promotor Souza, com o apoio dos promotores Maurício Kalache e José Aparecido Cruz, de Maringá, além de oficiais de Justiça, promoveram uma operação de busca e apreensão de documentos na Secretaria de Meio Ambiente de Sarandi. Eles apreenderam todos os tíquetes de pesagem, emitidos pela balança instalada na entrada do aterro.

Aditivos à Pajoan

Dias depois da busca e apreensão, um grupo de vereadores convocou o secretário municipal de Meio Ambiente, José Luiz de Almeida, para explicar as suspeitas sobre a pesagem. José Luiz disse para os vereadores que “acreditava” que não havia nada de irregular nos tíquetes, mas não podia garantir porque a prefeitura não tem pessoal para fiscalizar a pesagem. “Nós não temos como fazer esse controle”, reconheceu. E disse que a Pajoan presta serviços para o município sem ter sido licitada. “Na administração passada, foi feita uma dispensa de licitação e contratada a Pajoan. Nós apenas prorrogamos o contrato”, explicou o secretário, sem saber dizer quantos aditivos prorrogando o contrato foram feitos desde o início do ano.

Outro inquérito do MP que também se tornou de domínio público foi o que motivou a demissão do chefe de Gabinete, Ailson Donizete de Carvalho. Esse, possivelmente, é o inquérito que está mais adiantado e que levou a Câmara Municipal, na semana passada, a deflagrar um movimento pela abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI).

Segundo os documentos de posse do Ministério Público e da Câmara, a prefeitura comprou, dia 21 de outubro, na “Casa do Criador”, 10 bombas costais de pulverização, 10 garrafas térmicas e 150 litros do herbicida “Mata Mato”. A compra somou R$ 7.720, conforme a nota fiscal número 2.682, e foi paga por meio de um cheque da Caixa Econômica Federal, número 333095, conta corrente 06000002-8, da Companhia de Águas de Sarandi. Detalhe: a loja pertence à esposa de Ailson Carvalho.

A compra foi feita sem licitação, o que é permitido pela lei — porque o valor foi abaixo de R$ 8 mil. Mas como Ailson Carvalho era servidor público em cargo de confiança, a compra viola o Artigo 78 da Lei Orgânica do Município (LOM), o qual prevê que “o prefeito, o vice, os vereadores e os servidores municipais, bem como pessoas ligadas a qualquer deles por matrimônio, não poderão contratar com o município, subsistindo a proibição a até seis meses após finda as respectivas funções”.

O ex-chefe de gabinete responde por improbidade administrativa, junto com o prefeito, conforme o Artigo 64 da mesma LOM: “O secretário municipal, os ocupantes de cargos em comissão e demais funcionários são solidariamente responsáveis com o prefeito pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem”.

Armação política

Procurado pela reportagem, o ex-chefe de Gabinete não quis se pronunciar. Mas numa conversa informal reconheceu que a mulher dele havia vendido os equipamentos para a prefeitura. Alegou que não foi ele quem autorizou e que nem havia ficado sabendo da negociação.

Quando soube, Ailson Carvalho diz que pediu exoneração do cargo, mas já era tarde. Ele ainda aventou a possibilidade de “armação política”, dizendo que alguém pode ter mandado comprar as bombas na loja da família dele para prejudicá-lo. O ex-secretário já depôs na promotoria, que ainda não propôs a ação. Fonte: O Diário, reportagem de Edmundo Pacheco

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sábado, 28 de novembro de 2009

Alterações nas ruas da Zona 7 começam no domingo

Diversas ruas terão o sentido do trânsito alterado para se adequarem ao sistema binário, em implantação pela Secretaria de Transportes

Diversas ruas da Zona 7, de Maringá, sofrerão alteração do sentido a partir deste domingo (29). As ruas são Antonio Marin. Dr. Miguel Vieira Ferreira, Dr. Alberto Byington Jr. e Francisco Silveira da Rocha. As mudanças fazem parte do sistema binário criado pela Secretaria de Transportes (Setran) e têm por objetivo desafogar o trânsito na região da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

A Antonio Marin terá sentido único, da Vila Esperança para a Avenida Colombo, e a Miguel Vieira Ferreira terá sentido inverso. “Sabemos que as mudanças trazem alguns descontentamentos, mas o saldo final será positivo, com fluidez no trânsito no sentido norte-sul”, declarou o secretário de Transportes, Walter Guerlles, ao explicar que as mudanças estão sendo feitas por partes.

“Temos um grande fluxo de veículos na região da UEM”, constatou Guerlles. O secretário recomenda aos motoristas atenção na sinalização. O mesmo cuidado deve ser observado pelos pedestres. Segundo ele, haverá sinalização horizontal e vertical indicando as alterações de sentido.

Também serão distribuídos panfletos explicando as mudanças e agentes estarão em toda parte orientando o trânsito. “Até que haja a adaptação dos usuários, ninguém será multado por andar na contramão, por exemplo”, garantiu o secretário.

As mudanças realizadas em sete ruas da Zona 7/Jardim Universitário fazem parte do processo de implantação do sistema binário, que transformará as avenidas São Paulo, Herval, Duque de Caxias e Paraná em mão única, com sentidos inversos norte-sul.

Sofreram alterações de sentido as ruas Professor Lauro E. Werneck, que passa a operar em sentido único centro/bairro; Paranaguá (bairro/centro); Osvaldo Cruz (sentido Lauro Werneck/ Quintino Bocaiúva); Tiete (sentido Bocaiúva/ Mandaguari), Bragança (sentido campus da UEM/ Bocaiúva); Jangada (sentido Bocaiúva/ Mário
Urbinatti; e Mandaguari (terá duas mãos entre Tiete e Lauro Werneck e mão única entre Tiete e Bocaiúva).

O maior polo gerador de tráfego em Maringá é a UEM, por isso as mudanças levaram em conta os melhores acessos para a universidade. “Pedimos paciência à população e cautela aos motoristas, que devem estar atentos às mudanças e buscar rotas alternativas”, orientou Guerlles. Fonte: O Diário Online, reportagem de Edson Pereira da Silva

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Eleições em Honduras provocam racha entre países da América Latina

As eleições presidenciais em Honduras estão provocando um racha nos países da América Latina. De um lado, estão países que, como os Estados Unidos, dizem que, "se tudo correr bem" apoiarão o pleito de domingo, alegando que rejeitá-lo só pioraria a crise iniciada com o golpe de Estado que tirou Manuel Zelaya do poder.

Neste grupo, estão ainda Peru, Colômbia, Panamá e Costa Rica. Na sexta-feira, o presidente costa-riquenho, Óscar Arias --mediador das negociações entre o governo de facto de Roberto Micheletti e o presidente deposto--, pediu à comunidade internacional que reconhecesse as eleições em Honduras para que o país centro-americano recupere a normalidade depois da crise política.

Eleição de Honduras é "oportunidade única" para democracia, dizem EUA
Candidato favorito diz que "baterá na porta" de Lula
Honduras prepara eleição, e Zelaya fica mais sozinho do que nunca

"Creio que no final deve reinar a sensatez, e a sensatez diz que deveríamos, se tudo correr bem, normalmente, e os observadores não virem nada mal no domingo 29 de novembro, penso que a grande maioria dos países deve reconhecer a eleição", disse Arias.

Do outro lado, a aliança entre Brasil, Chile, Venezuela, Argentina, Uruguai, Bolívia, Nicarágua, Equador, Paraguai, Guatemala defende que reconhecer a votação sob os golpistas é um mau precedente para a região, posição também defendida pela Espanha.

Muitos deles já anunciaram, inclusive, que não vão reconhecer o pleito por considerá-lo ilegítimo, uma vez que é organizado por um governo que surgiu depois de um golpe.

Na nota em que expressam seu apoio à eleição, os EUA exortam o vencedor a dar continuidade às análises sobre a volta de Zelaya até o fim do mandato, como previsto em acordos. "Desejamos o melhor ao povo hondurenho na escolha de seus novos líderes e pedimos a todos que exerçam seus direitos pacificamente", diz o texto.

Fora dos dois grupos, ainda há o México, que chama a atenção pelo silêncio eloquente --o país diz não ter escolhido o seu bloco. Na terça, a chanceler mexicana, Patricia Espinosa, disse que não se pronunciaria.

A hesitação do país já marca pontos para o bloco dos EUA, pois todos os chanceleres da região, à exceção do americano, reunidos na reunião preparatória da Calc (Cúpula América Latina e Caribe), que abriga o Grupo do Rio ampliado, já disseram que se oporiam à eleição.

Amorim, questionado pela Folha sobre o México, afirmou: "Não ouvi o silêncio do México. O México é o presidente do Grupo do Rio, que tem uma posição muito clara sobre isso. Mas cada um faz o que quiser".

O outro caso de silêncio é de El Salvador, vizinho de Honduras. O esquerdista Mauricio Funes, amigo do presidente brasileiro, decidiu que ainda não era hora de se pronunciar.

Lula

Apesar da posição contrária do Brasil às eleições, o candidato favorito em Honduras, Porfirio Lobo, afirmou na sexta que vai 'bater na porta' do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Vamos buscar o presidente Lula para que reconsidere a sua posição e sejamos tão amigos como temos sido sempre, talvez mais amigos", disse Lobo, ressaltando que admira muito o país e que está interessado em conhecer os programas sociais brasileiros, como o Bolsa Família.

A respeito do conflito de posições, o candidato afirmou que "nenhum país poderá negar o que é o direito de um povo de poder eleger."

Lobo disse ainda que, se eleito, a sua prioridade será recompor as relações internacionais. Com o racha sobre o apoio ao pleito, porém, será uma tarefa difícil. Fonte: Folha Online

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PMDB forma comitê para ajudar Pessuti em 2010

O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) resolveu arregaçar as mangas e tentar salvar sua pré-candidatura ao governo no próximo ano, sob ameaça dos peemedebistas que articulam a aliança com o PSDB.

Na noite anterior à estocada que desferiu contra o prefeito Beto Richa (PSDB), ontem, o vice-governador presidiu uma reunião com mais de uma centena de lideranças do PMDB de Curitiba e região que se comprometeram a montar um comitê reunindo as 26 cidades da região para apoiar seu projeto eleitoral.

“É uma ação imediata. Vamos começar pelos diretórios que representam mais de um terço do eleitorado no Estado e, em seguida, instalar esses comitês nas grandes regiões”, disse o vice-governador. Ele informou que o Comitê Metropolitano do PMDB da Grande Curitiba e do Litoral será instalado em janeiro em dois encontros: um em Curitiba e outro no litoral.

O encontro, no Hotel Braz, reuniu os presidentes dos diretórios municipais, vereadores, vices-prefeitos e prefeitos e alguns poucos deputados estaduais, Beti Pavin, Mário Roque, Cleiton Quielse, e o deputado federal Marcelo Almeida, além de antigos militantes do partido e do presidente do diretório municipal de Curitiba, Doático Santos.

