Alguns países têm alcançado sucesso na luta contra a fome, que afeta mais de um bilhão de pessoas no mundo, afirmou hoje a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). De acordo com relatório divulgado hoje - segundo dia da Cúpula Mundial para Segurança Alimentar (World Summit on Food Security) - 16 países já alcançaram o objetivo de reduzir a fome em 50% até 2015. Entre eles estariam Brasil, China, Nigéria, Tailândia, Armênia, Geórgia, Vietnã e Peru.
No entanto, apesar do progresso, analistas disseram que os países que tentam combater a mazela ainda enfrentam dificuldades e que seus esforços poderiam colocá-los em conflito com as regras de comércio global.
O diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, se disse feliz com a notícia. Segundo ele, foi resultado de "comprometimento perseverante por parte dos governos de países em desenvolvimento e apoio energético da comunidade internacional". A FAO avalia que o sucesso no combate à fome pode ser alcançado por meio de ambiente econômico favorável, investimentos para atingir objetivos e planejamento inteligente para o futuro.
Mas Ambroise Mazal, da organização não-governamental francesa CCFD-Terre, declarou que, mesmo que um país esteja comprometido com a luta contra a fome, "pode se deparar com tantos obstáculos que não conseguirá fazê-lo". Ele citou como exemplo o caso do Malawi. Em 2005, o país africano introduziu um sistema de subsídios para pequenos produtores por meio do qual o país deixou de ser importador de milho para ser exportador. Mas a medida foi contra a recomendação do Banco Mundial, que retirou financiamentos.
"De um lado está a FAO, que alerta para a proteção dos mercados e para a ajuda a pequenos produtores. Do outro está a Organização Mundial do Comércio (OMC), que alerta para a competitividade nos mercados abertos", ponderou Mazal. "Simplesmente não podemos continuar assim." As informações são da Dow Jones. Fonte: Agência Estado
No entanto, apesar do progresso, analistas disseram que os países que tentam combater a mazela ainda enfrentam dificuldades e que seus esforços poderiam colocá-los em conflito com as regras de comércio global.
O diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, se disse feliz com a notícia. Segundo ele, foi resultado de "comprometimento perseverante por parte dos governos de países em desenvolvimento e apoio energético da comunidade internacional". A FAO avalia que o sucesso no combate à fome pode ser alcançado por meio de ambiente econômico favorável, investimentos para atingir objetivos e planejamento inteligente para o futuro.
Mas Ambroise Mazal, da organização não-governamental francesa CCFD-Terre, declarou que, mesmo que um país esteja comprometido com a luta contra a fome, "pode se deparar com tantos obstáculos que não conseguirá fazê-lo". Ele citou como exemplo o caso do Malawi. Em 2005, o país africano introduziu um sistema de subsídios para pequenos produtores por meio do qual o país deixou de ser importador de milho para ser exportador. Mas a medida foi contra a recomendação do Banco Mundial, que retirou financiamentos.
"De um lado está a FAO, que alerta para a proteção dos mercados e para a ajuda a pequenos produtores. Do outro está a Organização Mundial do Comércio (OMC), que alerta para a competitividade nos mercados abertos", ponderou Mazal. "Simplesmente não podemos continuar assim." As informações são da Dow Jones. Fonte: Agência Estado
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