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sábado, 28 de novembro de 2009

Pessuti e Beto trocam acusações em encontro

Acabou em troca de farpas o encontro dos quatro principais pré-candidatos ao governo do Estado ontem, em Pinhais. Orlando Pessuti (PMDB), Beto Richa (PSDB), Alvaro Dias (PSDB) e Osmar Dias (PDT) participaram, juntos, do Encontro Estadual dos Empreendedores e Líderes Rurais e, depois do tom político adotado nos discursos e entrevistas, o vice-governador fez críticas públicas diretas ao prefeito da capital.

Tudo porque Beto (que pouco falou de agricultura) disse que dois dos principais gargalos da produção do Estado são a ineficiência do Porto de Paranaguá e o alto valor do pedágio.

Pessuti não se conteve, desistiu do discurso pronto e partiu para o ataque ao prefeito. “Se bem me lembro, vossa excelência, quando deputado, não estava do lado de quem foi contra o pedágio. Não vamos fazer desse evento um palanque político. A campanha é só no ano que vem. Agora vocês vêm aqui fazer esse discurso, mas apoiaram o pedágio, a venda do Banestado, tentaram vender a Copel”, esbravejou o vice-governador.

Após o evento, em entrevista, Pessuti disse que teve de chamar a atenção do prefeito porque não queria que o evento se transformasse em campanha. “Aqui não é lugar para se fazer palanque eleitoral. A festa do empreendedorismo é para se discutir agricultura. Agora, vir aqui, como veio o prefeito Beto Richa e outras personalidades do mundo político, criticar o pedágio, quando lá atrás foram a favor, é brincadeira. É desrespeitar quem está aqui. A verdade é que o Beto apoiou o pedágio, apoiou a venda do Banestado e quis vender a Copel”, declarou.

Beto Richa classificou como maldoso o discurso do vice-governador. “Conheço o Pessuti há muitos anos. Ele surpreendeu hoje pela maldade das suas colocações. Ele sabe que tudo o que falou não é verdade. Não teve votação de pedágio na Assembleia. Na votação da Copel, eu nem era mais deputado. Mas prefiro entender que foi um deslize e ele deve ter se arrependido muito da forma maldosa como colocou seu discurso. De repente, mostrando um desespero, querendo antecipar o processo eleitoral. Prefiro desconsiderar e continuar com a boa imagem do Pessuti que sempre tive”.

Questionado se a bronca do vice-governador era com o fato de o PSDB estar se aproximando de deputados peemedebistas, Beto questionou: “O que posso fazer. Se os deputados do PSDB quisessem conversar com ele eu poderia ficar bravo com ele?”.

Se Pessuti o fez de uma maneira direta, Alvaro Dias e Osmar Dias também deram suas alfinetadas no prefeito da capital. Alvaro declarou que o Paraná está precisando de um governador do interior, que é um Estado agrícola e precisa ser governado por quem entende do assunto, que o interior do Estado foi abandonado pelos últimos governos de ex-prefeitos da capital, que experiência é uma das principais exigências para um governador do Estado.

Osmar, ao comentar o fato de ter atendido pedido do governador Roberto Requião (PMDB) para reivindicar ao governo federal recurso para a educação superior do Paraná, disse que agiu movido pelo compromisso que tem com o Estado, comentando que dorme tranquilo porque honra todos os seus compromissos, sugerindo que o prefeito de Curitiba está deixando de assumir o compromisso de apoiá-lo assumido no ano passado, na costura das alianças para as eleições municipais.

E até falaram de agricultura

Quem menos falou de política, ao menos publicamente, foi o senador Osmar Dias. O pré-candidato do PDT disse que estava no evento para “debater a agricultura do Paraná com os jovens empreendedores num grande evento promovido pela Federação da Agricultura para desenvolver ainda mais nossa produção que tanto nos orgulha”. Aproveitando conhecimento do tema, Osmar disse ter orgulho de ser representante do agronegócio no Congresso, defendeu a remuneração do produtor rural que conservar floresta legal, e classificou como “ridícula” a proposta de revisão do índice de produtividade. O senador disse que não se arrepende de ter assinado a CPI do MST e que o fez com convicção. Sobre as alianças, Osmar disse que não deverá atender à cobrança do presidente eleito do PT, Enio Verri, de uma definição até janeiro. “O PT sempre defendeu uma aliança programática. Para se ter uma aliança é preciso um programa e, até janeiro, meu programa ainda não estará pronto”. O ministro da Agricultura Reinhold Stephanes criticou os “ambientalistas que não entendem de meio ambiente”, que propõem a punição aos agricultores que desmataram “para alimentar o Brasil” nas décadas passadas. Stephanes defendeu maior união da bancada ruralista, “que consegue perder para meia dúzia de deputados ambientalistas”. Também participaram do evento os deputados federais Abelardo Lupion (DEM), Ricardo Barros (PP), Luiz Carlos Setim (DEM) e Eduardo Sciarra (DEM), deputados estaduais e a senadora tocantinense Kátia Abreu (DEM). Fonte:Paraná Online

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