No encontro, Pessuti orientou o presidente da Fundação Pedroso Horta/Ulysses Guimarães, José Maria Correa, a organizar as propostas do Plano de Governo do PMDB para 2010.

“Temos propostas a serem aperfeiçoadas e melhoradas. Temos novas propostas, projetos e políticas públicas que vão assegurar a Curitiba, a metropolitana, ao litoral e ao Paraná, que a mudança passa por uma nova eleição do PMDB no Paraná e também o Brasil”, disse.

Pressionado pelas articulações à sua volta, Pessuti percebeu que estava tendo seu projeto político eleitoral minado pelas frequentes conversas entre o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), e os deputados estaduais Alexandre Curi e o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli.

O alarme soou para Pessuti na semana passada, quando Romanelli foi recepcionar o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que também se reuniu com o governador Roberto Requião (PMDB). Ontem, após o entrevero de Pessuti com Beto, Romanelli comentou: “Quem quer ter liderança, tem que ter postura, conduta e coerência”.

Embora tenha dito ontem, que “conversas são naturais em todos os partidos, Pessuti relembrou que sua pré-candidatura foi uma decisão coletiva do partido e que movimentos contrários ferem o estatuto e o código de ética do partido.

“Conversar pode, mas dentro do partido. Quem conversa fora, está desrespeitando o estatuto e o código de ética, ou seja, não está agindo corretamente. O PMDB é o único que já se reuniu, decidiu pela candidatura própria e definiu o nome do candidato”, afirmou o vice-governador que, no encontro do PMDB no sábado passado, já havia cutucado os correligionários, ao afirmar que o partido no Paraná deveria exibir no plano estadual a mesma coragem que estava tendo para defender a pré-candidatura de Requião à presidência da República. Fonte: Paraná Online

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Pessuti e Beto trocam acusações em encontro

Acabou em troca de farpas o encontro dos quatro principais pré-candidatos ao governo do Estado ontem, em Pinhais. Orlando Pessuti (PMDB), Beto Richa (PSDB), Alvaro Dias (PSDB) e Osmar Dias (PDT) participaram, juntos, do Encontro Estadual dos Empreendedores e Líderes Rurais e, depois do tom político adotado nos discursos e entrevistas, o vice-governador fez críticas públicas diretas ao prefeito da capital.

Tudo porque Beto (que pouco falou de agricultura) disse que dois dos principais gargalos da produção do Estado são a ineficiência do Porto de Paranaguá e o alto valor do pedágio.

Pessuti não se conteve, desistiu do discurso pronto e partiu para o ataque ao prefeito. “Se bem me lembro, vossa excelência, quando deputado, não estava do lado de quem foi contra o pedágio. Não vamos fazer desse evento um palanque político. A campanha é só no ano que vem. Agora vocês vêm aqui fazer esse discurso, mas apoiaram o pedágio, a venda do Banestado, tentaram vender a Copel”, esbravejou o vice-governador.

Após o evento, em entrevista, Pessuti disse que teve de chamar a atenção do prefeito porque não queria que o evento se transformasse em campanha. “Aqui não é lugar para se fazer palanque eleitoral. A festa do empreendedorismo é para se discutir agricultura. Agora, vir aqui, como veio o prefeito Beto Richa e outras personalidades do mundo político, criticar o pedágio, quando lá atrás foram a favor, é brincadeira. É desrespeitar quem está aqui. A verdade é que o Beto apoiou o pedágio, apoiou a venda do Banestado e quis vender a Copel”, declarou.

Beto Richa classificou como maldoso o discurso do vice-governador. “Conheço o Pessuti há muitos anos. Ele surpreendeu hoje pela maldade das suas colocações. Ele sabe que tudo o que falou não é verdade. Não teve votação de pedágio na Assembleia. Na votação da Copel, eu nem era mais deputado. Mas prefiro entender que foi um deslize e ele deve ter se arrependido muito da forma maldosa como colocou seu discurso. De repente, mostrando um desespero, querendo antecipar o processo eleitoral. Prefiro desconsiderar e continuar com a boa imagem do Pessuti que sempre tive”.

Questionado se a bronca do vice-governador era com o fato de o PSDB estar se aproximando de deputados peemedebistas, Beto questionou: “O que posso fazer. Se os deputados do PSDB quisessem conversar com ele eu poderia ficar bravo com ele?”.

Se Pessuti o fez de uma maneira direta, Alvaro Dias e Osmar Dias também deram suas alfinetadas no prefeito da capital. Alvaro declarou que o Paraná está precisando de um governador do interior, que é um Estado agrícola e precisa ser governado por quem entende do assunto, que o interior do Estado foi abandonado pelos últimos governos de ex-prefeitos da capital, que experiência é uma das principais exigências para um governador do Estado.

Osmar, ao comentar o fato de ter atendido pedido do governador Roberto Requião (PMDB) para reivindicar ao governo federal recurso para a educação superior do Paraná, disse que agiu movido pelo compromisso que tem com o Estado, comentando que dorme tranquilo porque honra todos os seus compromissos, sugerindo que o prefeito de Curitiba está deixando de assumir o compromisso de apoiá-lo assumido no ano passado, na costura das alianças para as eleições municipais.

E até falaram de agricultura

Quem menos falou de política, ao menos publicamente, foi o senador Osmar Dias. O pré-candidato do PDT disse que estava no evento para “debater a agricultura do Paraná com os jovens empreendedores num grande evento promovido pela Federação da Agricultura para desenvolver ainda mais nossa produção que tanto nos orgulha”. Aproveitando conhecimento do tema, Osmar disse ter orgulho de ser representante do agronegócio no Congresso, defendeu a remuneração do produtor rural que conservar floresta legal, e classificou como “ridícula” a proposta de revisão do índice de produtividade. O senador disse que não se arrepende de ter assinado a CPI do MST e que o fez com convicção. Sobre as alianças, Osmar disse que não deverá atender à cobrança do presidente eleito do PT, Enio Verri, de uma definição até janeiro. “O PT sempre defendeu uma aliança programática. Para se ter uma aliança é preciso um programa e, até janeiro, meu programa ainda não estará pronto”. O ministro da Agricultura Reinhold Stephanes criticou os “ambientalistas que não entendem de meio ambiente”, que propõem a punição aos agricultores que desmataram “para alimentar o Brasil” nas décadas passadas. Stephanes defendeu maior união da bancada ruralista, “que consegue perder para meia dúzia de deputados ambientalistas”. Também participaram do evento os deputados federais Abelardo Lupion (DEM), Ricardo Barros (PP), Luiz Carlos Setim (DEM) e Eduardo Sciarra (DEM), deputados estaduais e a senadora tocantinense Kátia Abreu (DEM). Fonte:Paraná Online

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

PM abre concurso com 1,5 mil vagas no Paraná

Inscrição custa R$ 54 e segue até o dia 17 de dezembro. Concurso disponibiliza 1.100 vagas para policiais militares e 400 para bombeiros

Os interessados em ingressar na Polícia Militar (PM) do Paraná podem se inscrever, a partir das 17 horas desta sexta-feira (27), no concurso público para o preenchimento de 1.500 vagas (1.100 para policiais militares e 400 para bombeiros). As inscrições vão até o dia o dia 17 de dezembro. O valor da inscrição é de R$ 54.

O candidato pode preencher o formulário de inscrição e ter acesso ao edital do concurso pelo site http://www.cops.uel.br/. As provas serão realizadas no dia 7 de fevereiro de 2010, nas cidades de Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá.

Pode se candidatar as vagas todos os brasileiros com idade entre 18 e 30 anos, ter ensino médio completo, não ter sido excluído das Forças Armadas ou de outras Forças Auxiliares e não responder a processos criminais. O concurso será realizado em quatro fases, que compreendem prova escrita de conhecimentos, exame de capacidade física, exame de saúde, exame social e documental.

Os aprovados serão incluídos como soldado de 2ª Classe com remuneração de ingresso de R$ 981,91, durante o período de formação. Após a conclusão do curso, os candidatos passam para soldados de 1ª classe com salário de R$ 1.818,13. Fonte: Gazeta do Povo

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Participe da Cantata de Natal na Assembleia de Deus de Maringá dia 13 de dezembro, venha e traga sua família e amigos - entrada gratuita

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pastor é expulso de Vigário Geral por traficantes

Quando chegou à Favela de Vigário Geral, há dois anos, para trabalhar com evangelização na Igreja Pentecostal Deus é Amor, na comunidade, o pastor Odilon Calixto da Cunha, 32 anos, não imaginava que sua vida a partir dali se transformaria num inferno. Perseguido por traficantes, que não aceitavam o fato de ele não colaborar com o crime, o pastor e sua família foram expulsos da favela.

Depois de passar a noite com a mulher e os seis filhos sob a marquise de um supermercado em Duque de Caxias, o pastor procurou a 38ª DP (Brás de Pina). Policiais foram à comunidade para que Odilon pudesse recuperar seus pertences. A casa de dois andares, tinha virado um dos ‘quartéis’ do bando: havia drogas, munição de fuzil e pistola, roupas camufladas e até uma granada abandonada pelos traficantes, que fugiram.

“Sei que não poderia ter este sentimento de revolta, mas quando meu caçula de dois anos me abraçou, sentindo frio, deitado na calçada, não pude querer outra coisa senão que todos eles sejam presos e paguem pela humilhação que nos fizeram passar. Foi muita covardia mandar minha mulher e meus filhos saírem de casa só com a roupa do corpo, sem poder almoçar a comida que estava no fogão. Quero que eles sofram”, desabafou.

Mineiro, Odilon chegou a Vigário Geral trazido por um outro pastor, que ele descobriu mais tarde, atuar como colaborador do tráfico. Comprou uma casa por R$ 12 mil e não queria que os filhos crescessem em meio a homens armados, mas só deixaria a comunidade depois que quitasse o pagamento do imóvel, que ainda não chegou à metade.

“Eles me criticavam porque eu não os apoiava. Certa vez, pediram para eu que socorresse um bandido ferido no meu carro, e eu disse que estava quebrado. Quiseram que eu levasse armas até Acari, e eu falei que jamais poderia fazer aquilo. Ofereceram frango de uma carga roubada, e não aceitei, mesmo só tendo feijão e arroz em casa. Eles diziam que outro pastor era um ‘braço’ deles e que, se eu não ajudava em nada, era porque tinha ligações com a polícia”, contou.

Polícia já tem pistas sobre três invasores da residência

No dia em que chegou a Vigário, Odilon foi ‘convidado’ a ir até a boca de fumo, onde teve que apresentar ao gerente geral do tráfico Carlos Eduardo Amorim de Oliveira, o Du Gordo, as certidões de nascimento das crianças, sua certidão de casamento, as passagens da viagem e a carteira que comprovava que era pastor.

