Cultos religiosos estão sendo realizados nas unidades prisionais de todo o estado. Segundo sindicato, ideia é chamar a atenção para o estado de insegurança com que vive a categoria
Agentes penitenciários organizam cultos religiosos em todo o Paraná na manhã desta quinta-feira (12) para lembrar a morte do colega Walter Giovanni de Brito, assassinado há exatamente um mês, em Londrina, no Norte do estado. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a intenção das manifestações é chamar a atenção do governo e da sociedade para o estado de insegurança com que vive a categoria.
Em Piraquara, na região de Curitiba, o presidente do Sindarspen, Clayton Agostinho Auwerter, diz que espera reunir mais de cem pessoas em um culto ecumênico que ocorre desde as 10 horas na praça em frente à Penitenciária Feminina do Paraná, na Avenida das Palmeiras. Um padre e um pastor foram chamados para a celebração, que deve congregar agentes católicos e evangélicos.
“Contamos com a participação de trabalhadores das seis unidades prisionais de Piraquara para a cerimônia em memória do colega assassinado”, diz. Na cidade funcionam a Colônia Penal Agrícola, a Penitenciária Central do Estado, a Penitenciária Feminina do Paraná, a Penitenciária Estadual de Piraquara e o Centro de Detenção e Ressocialização de Piraquara.
Segundo Auwerter, o culto deve ser encerrado por volta das 11 horas. “Toda a movimentação, atividades e aulas para presos estarão suspensas até lá”, afirma. “Depois disso, volta tudo ao normal”, garante. A categoria reclama da falta de segurança e pede, entre outras coisas, a liberação do porte de arma de fogo para a categoria; um reajuste do adicional de atividade penitenciária; e uma mudança nas escalas de trabalho.
Em todo o Paraná, cerca de 3,5 mil agentes penitenciários trabalham em 23 unidades prisionais. Nesta semana, os agentes aprovaram um indicativo de greve por conta das reivindicações, mas ainda não há data definida para a paralisação começar.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju), que disse estar ciente da manifestação desta quinta-feira. Apesar disso, a secretaria informou que deverá se pronunciar somente à tarde sobre as reclamações dos agentes e sobre as consequências da paralisação.
Agente assassinado
O agente Brito, de 26 anos, foi assassinado durante a madrugada quando deixava um bar na cidade de Londrina. Segundo o sindicato, foi o quarto homicídio de um agente penitenciário em três anos. Um colega que estava com Brito no momento do incidente, Levino Custódio Júnior, de 34 anos, reagiu e acertou dois tiros no autor do disparo, que foi preso. Custódio Júnior também foi detido por porte ilegal de arma de fogo.
Após uma paralisação realizada pelos trabalhadores ainda em outubro, o secretário de Estado da Justiça do Paraná, desembargador Jair Ramos Braga, disse que dos quatro assassinatos de agentes penitenciários ocorridos nos últimos anos, três não estavam relacionados à função. Afirmou que a paralisação dos agentes penitenciários não passou de “agitação”, e disse não ter responsabilidade sobre a concessão de porte de arma.
Uma nova manifestação está marcada para esta sexta-feira (13), quando os agentes pretendem fazer uma concentração no Centro de Curitiba para a realização de uma campanha para a doação de sangue. “Vamos transmitir a idéia de que doaremos nosso sangue pela causa”, explica o vice-presidente do Sindarspen, José Roberto das Neves.Fonte: Gazeta do Povo
Agentes penitenciários organizam cultos religiosos em todo o Paraná na manhã desta quinta-feira (12) para lembrar a morte do colega Walter Giovanni de Brito, assassinado há exatamente um mês, em Londrina, no Norte do estado. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a intenção das manifestações é chamar a atenção do governo e da sociedade para o estado de insegurança com que vive a categoria.
Em Piraquara, na região de Curitiba, o presidente do Sindarspen, Clayton Agostinho Auwerter, diz que espera reunir mais de cem pessoas em um culto ecumênico que ocorre desde as 10 horas na praça em frente à Penitenciária Feminina do Paraná, na Avenida das Palmeiras. Um padre e um pastor foram chamados para a celebração, que deve congregar agentes católicos e evangélicos.
“Contamos com a participação de trabalhadores das seis unidades prisionais de Piraquara para a cerimônia em memória do colega assassinado”, diz. Na cidade funcionam a Colônia Penal Agrícola, a Penitenciária Central do Estado, a Penitenciária Feminina do Paraná, a Penitenciária Estadual de Piraquara e o Centro de Detenção e Ressocialização de Piraquara.
Segundo Auwerter, o culto deve ser encerrado por volta das 11 horas. “Toda a movimentação, atividades e aulas para presos estarão suspensas até lá”, afirma. “Depois disso, volta tudo ao normal”, garante. A categoria reclama da falta de segurança e pede, entre outras coisas, a liberação do porte de arma de fogo para a categoria; um reajuste do adicional de atividade penitenciária; e uma mudança nas escalas de trabalho.
Em todo o Paraná, cerca de 3,5 mil agentes penitenciários trabalham em 23 unidades prisionais. Nesta semana, os agentes aprovaram um indicativo de greve por conta das reivindicações, mas ainda não há data definida para a paralisação começar.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju), que disse estar ciente da manifestação desta quinta-feira. Apesar disso, a secretaria informou que deverá se pronunciar somente à tarde sobre as reclamações dos agentes e sobre as consequências da paralisação.
Agente assassinado
O agente Brito, de 26 anos, foi assassinado durante a madrugada quando deixava um bar na cidade de Londrina. Segundo o sindicato, foi o quarto homicídio de um agente penitenciário em três anos. Um colega que estava com Brito no momento do incidente, Levino Custódio Júnior, de 34 anos, reagiu e acertou dois tiros no autor do disparo, que foi preso. Custódio Júnior também foi detido por porte ilegal de arma de fogo.
Após uma paralisação realizada pelos trabalhadores ainda em outubro, o secretário de Estado da Justiça do Paraná, desembargador Jair Ramos Braga, disse que dos quatro assassinatos de agentes penitenciários ocorridos nos últimos anos, três não estavam relacionados à função. Afirmou que a paralisação dos agentes penitenciários não passou de “agitação”, e disse não ter responsabilidade sobre a concessão de porte de arma.
Uma nova manifestação está marcada para esta sexta-feira (13), quando os agentes pretendem fazer uma concentração no Centro de Curitiba para a realização de uma campanha para a doação de sangue. “Vamos transmitir a idéia de que doaremos nosso sangue pela causa”, explica o vice-presidente do Sindarspen, José Roberto das Neves.Fonte: Gazeta do Povo
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