De acordo com a categoria, nenhuma delegacia está fechada, mas apenas 30% do efetivo está trabalhando. Sesp não comenta manifestação dos servidores
A paralisação dos policiais civis do Paraná atinge cerca de 70% dos trabalhadores da categoria nesta terça-feira (24) e desde as 8 horas prejudica os serviços de confecção de carteira de identidade, emissão de registro de boletins de ocorrência e até investigações de crimes. A afirmação é do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), que, junto com o Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol) e a União da Polícia Civil do Paraná, organiza o protesto por melhorias salariais e de condições de trabalho.
“Dos postos do Instituto de Identificação, apenas um ou outro estão funcionando para garantir que o serviço esteja disponível”, diz o presidente do Sinclapol, André Gutiérrez. Em Curitiba, postos do 1º (Centro), 3º (Mercês) e do 7º distrito (Hauer) estão atendendo. No caso das delegacias, ele afirma que não há portas fechadas, mas diz que o atendimento nesta terça-feira ficará mais lento que o convencional. “Em média, apenas 30% dos policiais estão trabalhando no atendimento”, diz Gutiérrez. “Os policiais não deixarão de atender ninguém, mas certamente haverá atrasos”, prevê. “Para as investigações, o efetivo também estará reduzido e só será normalizado amanhã [quarta-feira]”. A paralisação atinge as categorias de investigador, escrivão e papiloscopista.
Guardas também protestam em Curitiba
Os guardas municipais de Curitiba retornaram às atividades normais nesta terça-feira (24), depois de uma paralisação de 24 horas pedindo melhores condições de trabalho. Representantes dos guardas se reuniram com o secretário de Recursos Humanos da prefeitura, Paulo Schmidt, e com o superintendente da Secretaria da Defesa Social, Renê Vitek. Os guardas reivindicaram aumentos salariais. No dia 2 de dezembro, uma assembleia vai decidir se a categoria entra em greve. Os guardas também reclamam da falta de segurança no trabalho. Ontem, eles levaram caixões à prefeitura, simbolizando quatro colegas mortos neste ano.
A prefeitura afirma que a reunião discutiu apenas o salário. A explicação dada aos servidores é que a crise econômica causou queda na arrecadação e, com isso, não há como dar reajuste agora.Adriano Kotsan
No 1º Distrito Policial de Curitiba, no Centro, no entanto, o delegado Antônio de Campos Macedo, informou, por volta das 10 horas, que a situação está dentro da normalidade. “Estamos com um escrivão, eu, como delegado de plantão, e três investigadores no plantão, exatamente como deveria”, disse. Em outros distritos contatados pela reportagem, como o 2º e o 8º, ninguém atendeu nos telefones dos plantões das delegacias no mesmo horário.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) foi procurada pela reportagem nesta manhã, mas informou que não iria comentar a possibilidade de prejuízos no atendimento à população ou sobre qualquer assunto relacionado à paralisação dos policiais civis.
Uma das principais reclamações dos policiais, que levou à deflagração da paralisação, está ligada à questão salarial. A categoria pede reposição de perdas e isonomia salarial com a Polícia Militar (PM). “O primeiro cargo da PM de nível superior tem salário de R$ 4,1 mil, enquanto na Polícia Civil o vencimento é de R$ 1.950, menos de 50%”, afirma Gutiérrez. Segundo ele, a reposição salarial dos policiais militares no governo Requião foi de 217%, enquanto que os policiais civis tiveram 51%.
A categoria pede ainda a contratação de mais profissionais. Segundo estimativa das entidades policiais, o efetivo, que atualmente é de 3,3 mil, deveria ser de 6,4 mil policiais no estado. Outro problema alegado pelos policiais é à superlotação de presos nos distritos. “Preso não tem que ficar na delegacia, tem que ir para o sistema penitenciário. Do contrário, o policial deixa de ir para rua investigar para ficar cuidando da carceragem”, argumenta o presidente do Sinclapol.
A paralisação dos servidores deve seguir até as 18 horas. Desde as 8 horas os policiais estão em frente a delegacias de todo o estado para esclarecer a população sobre as condições de trabalho e as reivindicações da categoria.