O religioso pregava duas vezes por semana na favela e, nos outros dias, visitava comunidades, presídios ou igrejas fora da cidade. “Evitava passar perto deles, mas quando tinha que falar com os bandidos, chamava até de senhor. Meus filhos nunca brincaram na rua porque nosso mundo é muito diferente do deles, viemos da roça. Vi muita coisa triste, muita guerra, um inferno. As crianças nunca perceberam minha preocupação e agora, mesmo sem esquecer a humilhação, só quero ter paz”, disse ele, antes de carregar a Kombi que levou seus pertences para fora do Rio.

O pastor indicou os apelidos dos três bandidos que expulsaram a família, China, Pixinguinha e Átila. A polícia vai identificá-los para pedir a prisão por roubo, violação de domicílio, roubo no interior de residência, porte ilegal de arma e tráfico.Fonte: Portas Abertas

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Comissão anistia Paulo Freire e viúva receberá indenização

A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça considerou nesta quinta-feira, por unanimidade, o educador pernambucano Paulo Freire como anistiado político. Com isso, a viúva de Freire receberá uma indenização de 480 salários mínimos, desde que respeitado o teto de R$ 100 mil.

A audiência pública foi realizada como parte da Caravana da Anistia, durante o Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, promovido pelo Ministério da Educação, em Brasília.

"Estamos caracterizando o pedido de desculpas oficiais pelos erros cometidos pelo Estado contra Paulo Freire", declarou o presidente da comissão, Paulo Abrão, ao final da sessão. Ele considera que há ainda muito a fazer, uma vez que há suspeitas de que arquivos, principalmente dos serviços de inteligência das Forças Armadas, ainda não tenham sido entregues ou tenham sido destruídos.

Segundo ele, os documentos de inteligência encontrados queimados na Base Aérea de Salvador são uma prova de que há ainda muitos arquivos não abertos "apesar de que, tecnicamente, todos devessem estar [abertos] desde o Projeto Memórias Reveladas, criado pela Casa Civil", disse Abrão.

"Nesse aspecto, Chile, Paraguai, Argentina e Uruguai estão muito melhores do que o Brasil", acrescentou.

"Ainda que esses documentos apresentem uma visão deturpadora da realidade, eles são necessários para fazermos justiça com as tantas vítimas da ditadura brasileira", disse o presidente da comissão após a sessão pública que anistiou o educador.

Para a viúva, Ana Maria Araújo, a ditadura atingiu "violentamente e com malvadeza" o exilado, destruindo sua natureza, seu corpo e sua cidadania. "Paulo Freire, sua cidadania foi retomada como você queria, e proclamada como você merecia", disse em tom emocionado.

Em meio ao discurso de Ana Maria, um grito vindo da plateia composta majoritariamente por professores e pedagogos puxou aplausos: "Paulo Freire não morreu nem nunca morrerá".

"A partir do resultado [a que chegou a comissão, de considerar Paulo Freire anistiado político], encaminharemos nossa decisão ao ministro da Justiça, que expedirá, caso concorde com ela, uma portaria no 'Diário Oficial', declarando ele como anistiado. No documento constará, também, seus direitos", afirmou Abrão.

"E, com a portaria, o Ministério do Planejamento fica obrigado a colocar a previsão do pagamento aos familiares. Acredito que a portaria será publicada ainda neste ano", reiterou.

Segundo a viúva de Freire, há cerca de 340 escolas no Brasil, na maioria municipais, com o nome do marido. "Pretendo continuar fazendo o que ele me pediu em testamento: publicar aquilo que é inédito e cuidar dos livros já publicados."

Regime autoritário

Freire foi um dos primeiros brasileiros a ser punido pelo regime autoritário, após o golpe de 1964. Ele identificou na alfabetização um processo de libertação dos oprimidos e de conscientização. Demitido, preso e exilado, o educador morreu em 1997.

"Anistiar Paulo Freire é libertar o Brasil da cegueira moral e intelectual que levou governantes a considerarem inimigos da Pátria educadores que queriam libertar o país do analfabetismo", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A partir da experiência em Angicos (RN), em 1963, quando 300 trabalhadores foram alfabetizados em 45 dias, o "método Paulo Freire" consolidou-se como revolucionário e passou a influenciar o pensamento pedagógico em vários países.

O método seria levado a todo o país com o Programa Nacional de Alfabetização, coordenado por Freire e instituído pelo Ministério da Educação em janeiro de 1964. Menos de três meses depois, porém, a iniciativa foi extinta --eram os primeiros dias do regime militar

Anistia

Desde abril de 2008, a Caravana da Anistia percorreu 16 Estados e julgou mais de 500 processos.

Criada em 2002, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça já recebeu 65 mil requerimentos de anistia política --foram julgados quase 54 mil processos e cerca de 35 mil foram deferidos.

Em apenas um terço dos casos aprovados, há também reparação econômica por comprovados danos morais ou materiais. Fonte: Folha Online

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Requião promete demitir agentes e policiais que fizerem greve

“Isso não é uma ameaça é um fato. Se houver greve, mando todos embora e abro rapidamente um concurso. Garanto que tem muitas pessoas querendo trabalhar”, afirmou o governador

O governador Roberto Requião (PMDB) afirmou na manhã desta quinta-feira (26), em Londrina, que não aceitará nenhum movimento de greve dos policiais civis e dos agentes penitenciários no Paraná. Requião foi enfático ao dizer que em caso de paralisação todos os servidores serão demitidos. “Isso não é uma ameaça é um fato. Se houver greve, mando todos embora e abro rapidamente um concurso. Garanto que tem muitas pessoas querendo trabalhar”, afirmou.

Durante entrevista coletiva, o governador disse que não há negociação com os policiais e agentes e qualquer paralisação é “inconcebível”. De acordo com Requião, os agentes penitenciários “ficam fazendo estripulias de greve”, enquanto ele melhorou a remuneração da categoria depois que assumiu o governo. “Quando tomei posse as penitenciárias estavam privatizadas e os agentes ganhando R$ 550. Rompi todos os contratos e realizei concurso com salário inicial de R$ 2.550 e na carreira um agente pode ganhar até R$ 5.312. É o melhor salário do Brasil e não há diálogo”, disse.

O governador também ironizou a proposta dos agentes penitenciários de mudar a atual escala de 12 horas por 36 horas, para 24 horas por 72. Requião disse que essa proposta é “uma brincadeira”. Ele argumentou que nenhum agente trabalha às 24 horas do dia. “O que eles querem é trabalhar dois dias e folgar cinco. Isso dá sete dias por mês e a população paranaense não vai tolerar isso. Por isso, se fizerem greve vão para a rua”, afirmou.

O governador ainda disse que não vai autorizar que o porte de arma dos agentes penitenciários. Segundo ele, o governo “não vai colocar uma arma na cinta de cada servidor”, que a segurança da categoria é feita pelas Polícias Civil e Militar e que a morte do agente em Londrina, no mês de outubro, não teve nenhuma relação com o fato dos servidores não poderem andar armados. “Essa questão de armas é bobagem. Eles [os agentes] estavam em um bar bebendo e armados de forma ilegal. Saíram do local, fecharam um motociclista, que também estava com uma arma ilegal. Então não foi a proibição, mas a posse ilegal que resultou na troca de tiros e na morte do agente”, disse.

O governador ameaçou de demissão coletiva os policiais civis se houver uma greve. Na terça-feira (24), os policiais realizaram um dia de paralisação em todo o Paraná e prometem decidir em 15 dias se iniciam ou não uma greve.

Ameaça não assusta sindicatos

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Clayton Agostinho Auwerter, disse que a ameaça de demissão não impedirá que os agentes façam a paralisação. Ele disse que o departamento jurídico está tentando derrubar a liminar da Justiça, que impediu o início da greve no último dia 21. “Assim que conseguirmos derrubar essa liminar vamos parar. Não há como o governador demitir os agentes, pois somos servidores estaduais e a greve é legal. Se o governador vai demitir todos os agentes, porque ele entrou na Justiça para impedir o movimento”, questionou.

Em relação à afirmação do governador de que não autorizará o porte de arma, Auwerter disse que lamenta o posicionamento do Governo de não cumprir uma lei federal que autoriza o porte de armas aos agentes. Segundo ele, as declarações de Requião mostram que “o governador não entende nada de lei”.

O presidente do Sindicato também rebateu as declarações de Requião em relação à escala de trabalho proposta pela categoria. De acordo com ele, ela não alterará a quantidade de horas trabalhadas pelos agentes. “Com a carga de 12 por 36 horas trabalhos 168 horas mensais com duas folgas por mês. A escala 24 por 72 horas, com uma folga mensal, manterá a mesma carga de trabalho. Acho que o governador está precisando aprender matemática antes de dar uma declaração desta. O que queremos é respeito com a categoria, pois o sistema prisional do Paraná é um dos melhores do Brasil, não por causa do governador, mas pelo trabalho dos agentes”, concluiu.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol), Ademilson Alves Batista, disse que a categoria já esperava essas ameaças, mas os policiais não recuaram no movimento. Para ele, os policiais estão apenas reivindicando o que é justo.

“Os policiais estão trabalhando descontentes e não será essa fala de intimidação que fará com que recuemos. Não se demite um policial civil da noite para o dia, da mesma maneira que não se forma um. Todo o processo demora se for rápido um ano. Será que o governador está disposto a deixar a população sem segurança por tanto tempo”, questionou.

Segundo Batista, o sindicato encaminhará nesta sexta-feira (27) um comunicado para a Secretaria de Estado da Segurança (Sesp) para marcar uma audiência. Ele disse que os policiais estão abertos ao diálogo e que a “situação chegou a esse ponto por culpa única e exclusiva do Governo”.

Entre as reivindicações dos policiais está a conclusão do estudo do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) desenvolvido desde 2005. Segundo o sindicalista, essa demora é um desrespeito à categoria. Para Souza, com essa atitude o governo mostra que não tem uma política de valorização do policial.

Eles também pedem melhores condições salariais. Para exemplificar a defasagem salarial, o sindicato usou como exemplo a remuneração dos futuros guardas-municipais de Londrina, que terão salarial inicial de R$ 1,7 mil e a exigência para o cargo é de ensino médio, enquanto para ser investigador ou escrivão é preciso ter ensino superior e o salário inicial é R$ 1,9 mil. Fonte: Gazeta do Povo

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Assembleia Geral Extraordinaria da Convenção das Assembleias de Deus realizada em Londrina

Ocorreu no dia de ontem (25) de novembro na cidade de Londrina no templo central da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Londrina a AGE - Assembleia Geral Extraordinaria da CIEADEP - Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Estado do Paraná que contou com a presença de cerca de 400 (quatrocentos) inscritos entre pastores presidentes, pastores auxiliares e evangelistas.

