Culto aconteceu entre 8h30 e 10h30, com os presos mantidos nas celas. Sindicato da categoria estima que metade dos 400 agentes da cidade tenha participado do ato. Walter Giovanni de Brito foi assassinado há exatamente um mês, em Londrina
Os agentes penitenciários de Maringá, integrando manifestação que ocorreu em todo o Paraná, interromperam as atividades no início da manhã desta quinta-feira (12) para realizar um culto em homenagem ao colega Walter Giovanni de Brito, assassinado há exatamente um mês, em Londrina. A manifestação foi feita nos saguões de entrada da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) e do Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade, que têm cerca de 200 agentes cada.
Os cultos começaram às 8h30 e terminaram por volta das 10h30. Nesse período, um efetivo de 30% dos agentes seguiu trabalhando, para manter a segurança das unidades, afirma o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen). Os presos, contudo, ficaram nas celas, privados de sair para as atividades cotidianas, como banho de sol, aulas e atendimento médico. Após o culto, os agentes voltaram ao trabalho e as atividades se normalizaram.
Culto ecumênico marca um mês da morte de agente penitenciário. "O culto marcou também o Dia do Agente Penitenciário, que comemoramos amanhã. Quisemos também mostrar para a sociedade e para o governo que a categoria está mobilizada", disse o diretor do Sindarspen em Maringá, Vilson Brasil. Os trabalhadores reclamam ainda da falta de segurança nas unidades, evidenciada com a morte de Brito.
Em todo o Paraná, cerca de 3,5 mil agentes penitenciários trabalham em 23 unidades prisionais. Nesta semana, os agentes aprovaram um indicativo de greve por conta das reivindicações, mas ainda não há data definida para a paralisação começar. O culto desta quinta também foi organizado em Curitiba e em Londrina, onde o agente morte trabalhava.
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju), que disse estar ciente da manifestação desta quinta-feira. Apesar disso, a secretaria informou que deverá se pronunciar somente à tarde sobre as reclamações dos agentes e sobre as consequências da paralisação.
Agente assassinado
O agente Brito, de 26 anos, foi assassinado durante a madrugada quando deixava um bar na cidade de Londrina. Segundo o sindicato, foi o quarto homicídio de um agente penitenciário em três anos. Um colega que estava com Brito no momento do incidente, Levino Custódio Júnior, de 34 anos, reagiu e acertou dois tiros no autor do disparo, que foi preso. Custódio Júnior também foi detido por porte ilegal de arma de fogo.
Após uma paralisação realizada pelos trabalhadores ainda em outubro, o secretário de Estado da Justiça do Paraná, desembargador Jair Ramos Braga, disse que dos quatro assassinatos de agentes penitenciários ocorridos nos últimos anos, três não estavam relacionados à função. Afirmou que a paralisação dos agentes penitenciários não passou de “agitação”, e disse não ter responsabilidade sobre a concessão de porte de arma.Fonte: Gazeta do Povo
Os agentes penitenciários de Maringá, integrando manifestação que ocorreu em todo o Paraná, interromperam as atividades no início da manhã desta quinta-feira (12) para realizar um culto em homenagem ao colega Walter Giovanni de Brito, assassinado há exatamente um mês, em Londrina. A manifestação foi feita nos saguões de entrada da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) e do Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade, que têm cerca de 200 agentes cada.
Os cultos começaram às 8h30 e terminaram por volta das 10h30. Nesse período, um efetivo de 30% dos agentes seguiu trabalhando, para manter a segurança das unidades, afirma o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen). Os presos, contudo, ficaram nas celas, privados de sair para as atividades cotidianas, como banho de sol, aulas e atendimento médico. Após o culto, os agentes voltaram ao trabalho e as atividades se normalizaram.
Culto ecumênico marca um mês da morte de agente penitenciário. "O culto marcou também o Dia do Agente Penitenciário, que comemoramos amanhã. Quisemos também mostrar para a sociedade e para o governo que a categoria está mobilizada", disse o diretor do Sindarspen em Maringá, Vilson Brasil. Os trabalhadores reclamam ainda da falta de segurança nas unidades, evidenciada com a morte de Brito.
Em todo o Paraná, cerca de 3,5 mil agentes penitenciários trabalham em 23 unidades prisionais. Nesta semana, os agentes aprovaram um indicativo de greve por conta das reivindicações, mas ainda não há data definida para a paralisação começar. O culto desta quinta também foi organizado em Curitiba e em Londrina, onde o agente morte trabalhava.
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju), que disse estar ciente da manifestação desta quinta-feira. Apesar disso, a secretaria informou que deverá se pronunciar somente à tarde sobre as reclamações dos agentes e sobre as consequências da paralisação.
Agente assassinado
O agente Brito, de 26 anos, foi assassinado durante a madrugada quando deixava um bar na cidade de Londrina. Segundo o sindicato, foi o quarto homicídio de um agente penitenciário em três anos. Um colega que estava com Brito no momento do incidente, Levino Custódio Júnior, de 34 anos, reagiu e acertou dois tiros no autor do disparo, que foi preso. Custódio Júnior também foi detido por porte ilegal de arma de fogo.
Após uma paralisação realizada pelos trabalhadores ainda em outubro, o secretário de Estado da Justiça do Paraná, desembargador Jair Ramos Braga, disse que dos quatro assassinatos de agentes penitenciários ocorridos nos últimos anos, três não estavam relacionados à função. Afirmou que a paralisação dos agentes penitenciários não passou de “agitação”, e disse não ter responsabilidade sobre a concessão de porte de arma.Fonte: Gazeta do Povo
2 comentários:
É o mínimo que uma categoria pode fazer por um de seus menbros mortos covardemente em Londrina.
Julia - Loanda
Parabéns organizadores.
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