Em Curitiba, às 14 horas, os manifestantes farão uma caminhada pelo Centro Cívico, passando pela Assembleia Legislativa do Paraná e pelo Palácio das Araucárias, atual sede do governo do estado. Durante a concentração no Centro Cívico também será definida a data de uma assembleia para consultar a classe sobre a possibilidade de greve por tempo indeterminado. Fonte: Gazeta do Povo
A paralisação dos policiais civis do Paraná atinge cerca de 70% dos trabalhadores da categoria nesta terça-feira (24) e desde as 8 horas prejudica os serviços de confecção de carteira de identidade, emissão de registro de boletins de ocorrência e até investigações de crimes. A afirmação é do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), que, junto com o Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol) e a União da Polícia Civil do Paraná, organiza o protesto por melhorias salariais e de condições de trabalho.
“Dos postos do Instituto de Identificação, apenas um ou outro estão funcionando para garantir que o serviço esteja disponível”, diz o presidente do Sinclapol, André Gutiérrez. Em Curitiba, postos do 1º (Centro), 3º (Mercês) e do 7º distrito (Hauer) estão atendendo. No caso das delegacias, ele afirma que não há portas fechadas, mas diz que o atendimento nesta terça-feira ficará mais lento que o convencional. “Em média, apenas 30% dos policiais estão trabalhando no atendimento”, diz Gutiérrez. “Os policiais não deixarão de atender ninguém, mas certamente haverá atrasos”, prevê. “Para as investigações, o efetivo também estará reduzido e só será normalizado amanhã [quarta-feira]”. A paralisação atinge as categorias de investigador, escrivão e papiloscopista.
Guardas também protestam em Curitiba
Os guardas municipais de Curitiba retornaram às atividades normais nesta terça-feira (24), depois de uma paralisação de 24 horas pedindo melhores condições de trabalho. Representantes dos guardas se reuniram com o secretário de Recursos Humanos da prefeitura, Paulo Schmidt, e com o superintendente da Secretaria da Defesa Social, Renê Vitek. Os guardas reivindicaram aumentos salariais. No dia 2 de dezembro, uma assembleia vai decidir se a categoria entra em greve. Os guardas também reclamam da falta de segurança no trabalho. Ontem, eles levaram caixões à prefeitura, simbolizando quatro colegas mortos neste ano.
A prefeitura afirma que a reunião discutiu apenas o salário. A explicação dada aos servidores é que a crise econômica causou queda na arrecadação e, com isso, não há como dar reajuste agora.Adriano Kotsan
No 1º Distrito Policial de Curitiba, no Centro, no entanto, o delegado Antônio de Campos Macedo, informou, por volta das 10 horas, que a situação está dentro da normalidade. “Estamos com um escrivão, eu, como delegado de plantão, e três investigadores no plantão, exatamente como deveria”, disse. Em outros distritos contatados pela reportagem, como o 2º e o 8º, ninguém atendeu nos telefones dos plantões das delegacias no mesmo horário.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) foi procurada pela reportagem nesta manhã, mas informou que não iria comentar a possibilidade de prejuízos no atendimento à população ou sobre qualquer assunto relacionado à paralisação dos policiais civis.
Uma das principais reclamações dos policiais, que levou à deflagração da paralisação, está ligada à questão salarial. A categoria pede reposição de perdas e isonomia salarial com a Polícia Militar (PM). “O primeiro cargo da PM de nível superior tem salário de R$ 4,1 mil, enquanto na Polícia Civil o vencimento é de R$ 1.950, menos de 50%”, afirma Gutiérrez. Segundo ele, a reposição salarial dos policiais militares no governo Requião foi de 217%, enquanto que os policiais civis tiveram 51%.
A categoria pede ainda a contratação de mais profissionais. Segundo estimativa das entidades policiais, o efetivo, que atualmente é de 3,3 mil, deveria ser de 6,4 mil policiais no estado. Outro problema alegado pelos policiais é à superlotação de presos nos distritos. “Preso não tem que ficar na delegacia, tem que ir para o sistema penitenciário. Do contrário, o policial deixa de ir para rua investigar para ficar cuidando da carceragem”, argumenta o presidente do Sinclapol.
A paralisação dos servidores deve seguir até as 18 horas. Desde as 8 horas os policiais estão em frente a delegacias de todo o estado para esclarecer a população sobre as condições de trabalho e as reivindicações da categoria.
Em Curitiba, às 14 horas, os manifestantes farão uma caminhada pelo Centro Cívico, passando pela Assembleia Legislativa do Paraná e pelo Palácio das Araucárias, atual sede do governo do estado. Durante a concentração no Centro Cívico também será definida a data de uma assembleia para consultar a classe sobre a possibilidade de greve por tempo indeterminado. Fonte: Gazeta do Povo
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