As plenárias acontecerão durante o período da manhã, tarde e noite onde foram apresentados os membros das entidades, comissões e departamentos da CIEADEP para o triênio 2010-2012 e os relatórios e projetos para o referido triênio dos departamentos.
Pastores membros de uma das comissões da CIEADEP

Na parte da tarde a Comissão Especial de Assessoramento Político da CIEADEP se reuninu por três para deliberar sobre o projeto político e os critérios a serem sugeridos ao plenário da AGE da CIEADEP com vistas a indicação de pré-candidatos da política secular para o pleito do ano de 2010.

Após a leitura do relatório da Comissão Especial de Assessoramento Político da CIEADEP que sugeriu ao plenário a indicação e sugestão de candidatos aos cargos eletivos de deputado estadual e deputado federal a serem escolhidos entre os pré-candidatos que encaminharam seus requerimentos, currículos, certidões negativas e propostas e que foram homologados pela Comissão.

O plenário da AGE da CIEADEP debateu o tema durante algumas horas e após uma oração o plenário deliberou pela eleição entre os postulantes para a indicação e sugestão aos membros e igrejas filiadas de 2 (dois) pré-candidatos a deputado federal e 3 (três) pré-candidatos a deputado estadual para o pleito de 2010.

Os escolhidos pelo plenário após eleição a postularem o cargo eletivo de deputado federal a serem sugeridos pela CIEADEP nas eleições de 2010 foram:
Pastor e Deputado Federal Hidekazu Takayama (PSC) e
Dr. Fernando Francischini (PSDB)/Delegado da Polícia Federal e Secretário Antidrogas da Curitiba

Os escolhidos pelo plenário após eleição a postularem o cargo eletivo de deputado estadual a serem sugeridos pela CIEADEP nas eleições de 2010 foram:
Cantora e veradora de Curitiba Mara Lima (PSDB),
Veradora de Curitiba Noêmia Rocha (PMDB) e
Deputado Estadual Chico Noroeste (PR).

Momento em que os políticos escolhidos pelo plenário da CIEADEP para serem recomendados e indicados para as eleições de 2010 receberam a oração intercessória feita pelo Presidente da CIEADEP/Pastor Ival Teodoro De cima para baixo de joelhos: Pastor e Dep.Fed Hidekazu Takayama (PSC), Vereadora de Curiitba Noêmia Rocha (PMDB), Dr Fernando Francischini (PSDB)/Secretário Anti-drogas de Curitiba e Cantora e Vereadora de Curitiba Mara Lima (PSDB)
Em primeiro plano de joelhos Dep.Estadual Chico Noroeste (PR), Dr Fernando Francischini e Vereadora Noêmia Rocha
Em primeiro plano Cantora e Vereadora de Curitiba Mara Lima (PSDB); Delegado de Polícia Federal, Dr Fernando Francischini (PSDB) e Veradora de Curitiba Noêmia Rocha (PMDB)

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Beto Richa se reúne com empresários do setor do vestuário em Maringá

Prefeito de Curitiba e presidente estadual do PSDB encontram nesta quinta-feira (26), às 18 horas, em Maringá, com dirigentes do Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindivest)

O prefeito de Curitiba, Beto Richa, e o deputado estadual Valdir Rossoni, presidente do PSDB Paraná, participarão nesta quinta-feira (26), às 18 horas, em Maringá, de uma reunião com dirigentes e empresários ligados ao Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindvest), na sede da entidade.

“A região de Maringá é considerada hoje o segundo maior pólo de confecção do País. É um importante setor industrial da economia do Paraná, gerador de emprego e renda. Estamos dialogando com todos os setores da economia e trabalhadores para construir um projeto de desenvolvimento sustentável para o Paraná”, explicou Richa. O prefeito e o deputado desembarcarão no Aeroporto Regional Sílvio Name Júnior, às 17 horas, onde atenderão à imprensa em entrevista coletiva.

A região de Maringá produz aproximadamente 7 milhões de peças de vestuário por mês, com vendas entre R$ 100 milhões e R$ 130 milhões. Em todo o Estado são produzidas 150 milhões de peças por ano gerando negócios de R$ 2,8 bilhões. Em Maringá, estão instalados seis shoppings de pronta-entrega com 540 lojas, sendo que 90% delas com produção própria.

Após o encontro com os empresários, às 19h15, Richa apresentará a palestra “Gestão Pública – A Experiência de Curitiba” a acadêmicos da Faculdade Metropolitana de Maringá (Unifamma). Na palestra, Richa abordará o modelo de gestão que faz de Curitiba referência nacional. "É um trabalho que está em constante aperfeiçoamento, com prioridade para transparência, o diálogo e o alcance social das ações", completou.

Uma das novas ferramentas adotadas por Richa em Curitiba é o Contrato de Gestão, inédito em administrações públicas municipais, que estabelece metas objetivas para todas as áreas. “Os contratos de gestão exigem eficiência, objetivos claros e resultados concretos de toda a equipe”, afirmou o prefeito. “Ao adotar esse novo modelo, pensamos no cidadão que não se contenta mais com a mera prestação do serviço público, mas que exige e merece ações administrativas eficazes”, disse Richa.

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DEM se reúne para pôr fim a racha

“Nós fazemos oposição ao governo Lula e temos como parceiro natural o PSDB. Qualquer outra composição tem que explicar"

Os principais caciques do Democratas no Paraná se reúnem na próxima segunda-feira em Curitiba para tentar pôr fim ao racha desencadeado pela declaração de apoio do presidente estadual da legenda, deputado Abelardo Lupion, a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado nas eleições 2010.

Uma ala formada pelos deputados estaduais e capitaneada pelo ex-ministro e deputado federal Alceni Guerra defende a formação de aliança com tucanos em torno da candidatura do prefeito Beto Richa (PSDB) ao Palácio das Araucárias.
Lupion, que almeja disputar cadeira no Senado, acredita que incentivando o projeto governamental de Dias, está eliminando um forte concorrente.

Na última terça-feira, Alceni encaminhou carta ao presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia, ameaçando deixar o partido, caso a cúpula nacional não intervenha no diretório paranaense para conter os ânimos de Lupion. “Tenho certeza que vai prevalecer a posição da maioria absoluta do partido, que defende o apoio ao candidato do PSDB”, comenta Alceni, que informa ainda que Maia pediu mais um prazo para tratar do impasse paranaense. “Ontem, o Rodrigo Maia esteve com os presidentes do PSDB e do PPS e reafirmou o compromisso da aliança nacional”, completa.

Guerra, que é ex-secretário de planejamento Richa, garante que Lupion contrariou decisão da cúpula nacional, que reafirmou, em reunião no último dia 18 em Brasília, o compromisso de caminhar com o PSDB independente de quem seja o candidato a presidência da República (governadores José Serra ou Aécio Neves).

Na avaliação de Guerra, no atual quadro político, Osmar Dias está mais próximo do projeto presidencial do PT, encabeçado pela ministra Dilma Roussef.

Na sessão de ontem da Assembleia, quatro - Nelson Justus, Osmar Bertoldi, Plauto Miró e Durval Amaral – dos cinco representantes do DEM na Casa assinaram manifesto declarando apoio a candidatura do prefeito Beto Richa ao governo. “Nós fazemos oposição ao governo Lula e temos como parceiro natural o PSDB. Qualquer outra composição tem que explicar. E se o PDT estiver com o PT, não há o que convença”, alegou Amaral. Fonte: Bem Paraná, reportagem de Abraão Benício

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Primeira edição do PAS reúne 8 mil alunos no domingo

Processo de Avaliação Seriada (PAS) garantirá acesso a 20% das vagas dos cursos de graduação da UEM. Para isso, estudantes terão de fazer novas provas em 2010 e 2011

Começa neste domingo (29) a primeira edição do Processo de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Trata-se de um exame aplicado a alunos do primeiro ano do ensino médio, que será repetido nos próximos dois anos e que, a partir de 2012, garantirá acesso a 20% das vagas dos cursos de graduação da UEM. As 80% restantes serão preenchidas pelo vestibular. A universidade recebeu 8.485 inscrições, a maioria do Paraná e de São Paulo. Os portões abrem às 13h30 e fecham às 13h50. Os candidatos têm até as 19h para resolver a prova.

Os alunos podem consultar o local de prova acessando o Manual do Candidato, neste link. Além de Maringá, as provas serão aplicadas em Apucarana, Campo Mourão, Cianorte, Cidade Gaúcha, Curitiba, Goioerê, Ivaiporã, Loanda, Londrina, Paiçandu, Paranavaí, Pitanga, Sarandi e Umuarama.

O exame tem 40 questões, divididas em três provas: Conhecimentos Gerais (25), Língua Portuguesa e Literaturas em Língua Portuguesa (10) e Língua Estrangeira (5), além da Redação. Serão cobrados conteúdos do primeiro ano do ensino médio de Biologia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Redação, Literaturas em Língua Portuguesa, Matemática e Química, além de Língua Estrangeira (Espanhol, Francês ou Inglês). O programa completo de provas está aqui.

O resultado desta etapa do PAS será divulgado até 10 de fevereiro de 2010.

Sobre o PAS

Este será o primeiro ano do programa na UEM. As outras duas provas (chamadas de Etapa 2 e Etapa 3) acontecerão no fim do segundo e terceiro ano do ensino médio, em 2010 e 2011, respectivamente. A escolha do curso será feita apenas na Etapa 3.

O conteúdo cobrado na prova será relacionado à grade curricular da série em que o aluno estiver matriculado. Essa é uma vantagem em relação ao vestibular tradicional, que cobra conteúdo dos três anos de uma só vez. A nota final de cada candidato será calculada com a primeira prova recebendo peso 1 e as demais, peso 2.

A participação no PAS não desabilita o candidato que queira também fazer o vestibular tradicional. Os concursos são realizados em datas diferentes. Fonte: Gazeta do Povo

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MEC divulga os locais de prova do Enem

Exame será aplicado nos dias 5 e 6 de dezembro. Aluno pode conferir local pela internet

Os candidatos que vão participar nos dias 5 e 6 de dezembro do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já podem consultar pela internet os locais onde farão prova. O sistema de busca está disponível no site do exame.

Os participantes também receberão em casa os cartões de confirmação de inscrição até 30 de novembro. No cartão, também há as informações sobre os locais e horários do exame. Quem não receber pode consultar essas informações pela internet ou pelo telefone 0800 61 61 61.

As provas do Enem serão aplicadas nos dias 5 e 6 de dezembro a 4,1 milhões de estudantes. Tanto no sábado (5) como no domingo (6), os portões serão abertos ao meio-dia e ao exame começará a ser aplicado às 13h (horário de Brasília).

No primeiro dia, os exames serão de ciências da natureza e humanas. No segundo, será a vez de avaliar o conhecimento dos estudantes em linguagens e códigos, matemática e redação. Cada prova terá 45 questões de múltipla escolha, totalizando 180 durante os dois dias.

O Enem estava marcado para os dias 3 e 4 de outubro, mas foi adiado depois de uma das provas ter sido furtada de uma gráfica de São Paulo que estava imprimindo o material. A partir deste ano, o exame é requisito para a entrada em pelo menos 40 universidades federais, além de ser necessário para quem disputa uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni).Fonte: Agência Brasil


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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Policiais civis paralisam e fazem passeata no Centro Cívico

Cerca de 300 policiais caminharam hoje à tarde para protestar - Foto: Jonas de Oliveira

A paralisção dos policiais civis do Paraná nesta terça-feira (24) atingiu 70% dos trabalhadores da categoria, segundo o Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), prejudicando os serviços de confecção de carteira de identidade, emissão de registro de boletins de ocorrência e investigações.

Para mostrar insatisfação com os salários e as condições de trabalho, cerca de 300 policiais se reuniram durante a tarde no Centro Cívico, em Curitiba, onde realizaram uma passeata da Assembleia Legislativa ao Palácio das Araucárias - sede do Governo.

Após a realização da manifestação, os policiais realizaram uma assembleia para a avaliar movimentp. Ele realizam nova reunião dentro de 15 dias para decidir se entram ou não em greve por tempo indeterminado.

A categoria pede reposição de perdas e isonomia salarial com a Polícia Militar (PM). De acordo com o Sinclapol, o primeiro cargo da PM de nível superior tem salário de R$ 4,1 mil, enquanto na Polícia Civil o vencimento é de R$ 1.950. Ainda de acordo com o sindicato, a reposição salarial dos policiais militares no governo Requião foi de 217%, enquanto que os policiais civis tiveram 51%.

A categoria pede ainda a contratação de mais profissionais e aponta os perigos de trabalhar com distritos policiais superlotados, onde ameaças de presos e fugas são constantes. Fonte:Bem Paraná

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Penitenciários correm para derrubar liminar

Outra categoria que pode cruzar os braços são os agentes penitenciários. A categoria havia programado o início da greve para o último sábado, mas uma liminar concedida pela 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba proibiu o ato. Ainda assim, os agentes estão se articulando para derrubar a liminar e daí iníciar à greve o quanto antes, já que eles apontam que não há condições de negociar com o atual governo.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Clayton Agostinho Auwerter, o sindicato está realizando uma força tarefa com o setor jurídico da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na tentativa de derrubar a liminar. E, tão logo isso aconteça, a greve terá início. “É questão de tempo. Nós estamos nos articulado e vamos derrubar essa liminar”, apontou.

No último sábado, cerca de 20 agentes penitenciários realizaram um ato em frente à Penitenciária de Piraquara. Eles distribuíram panfletos à familiares de presos para que tomasses consciência da atual situação que os agentes enfrentam. A greve é a última manobra dos agentes para trazer o governo para uma negociação.


A categoria reivindica que o governo cumpra uma lei federal que garante o porte de arma pelos agentes fora das unidades prisionais. Além disso, exigem o reajuste do adicional de atividade penitenciária, que está congelado há quase três anos. Os agentes querem ainda a aposentadoria especial e as livres permutas e transferências. Sem contar na mudança de escala. Atualmente, eles trabalham 12 horas e folgam 36. Com a mudança, trabalhariam 24 horas para 72 de folga. (FGS). Fonte: Bem Paraná

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Policiais civis fazem manifestação e caminham para a greve

Hoje eles prometem parar em Curitiba e em 18 subdivisões no interior para reivindicar o plano de carreira

Policiais Civis da Capital e de 18 subdivisões do interior realizam hoje uma manifestação contra a intransigência do governo estadual em negociar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que se estende há mais de quatro anos. Em Curitiba, os policiais se reúnem a partir das 14 horas na Praça Nossa Senhora de Salete. O ato faz parte do indicativo de greve. A categoria não descarta uma paralisação.

Na semana passada, membros do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) realizaram uma reunião com o secretário de segurança pública, Luiz Fernando Delazari, e com a secretária de administração e previdência, Maria Marta Lunardon, na tentativa de negociar a pauta. Mas, de acordo com o presidente do Sinclapol, André Gutierrez, o resultado foi péssimo.

“Eles acharam que nós iríamos nos contentar com um rascunho de um projeto, em uma apresentação no power point, que falava da modernização da polícia e trazia uma tabela de progressão horizontal e vertical. Mas os principais, que eram os valores e prazos, estavam em branco. E quando insistimos nestas questões, eles disseram que não tem condições de oferecer prazos e valores. De que adiantou então?”, questionou Gutierrez.

Segundo Gutierrez, hoje completam quatro anos do decreto do governo que apontou para a criação de uma comissão para a elaboração do projeto. “O que apresentaram para quatro anos é ridículo. Só nos mostraram a reestruturação da polícia, mas não falaram em salários. O investigador da polícia de 5ª classe ganha R$1,9 mil, enquanto o 2º tenente da PM, que é equivalente, ganha quase R$ 4 mil”, reclamou.

O movimento está confirmado para hoje na Capital e para outras 18 subdivisões espalhadas pelo interior do Estado. Os 30% de efetivo exigidos pelas leis trabalhistas permanecerão nos postos. Todos os policiais que não estiverem de plantão ou dentro deste 30% devem se juntar aos demais para dar força à manifestação. Ainda hoje, a categoria deve marcar uma nova assembleia com pauta exclusiva para decidir pela possibilidade da greve.

“A greve sempre acaba sendo contraproducente. Mas o governo se mostrou intransigente, já deu sinais de que a resposta que queremos não vem. Eles fecharam o canal da comunicação. O que querem é só manter um contato de alto nível dessas reuniões. Mas quatro anos não foram suficientes para elaborar o projeto? Não tem mais o que discutir com eles. A greve pode acontecer”, disse Gutierrez. Se decidir pela paralisação, o sindicato tem que informar a Secretaria de Estado de Segurança Pública com 72 horas de antecedência. A categoria já está com indicativo de greve há duas semanas. Fonte: Bem Paraná

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Apoio do DEM a Osmar racha legenda no PR

Alceni Guerra envia carta à direção do partido criticando compromisso fechado pelo presidente da sigla no estado

A distância cada vez maior entre o PDT e o PSDB no Paraná – aliados de longa data, Osmar Dias e Beto Richa devem disputar o governo estadual em 2010 – provocou um racha no Democratas local. O deputado federal Alceni Guerra (DEM) solicitou à cúpula nacional do partido intervenção no diretório estadual, comandado pelo também deputado federal Abelardo Lupion. Segundo Guerra, Lupion firmou um compromisso que foge à aliança nacional com os tucanos e que remete a um “palanque eleitoral de Osmar Dias e da ministra Dilma Rousseff”.

O pedido consta de uma carta enviada por Guerra ao presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia. Antes de solicitar a intervenção, o deputado ofereceu uma alternativa: o desligamento dele da bancada do DEM. Ele diz que se sentiu “ludibriado”, pois em almoço com a bancada nacional do partido, no dia 18, ficou acertado o apoio à candidatura do PSDB à Presidência da República, independentemente do candidato – José Serra ou Aécio Neves. “No mesmo dia, Lupion faz uma reunião com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. Nós todos sabemos que o Lupi está com a Dilma”, criticou Guerra.

“Vamos apoiar o PSDB, mas uma coisa é a disputa nacional e outra é a disputa estadual. Meu papel hoje é de tentar trazer o senador Osmar Dias para a base de apoio à candidatura do PSDB. O papel que faço é o que os tucanos deveriam estar fazendo.” Aberlardo Lupion, presidente estadual do DEM

Lupion reagiu. “Senti-me desconfortável porque assumi um compromisso com a bancada e o presidente estadual assume outro e, o que é pior, sem me consultar nem me comunicar depois. Isso me obrigou a tomar uma posição. Se não fico de bobo a nível nacional ou a nível estadual”, declarou Alceni Guerra, que foi secretário do Planejamento de Curitiba entre janeiro e setembro deste ano. Segundo Guerra, ele e Rodrigo Maia vão se reunir hoje para discutir o assunto.

Abelardo Lupion disse que está “estranhando” a postura de Alceni Guerra. “A reunião foi feita com a presença de Lupi, de Osmar Dias e do Rodrigo Maia”, afirmou Lupion. Ele rechaça a acusação de aproximação com Dilma Rousseff. “Quem conhece minha história sabe que eu jamais apoiaria o PT”, declarou.

“Vamos apoiar o PSDB, mas uma coisa é a disputa nacional e outra é a disputa estadual. Meu papel hoje é de tentar trazer o senador Osmar Dias para a base de apoio à candidatura do PSDB. O papel que faço é o que os tucanos deveriam estar fazendo”, disse Lupion. Ele ressaltou que “não abre mão” de apoiar o pedetista na corrida pelo governo do Paraná e alfinetou os defensores da candidatura de Beto Richa – eleito em 2008 com o apoio do PDT, que esperava receber o favor em 2010 para eleger Osmar Dias governador. “Espero que os compromissos recentemente assumidos sejam cumpridos.”

Apoio

O presidente da Assembleia Le­­­gislativa do Paraná, Nelson Justus, apoiou a postura de Guerra. Para ele, independentemente de ser o presidente estadual da legenda, Lupion não tem poderes para fechar acordo com Osmar Dias. Justus defendeu ainda que as discussões sobre alianças devem ocorrer nas convenções partidárias e não por iniciativas individuais.

O deputado estadual Elio Rusch declarou que, até a convenção que decidirá a posição do DEM, em junho de 2010, todos os filiados têm o direito de manifestar a opinião pessoal. Fonte: Gazeta do Povo

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Policiais civis param e atendimento pode ficar lento nas delegacias do PR

De acordo com a categoria, nenhuma delegacia está fechada, mas apenas 30% do efetivo está trabalhando. Sesp não comenta manifestação dos servidores

A paralisação dos policiais civis do Paraná atinge cerca de 70% dos trabalhadores da categoria nesta terça-feira (24) e desde as 8 horas prejudica os serviços de confecção de carteira de identidade, emissão de registro de boletins de ocorrência e até investigações de crimes. A afirmação é do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), que, junto com o Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol) e a União da Polícia Civil do Paraná, organiza o protesto por melhorias salariais e de condições de trabalho.

“Dos postos do Instituto de Identificação, apenas um ou outro estão funcionando para garantir que o serviço esteja disponível”, diz o presidente do Sinclapol, André Gutiérrez. Em Curitiba, postos do 1º (Centro), 3º (Mercês) e do 7º distrito (Hauer) estão atendendo. No caso das delegacias, ele afirma que não há portas fechadas, mas diz que o atendimento nesta terça-feira ficará mais lento que o convencional. “Em média, apenas 30% dos policiais estão trabalhando no atendimento”, diz Gutiérrez. “Os policiais não deixarão de atender ninguém, mas certamente haverá atrasos”, prevê. “Para as investigações, o efetivo também estará reduzido e só será normalizado amanhã [quarta-feira]”. A paralisação atinge as categorias de investigador, escrivão e papiloscopista.

Guardas também protestam em Curitiba
Os guardas municipais de Curitiba retornaram às atividades normais nesta terça-feira (24), depois de uma paralisação de 24 horas pedindo melhores condições de trabalho. Representantes dos guardas se reuniram com o secretário de Recursos Humanos da prefeitura, Paulo Schmidt, e com o superintendente da Secretaria da Defesa Social, Renê Vitek. Os guardas reivindicaram aumentos salariais. No dia 2 de dezembro, uma assembleia vai decidir se a categoria entra em greve. Os guardas também reclamam da falta de segurança no trabalho. Ontem, eles levaram caixões à prefeitura, simbolizando quatro colegas mortos neste ano.

A prefeitura afirma que a reunião discutiu apenas o salário. A explicação dada aos servidores é que a crise econômica causou queda na arrecadação e, com isso, não há como dar reajuste agora.Adriano Kotsan

No 1º Distrito Policial de Curitiba, no Centro, no entanto, o delegado Antônio de Campos Macedo, informou, por volta das 10 horas, que a situação está dentro da normalidade. “Estamos com um escrivão, eu, como delegado de plantão, e três investigadores no plantão, exatamente como deveria”, disse. Em outros distritos contatados pela reportagem, como o 2º e o 8º, ninguém atendeu nos telefones dos plantões das delegacias no mesmo horário.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) foi procurada pela reportagem nesta manhã, mas informou que não iria comentar a possibilidade de prejuízos no atendimento à população ou sobre qualquer assunto relacionado à paralisação dos policiais civis.

Uma das principais reclamações dos policiais, que levou à deflagração da paralisação, está ligada à questão salarial. A categoria pede reposição de perdas e isonomia salarial com a Polícia Militar (PM). “O primeiro cargo da PM de nível superior tem salário de R$ 4,1 mil, enquanto na Polícia Civil o vencimento é de R$ 1.950, menos de 50%”, afirma Gutiérrez. Segundo ele, a reposição salarial dos policiais militares no governo Requião foi de 217%, enquanto que os policiais civis tiveram 51%.

A categoria pede ainda a contratação de mais profissionais. Segundo estimativa das entidades policiais, o efetivo, que atualmente é de 3,3 mil, deveria ser de 6,4 mil policiais no estado. Outro problema alegado pelos policiais é à superlotação de presos nos distritos. “Preso não tem que ficar na delegacia, tem que ir para o sistema penitenciário. Do contrário, o policial deixa de ir para rua investigar para ficar cuidando da carceragem”, argumenta o presidente do Sinclapol.

A paralisação dos servidores deve seguir até as 18 horas. Desde as 8 horas os policiais estão em frente a delegacias de todo o estado para esclarecer a população sobre as condições de trabalho e as reivindicações da categoria.

Em Curitiba, às 14 horas, os manifestantes farão uma caminhada pelo Centro Cívico, passando pela Assembleia Legislativa do Paraná e pelo Palácio das Araucárias, atual sede do governo do estado. Durante a concentração no Centro Cívico também será definida a data de uma assembleia para consultar a classe sobre a possibilidade de greve por tempo indeterminado. Fonte: Gazeta do Povo

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Karl Giberson, presidente da Fundação BioLogos: "Deus pode guiar a história natural trabalhando por meio das leis da natureza"

Por Marcio Campos do Blog Tubo de Ensaio
O aniversário é hoje: A origem das espécies faz 150 anos. Por isso, o Tubo publica, na sequência do seu especial Darwin, a entrevista exclusiva que Karl Giberson concedeu, por e-mail, ao blog. Uma versão mais curta foi publicada na edição desta terça no caderno Mundo da Gazeta do Povo. Aqui ela está na íntegra.

Quem visitou o blog ontem descobriu que Karl Giberson é o atual presidente (com a saída de Francis Collins) da Fundação BioLogos, uma entidade sediada nos Estados Unidos que promove a conciliação entre a ciência, especialmente evolucionista, e o cristianismo evangélico. Giberson também é autor de Saving Darwin, o livro que eu resenhei ontem aqui no blog. Claro, falamos um pouco do livro, mas principalmente sobre qual é exatamente o papel de Deus no processo evolucionário e sobre as melhores abordagens na hora de promover a ciência entre pessoas cuja fé é arraigada.

O subtítulo do seu livro é "como ser cristão e acreditar na evolução". Mas não se "acredita" na evolução como se "acredita" em Deus, em anjos ou em Papai Noel...

Giberson acredita em uma evolução guiada, mas que Deus não interfere nos detalhes dos processos naturais.

Exato, e isso ressalta um aspecto muito importante desta controvérsia: que significado as pessoas pensam ver nas palavras que usamos? Muitas pessoas pensam que "evolução" significa "uma história ateísta sobre as origens". Se perguntarmos a uma pessoa religiosa se ela acredita em evolução, muitos se sentirão levados a responder "claro que não!"

Mas há dois sentidos de "acreditar" que, para mim, são relevantes aqui. No sentido literal, quer dizer simplesmente "aceitar como verdadeiro". Todos "acreditam" que dois mais dois são quatro. Esse sentido mais leve poderia se aplicar, penso eu, às pessoas que acreditam em Deus, mas para quem essa crença não tem consequências. Muitos deístas acreditam em Deus como acreditam nas leis da Física – há alguma coisa "lá fora" que existe, mas que efetivamente não significa nada de profundo para eles.

Mas há outro significado de "acreditar" que tem uma carga mais profunda. Minha crença em Deus tem implicações que minha crença na gravidade não tem. Mas eu acrescentaria que minha "crença" na evolução também me afeta em maneiras muito mais pessoais que a mera aceitação da teoria. Ela me leva a refletir sobre como eu me relaciono com os outros seres vivos, como eu me insiro na história natural do universo, como eu devo tratar os animais, o que eu deveria pensar sobre os primatas, e assim por diante. A evolução tem um poder transformador que muda a maneira como uma pessoa se relaciona com o mundo a seu redor – de formas que não se diferem muito da crença em Deus.

Uma pesquisa recente do Pew Forum apontou que 31% dos norte-americanos dizem que o homem e outros seres vivos foram criados exatamente como são, desde o início dos tempos; 32% dizem que eles evoluíram por processos naturais; e outros 22% falam em evolução "guiada por um ser supremo". Isso é possível, ou o termo esconde visões como o Design Inteligente?

Uma "evolução guiada" é aceita por muitas pessoas, especialmente cristãos com conhecimento científico. Ela aparece sob nomes diversos, como "evolução teísta", "criacionismo evolucionista", ou "BioLogos", o termo que usamos para nosso projeto (e que escolhemos para escapar da bagagem negativa que vem com o termo "evolução").

Mas a ideia de que Deus guia a evolução é bem complexa. Para ela ser relevante, não podemos simplesmente pegar a versão secular da história e dizer "foi Deus quem fez". É preciso fazer afirmações teologicamente sólidas sobre o que Deus fez ou está fazendo, e sobre como Ele está envolvido no processo.

Eu diria que nós, no BioLogos, defendemos uma versão limitada dessa "evolução guiada". Nós acreditamos que ela é guiada no sentido de que o cenário como um todo está cumprindo as intenções do criador, mas, dentro dessa noção ampla, os detalhes incluem vários eventos aleatórios e contingentes.

Permita-me contar uma anedota para me fazer entender: quando ensino evolução a estudantes evangélicos no Eastern Nazarene College, eles normalmente se incomodam com a ideia de que Deus pode trabalhar de forma invisível através das leis naturais. Isso não se parece com o Deus bíblico que fala na sarça ardente, criou Eva tirando uma costela de Adão e fez chover fogo sobre Sodoma e Gomorra. Então eu pergunto aos alunos: "quantos de vocês creem que Deus os guiou até aqui?", e muitos levantam as mãos. Em seguida pergunto "quantos de vocês foram guiados por meio de interrupções dramáticas e sobrenaturais do curso natural da vida?", e ninguém levanta a mão.

A conclusão é óbvia: se Deus pode guiar pessoas através dos eventos corriqueiros do dia-a-dia, Ele pode guiar a história natural trabalhando por meio das leis da natureza. E aqui temos uma diferença fundamental em relação às alegações do Design Inteligente: não é necessário que Deus interrompa o curso natural das coisas para, de vez em quando, fazer diretamente parte do trabalho criativo. Em vez disso, temos um Deus que permeia todo o processo.

Além disso, o DI não é exatamente um ponto de vista particular. O saco de gatos deles é tão grande que inclui gente muito diferente: intervencionistas que aceitam a evolução desde que Deus dê as caras de tempos em tempos de forma detectável; criacionistas da Terra jovem; criacionistas da Terra antiga; e até gente que não crê em Deus. O livro de DI mais recente (Signature in the cell, de Stephen Meyer) diz que Deus criou a primeira célula, e daí em diante a seleção natural se encarregou do resto. É um tipo de "deísmo biológico". O DI não passa de um movimento político em que antievolucionistas concordaram em deixar de lado suas divergências para combater a evolução. O caráter político do DI está se tornando cada vez mais evidente, e há sinais de que o movimento esteja perdendo força.

Mas se o processo evolucionário é movido a competição, seleção natural e mutações genéticas aleatórias, a "atividade criativa de Deus" não tem um papel pequeno demais para um ser todo-poderoso?

No fim das contas, precisamos olhar para a ciência. Parece mesmo que Deus está intervindo de formas dramáticas ao longo da história natural? Nós não podemos colocar Deus numa caixa feita de acordo com nosso interesse e insistir que Suas ações se conformem à nossa ideia de como Deus deveria se comportar.

Eu perguntaria, a quem prefere uma "presença" maior de Deus na história, de que modo eles procuram por Deus no mundo. Essas pessoas buscam um Deus das lacunas, que aparece naquilo que a ciência não explica? Ou buscam por Deus na grandeza de um pôr-do-sol, na nobreza de um voluntário de sopão, ou no sorriso de uma criança? Sem saber, nós aderimos à teologia de um Dawkins quando insistimos que Deus deve funcionar como um engenheiro cujas ações devem ser claramente identificadas pela ciência.

Seu livro relata casos de ridicularização dos criacionistas na mídia, como em episódios dos Simpsons, mas o senhor acredita que essa estratégia não é muito adequada para levar as pessoas a aceitar a evolução. Como, então, levar o público a ver a compatibilidade entre evolução e fé religiosa?

A chave, para a maioria, é desenvolver uma compreensão da Bíblia que vá além do que aprenderam no catecismo ou na escola dominical. O catecismo conta histórias sobre o Gênesis que são adequadas para crianças, mas depois ninguém revisita essas histórias para ajudar os jovens adultos a criar uma visão madura do Gênesis. Descobrir que o livro sagrado tem várias indicações de que não se trata de história literal é uma experiência libertadora para os cristãos. Se nosso primeiro contato com a criação segundo o Gênesis ocorresse na vida adulta, não aceitaríamos tão rapidamente a literalidade das histórias de cobras falantes, jardins mágicos e Deus "descendo do céu" para conversar com Adão e Eva diariamente. Mesmo os nomes dos personagens principais são pistas. A palavra hebraica para Adão significa apenas "homem", e Eva significa "vida". Pense numa história em português, ou inglês, sobre um casal chamado Homem e Vida num jardim mágico. Será que não entenderíamos imediatamente que não se trata de registro histórico?

"Se nosso primeiro contato com a criação segundo o Gênesis ocorresse na vida adulta, não aceitaríamos tão rapidamente a literalidade das histórias de cobras falantes"

Também é importante – embora não tanto quanto a questão da Escritura – o fato de que existe uma montanha de evidências a favor da evolução. O mapeamento do genoma comprova sem sombra de dúvida que os humanos e outros primatas têm um ancestral comum. Apresentar essa evidência é muito importante para ajudar as pessoas a fazer essa transição.

O que funciona melhor para quem nega a evolução: mostrar a evidência favorável à evolução, apelando para a razão? Ou mostrar que a evolução não prejudica a crença em Deus, apelando para a religiosidade?

É fundamental proteger a religião dos supostos "ataques evolucionistas". A maioria das pessoas está mais preocupada em estar de acordo com sua religião do que em estar cientificamente atualizadas. O problema no caso dos cristãos evangélicos, infelizmente, é que existem prateleiras sem fim de livros argumentando que a ciência comprova o criacionismo. Para a maioria das pessoas leigas no assunto, a batalha nem é entre ciência e religião, e sim entre "a ciência de que eu gosto" e "a ciência que ataca minha religião".

No seu livro o senhor parece um tanto pessimista e desiludido sobre o rumo da discussão sobre a evolução, que deixou de ser uma busca pela verdade científica e se tornou uma guerra cultural, onde o que importa é desmoralizar o adversário. Nós realmente chegamos a um ponto sem volta?

Temo que sim. Algumas semanas atrás eu estava em um impressionante museu no Kentucky, mantido pelo Answers in Genesis, o maior e mais eficiente promotor do criacionismo de Terra jovem em todo o mundo. Eles têm uma livraria enorme e, enquanto eu a explorava, era esmagado pelo gigantismo do esforço feito para atacar a evolução. Havia centenas de livros, DVDs, material didático para todas as séries (até pré-escola), canecas, camisetas com mensagens antievolução... Answers in Genesis é uma máquina de propaganda multimilionária, com o propósito de convencer cristãos de que eles não devem acreditar em evolução. Eles têm revistas, um site cheio de informações, workshops, um time de "cientistas", livros sem fim e muito mais. Tudo isso ruiria se eles se convencessem de que a evolução é real. Por outro lado, eu não consigo imaginar como fundamentalistas científicos como Richard Dawkins e Daniel Dennett fariam as pazes com fundamentalistas religiosos como Ken Ham, o chefe de Answers in Genesis.

Bento XVI, quando era cardeal, pediu que houvesse um debate honesto sobre a legitimidade das afirmações metafísicas feitas em nome da teoria de Darwin. Na sua opinião, cientistas como Dawkins "sequestraram" Darwin como fizeram os eugenistas descritos em seu livro?

Certamente Dawkins e o Novo Ateísmo sequestraram Darwin, e nós deixamos que eles dessem o tom do debate em termos de explicação científica, e não de Metafísica. A ciência leva crédito pelo que pode explicar, e Deus leva crédito pelo resto. Se Deus não é necessário para explicar o que a ciência vai desvendando, Ele não é mais necessário para nada. Nós deixamos um "antiteólogo", Dawkins, nos dizer o que a Teologia pode ou não fazer.

Apesar de descrever o criacionismo como um fenômeno norte-americano, o senhor alerta que ele está se tornando global. De fato, um dos criacionistas mais famosos do mundo hoje é um muçulmano turco, Harun Yahya. É possível frear a expansão do criacionismo?

Se o criacionismo, profundamente hostil à ciência, conseguiu fincar raízes nos Estados Unidos na mesma década em que pusemos o homem na Lua, é impossível impedir que ele finque raízes num país como a Turquia. O criacionismo tem uma vantagem injusta sobre a ciência: ele continua reciclando qualquer alegação que funcione, ainda que já tenha sido refutada. Isso é tão prevalente que até Answers in Genesis tem uma página em seu site com argumentos antievolução que já foram rebatidos, mas muitos criacionistas não estão nem aí e continuam usando esses mesmos argumentos.

No caso de Harun Yahya nós podemos receber socorro de outra direção. Ele tem sido acusado de ligação com o crime organizado. Se ele fosse para a cadeia, a causa da ciência na Turquia ganharia tanto quanto ganhou nos Estados Unidos quando Kent Hovind (um criacionista da Terra jovem acusado de diversos crimes de ordem fiscal) foi preso.

2009 é o ano de Darwin, pelo bicentenário de seu nascimento e pelos 150 anos de A origem das espécies. Com o ano quase no fim, qual sua avaliação dos esforços feitos para contra-atacar os argumentos criacionistas e promover a conciliação entre religião e evolução?

Esse foi um ano interessante. Por um lado, o Novo Ateísmo dominou a agenda, alinhando-se tanto contra o criacionismo quanto contra a religião em geral. A reação por parte de pensadores religiosos consolidou a polarização, que provavelmente responderá pela parte mais ruidosa do debate nos próximos anos.

Mas, entre esses dois extremos, vozes moderadas se levantaram. Intelectuais agnósticos ou não-religiosos contestaram a posição ateísta de que "a religião é má e deve sumir". Michael Ruse, Chris Mooney, Eugene Scott e outros afirmam que alienar as pessoas religiosas em nome da ciência só pioraria as coisas para a própria ciência ao alimentar o antievolucionismo. E também – e nisso eu tenho um papel relevante – houve o surgimento da Fundação BioLogos, criada por Francis Collins para incentivar a conciliação entre evolução e cristianismo. Apesar de – ou talvez por causa de – ser uma ponte entre ciência e fé, temos sido criticados pelos dois extremos, enfurecendo todo mundo, de Ken Ham (do Answers in Genesis) e Bill Dembski (do Discovery Institute, promotor do DI) até Sam Harris e Jerry Coyne, dois líderes do Novo Ateísmo.

A experiência do BioLogos tem sido estimulante. Somos a única voz dentro do cristianismo evangélico lutando pela harmonia entre ciência e fé – o que inclui, claro, a aceitação da evolução. Nós esperávamos ser um pequeno e solitário grupo que cresceria com o tempo, mas descobrimos que já existe um número considerável de cristãos, geralmente entre as camadas mais instruídas, que já compartilhavam da nossa posição, mas estavam marginalizados porque não havia quem os representasse em público. Nós estamos emergindo como o Flautista de Hamelin da Ciência, atraindo cristãos e conseguindo enorme apoio. Quase diariamente alguém nos manda um e-mail querendo saber como participar. Isso é encorajador e me faz pensar que talvez haja uma luz no fim deste longo túnel da anticiência.

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lula defende enriquecimento de urânio para fins pacíficos no Irã

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu hoje o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad e defendeu, em pequena coletiva à imprensa, o direito do país de desenvolver seu programa nuclear para fins pacíficos. "O que nós temos defendido há muito tempo é que o Irã tenha o direito de desenvolver enriquecimento de urânio para fins pacíficos, tanto quanto o Brasil está se desenvolvendo. É simples", disse Lula.

Segundo o presidente, o Brasil tem um modelo de desenvolvimento de energia nuclear reconhecido pelas Nações Unidas, modelo que pode ser adotado pelo Irã. "O que defendemos para nós, defendemos para o outros", afirmou.

Em seu discurso, Lula falou de aspirações comuns dos dois países nas áreas de energia e desenvolvimento científico. O presidente frisou que o comércio bilateral dobrou durante seu governo, e que há a intenção de dar mais vigor Às trocas comerciais. "O Irã poderá voltar a ser o maior destino [comercial] no Oriente Médio", disse.

Foram firmados hoje vários acordos de cooperação, nas áreas de geração de energia elétrica e de segurança alimentar. Uma visita do presidente Lula está marcada para abril ou maio do próximo ano a Teerã.

Logo após Lula, Ahmadinejad discursou e disse que Brasil e Irã defendem um mundo de paz e solidariedade, sem armas nucleares, e defendeu o direito de seu país de fazer pesquisas nucleares para fins pacíficos. "O Brasil apoia o direito do Irã de dominar todo o ciclo nuclear", disse o presidente iraniano, citando o discurso de Lula. Ahmadinejad também disse apoiar o que chamou de "avanços" do Brasil no domínio da tecnologia nuclear.

Ahmadinejad também aproveitou a visita para afirmar que não há ambiguidades no programa nuclear do país e que todas as perguntas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) já foram respondidas.

O programa nuclear iraniano está no centro de uma polêmica internacional, com pressão ocidental para que o país envie seu urânio para ser enriquecido no exterior. O Irã assegura que tem apenas finalidades pacíficas, mas a descoberta de uma central nuclear clandestina em Qom aumentou as suspeitas de que o programa se destina à construção de armas nucleares.

O Irã alega que suas atividades nucleares são exclusivamente civis, mas não consegue afastar as suspeitas em torno de sua suposta intenção de desenvolver um programa militar.

Sobre a proposta da AIEA para um acordo, Ahmadinejad disse que o Irã estava disposto a negociar a compra de urânio enriquecido, mas que a limitação imposta pela agência de não poder comprar urânio enriquecido em 20% travou as negociações. "Isso não é a coisa certa a se fazer. Cabe ao comprador definir as condições da compra, as especificações técnicas. Estamos prontos a pagar e comprar o combustível, mas o Irã não permitirá que se ignorem os seus direitos legais", disse.

Paz

De acordo com o presidente Lula, o país de Ahmadinejad pode ser um novo ator para promover a paz. "O Irã pode ter um papel decisivo não só no Oriente Médio, mas na Ásia Central, para forjar uma ordem mundial harmônica em sua região.

Ahmadinejad reforçou o discurso amistoso do presidente Lula, destacando as afinidades dos dois países, tanto em relação às riquezas naturais como na convergência de interesse em vários campos, como o de energia. O líder iraniano acenou também que o Brasil deve atuar como um elo entre o Irã e a América latina.

O presidente iraniano reservou parte de seu discurso para atacar o sistema econômico capitalista, e afirmou que é necessário que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) passe por uma reforma que dê um assento permanente pro Brasil. "O conselho fracassou nos últimos 60 anos. A razão por que falhou é clara, falhou por causa do poder de veto que hoje está limitado a um número pequeno de países."

Foram assinados hoje acordos de cooperação nas áreas de energia, indústria e comércio, ciência, tecnologia, segurança alimentar e monetária. Foi assinado acordo de isenção de visto para passaportes diplomáticos para o período de 2009 a 2012.

Visita

O iraniano chegou hoje a Brasília por volta das 9h, procedente do Senegal. Após a reunião reservada com Lula, os dois líderes devem seguir para encontro com empresários de ambos os países.

Ahmadinejad chegou ao Brasil acompanhado pelo ministro de Relações Exteriores, Manoucher Mottaki, e do vice-ministro para a América Latina, Ali Reza Salari. Também veio ao país seu ministro de Minas e Indústrias, Ali Akbar Mehrabian. Vieram ainda membros do Parlamento iraniano e uma grande delegação de empresários que participará de um encontro empresarial Brasil-Irã. Ao lado de Ahmadinejad, veio ainda o embaixador brasileiro em Teerã, Antônio Luis Espínola Salgado.

Desde 2005, quando assumiu o poder, Ahmadinejad tenta estabelecer vínculos com líderes sul-americanos de esquerda e mantém relação próxima com Hugo Chávez. Depois do Brasil, o presidente iraniano completará sua viagem latino-americana de cinco dias com visitas a Bolívia e Venezuela, para depois retornar a Teerã com escalas no Senegal e em Gâmbia. Fonte: Folha Online

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Ministério da Previdência abre concurso para 178 vagas

O Ministério da Previdência Social recebe até o dia 6 de dezembro as inscrições de interessados em participar de concurso para o preenchimento de 178 vagas, sendo 13 de nível superior, com salários de R$ 2.222,72, e 165 de nível médio (R$ 1.910,95).

Entre os postos que exigem ensino superior estão administrador (3), técnico em Comunicação Social - Jornalismo (8), técnico em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda (1), técnico em Comunicação Social - Relações Públicas (1). No caso das vagas de nível médio, as 165 são para agente administrativo.

O Concurso Público será executado pelo CESPE/UnB (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília) e as inscrições podem ser feitas pelo site da instituição.

Para os candidatos que não dispuserem de acesso à Internet, o CESPE/UnB disponibilizará locais com acesso à rede, no período de 16 de novembro a 6 de dezembro de 2009 (exceto sábado, domingo e feriado), das 9h00 às 17h00, no campus universitário Darcy Ribeiro, da UnB.

As taxas de inscrição são de R$ 44,00 para nível superior, e de R$ 38,00 para nível médio. Os interessados em pedir isenção podem fazê-lo até o dia 6 de dezembro.

As provas serão realizadas no Distrito Federal, na data provável de 17 de janeiro de 2010. Os locais e horários de realização serão publicados no "Diário Oficial da União" e divulgados na internet, na data provável de 8 de janeiro de 2010. Fonte: Folha Online

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Policiais civis param nesta terça-feira

Policiais civis de todo o Paraná paralisam os trabalhos nesta terça-feira (24) para protestar por melhorias salariais. Das 8 às 18 horas apenas 30% do efetivo da Polícia Civil atenderá o público nas delegacias. O restante deve participar das manifestações organizadas pelo Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol) nas delegacias de todo o estado.

Às 14 horas, os policiais farão um ato na frente das delegacias para esclarecer a população sobre as reivindicações da classe. No mesmo horário, haverá uma caminhada no Centro Cívico com carro de som. Os policiais passarão pela Assembleia Legislativa e pelo Palácio das Araucárias, atual sede do governo do estado. Durante a manifestação no Centro Cívico, o Sinclapol também definirá a data da assembléia para consultar a classe sobre a possibilidade de greve. Se for decidido pela greve, o Sinclapol terá 72 horas para notificar a Secretaria de Estado de Segurança Pública. Há duas semanas os policiais civis já estão em indicativo de greve.

De acordo com o presidente do Sinclapol, André Luiz Gutierrez, o objetivo é de que se reponham as perdas salariais dos últimos anos e que haja isonomia salarial entre a Polícia Civil e Militar. “A Polícia Militar teve reposição salarial de 217% no governo Requião, enquanto que a Civil teve apenas 51%”, argumenta Gutierrez.

Além de questões salariais, a manifestação também vai exigir mais estrutura de trabalho aos policiais. A principal reclamação é relativa ao alto número de presos nas delegacias. “Preso não tem que ficar na delegacia, tem que ir para o sistema penitenciário, do contrário o policial deixa de ir para rua investigar os crimes para ficar cuidando da carceragem”, argumenta o presidente do Sinclapol. Fonte: Gazeta do Povo

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domingo, 22 de novembro de 2009

Entre protestos, Lula recebe presidente do Irã nesta segunda-feira

Com a questão nuclear no centro do debate, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá nesta segunda-feira o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, em uma visita cercada de polêmica e que encontra forte resistência no Brasil.

Ahmadinejad chegará a Brasília em meio a ameaças de sanções por parte dos Estados Unidos e das grandes potências europeias por não responder à proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para que seu urânio passe a ser enriquecido na Rússia.

O presidente iraniano busca apoio de Lula, que se mostrou de acordo com o desenvolvimento de tecnologia nuclear com fins pacíficos e é contrário às sanções que poderiam frear o comércio bilateral, assunto que também estará em pauta na reunião.

Lula defende que a diplomacia será mais útil que o isolamento da República Islâmica e justificou o diálogo com Ahmadinejad -- "em prol da paz" -- até diante do presidente israelense, Shimon Peres, que fez uma visita ao Brasil há duas semanas.

Para o Brasil, esta pode ser uma oportunidade de fortalecer a imagem de mediador internacional, o que, por sua vez, respaldaria sua campanha na busca por uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Nessa linha, Lula recebeu em apenas uma semana separadamente Peres e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e conseguiu que ambos apoiem sua colaboração no diálogo para a paz no Oriente Médio.

Pedido de Obama

Apesar das suspeitas despertadas pela visita de Ahmadinejad nos setores conservadores dos Estados Unidos, o próprio presidente Barack Obama pediu a Lula que utilize sua relação privilegiada com o líder iraniano para pressioná-lo a renunciar a um programa nuclear com fins militares.

Os EUA querem ainda que o presidente brasileiro interceda por três americanos detidos no Irã em julho passado sob acusações de espionagem.

À margem da questão nuclear, a visita também terá um forte componente comercial, já que Ahmadinejad será acompanhado por uma comitiva de aproximadamente 200 empresários. Eles terão um encontro com diretores de empresas brasileiras dos setores de petróleo, mineração, agricultura e bens de capital.

O encerramento do encontro será presidido por ambos os líderes, após sua reunião de trabalho e a recepção oferecida pelo presidente do Senado, José Sarney, e o da Câmara dos Deputados, Michel Temer, em honra a Ahmadinejad.

Vistos

Também será discutida a supressão recíproca de vistos, o que incluiria os brasileiros em um reduzido grupo de cidadãos com direito a atravessar a fronteira iraniana apenas com o passaporte e dará mais facilidades no Brasil aos iranianos que, por exemplo, aos americanos, que são obrigados a pedir um visto.

Ahmadinejad inicialmente tinha programado viajar ao Brasil em maio passado, mas a visita foi cancelada. Teerã alegou "compromissos internos" do líder do Irã, que em 12 de junho realizaria as polêmicas eleições que reelegeram Ahmadinejad.

O presidente iraniano incluiu o Brasil em uma viagem internacional de cinco dias, cuja primeira etapa foi hoje no Senegal e que o levará na terça-feira à Bolívia e na quarta à Venezuela.

O giro de Ahmadinejad é marcado também por protestos no Brasil das comunidades judaica, gay e outros movimentos sociais por sua negação ao Holocausto e as reiteradas ameaças a Israel, a falta de liberdades no Irã e o que alguns consideram como ingerência de Teerã na América Latina. Fonte: Efe via Folha Online

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Boicote à Pepsi nos Estados Unidos

Igreja batista dos EUA veta o consumo do refrigerante

A Igreja Batista de Bell Shoals, na Flórida (EUA), está boicotando a Pepsi Cola. Sob a justificativa de que a empresa apoia o estilo de vida homossexual, a igreja determinou a retirada de todas as máquinas de refrigerantes Pepsi de seus templos. Terry Kemple, presidente do Conselho de Assuntos da Comunidade, ligado aos batistas, justifica a atitude argumentando que a multinacional doou mais de 1 milhão de dólares à campanha contra a Proposição 8, que aboliu o casamento gay na Califórnia. Outro motivo para o boicote seria o apoio da Pepsi às paradas do orgulho homossexual no país.

“A fábrica de bebidas está usando o dinheiro que lhe pagamos para atacar valores que consideramos importantes”, reclama. No seu relatório anual, a igreja menciona que a Pepsi obriga seus funcionários a participar de treinamentos sobre diversidade de gênero e orientação sexual, onde seriam ensinados a aceitar a homossexualidade. Como prova de sua insatisfação com a Pepsi, a denominação já fechou contrato com sua arqui-rival, a Coca-Cola. Fonte: CristianismoHoje

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Lula propõe jogo da paz entre Brasil e combinado Israel/Palestina

Presidente diz que quer realizar em março o amistoso, que seria em um país neutro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende realizar, em março, um amistoso da Seleção Brasileira de Futebol com um combinado de jogadores israelenses e palestinos. A partida em um país neutro, como Jordânia ou Qatar, é uma das principais apostas de Lula na área da política externa brasileira para tentar ajudar na paz do Oriente Médio em seu último ano de governo.

Em entrevista neste domingo na sede do PT, onde participou da votação para escolha da nova diretoria do partido, Lula relatou que os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, demonstraram, em encontros recentes, "simpatia" pela ideia de um "jogo da paz", que seria realizado em campo neutro.

O jogo seria nos moldes da partida entre Brasil e Haiti, em Porto Príncipe, em agosto de 2004. "Já há disposição dos dois (Peres e Abbas) de montar uma seleção meio a meio", disse Lula. "Se derem colher de chá, até eu posso jogar de centroavante", completou. "E se acontecer, será uma coisa muito importante." Na entrevista, Lula disse que falta convencer o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, a incluir o amistoso no calendário da Seleção. Lula pretende realizar a partida entre 10 e 16 de março de 2010, período em que fará um giro pelo Oriente Médio. Peres e Abbas, porém, não tomaram uma decisão sobre o assunto.

Diplomatas e assessores do governo brasileiro avaliam que há uma série de obstáculos políticos e de segurança para a realização da partida. Os defensores da ideia, no entanto, observam que a formação de um combinado de jogadores de Israel e Palestina não seria algo inédito e tão arriscado assim. Em 2006, israelenses e palestinos disputaram juntos um amistoso contra a seleção da Andaluzia, em Sevilha. O time da casa ganhou por 3 a 1.

Um jogo com a Seleção Brasileira em março seria um evento para os torcedores de Israel e da Palestina, que viram o fracasso de suas seleções nas eliminatórias da Copa da África do Sul no próximo ano. Fonte: Agência Estado

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