Após recentes gestos conciliatórios em direção aos Estados Unidos e à Coreia do Sul, o regime comunista norte-coreano voltou à retórica bélica neste domingo, ameaçando "varrer" com armas nucleares os dois países caso se sinta ameaçada durante os exercícios militares anuais que os americanos e sul-coreanos começam a realizar na segunda-feira, segundo um comunicado publicado pela agência oficial norte-coreana KCNA.
"Se os imperialistas americanos e o grupo [do presidente sul-coreano] Lee Myung-Bak ameaçarem a República Popular e Democrática da Coreia com suas armas nucleares, atuaremos com represálias com armas nucleares", declarou um porta-voz militar norte-coreano citado pela KCNA. "Os imperialistas dos EUA e o grupo de Lee Myung-bak devem entender claramente que é disposição de ferro e postura resoluta do Exército do Povo Coreano entrar em ação a qualquer momento para impiedosamente varrer seus agressores."
"Se nos ameaçarem com mísseis, responderemos com nossos mísseis", completou o porta-voz, que denunciou "exercícios para uma guerra nuclear".
Forças sul-coreanas e norte-americanas começam na segunda-feira exercícios conjuntos de simulação de computadores e de comunicação, em meio a raros movimentos conciliadores de Pyongyang, que neste mês libertou duas jornalistas norte-americanas e um sul-coreano que mantinha sob sua custódia.
A Coreia do Norte regularmente denuncia os exercícios conjuntos como uma preparação para eventual invasão e guerra nuclear.
Os EUA têm cerca de 28.500 soldados na Coreia do Sul para apoiar os 670 mil soldados do país. O Exército do Norte tem cerca de 1,2 milhão de soldados, mas os analistas dizem que seus equipamentos antigos não se equiparam aos das forças norte-americanas e sul-coreanas.
As duas Coreias estão tecnicamente em guerra por causa do conflito entre 1950 e 1953, encerrado com um cessar-fogo e não com um acordo de paz.
O comunicado norte-coreano também faz ameaças contra o aumento das sanções contra o país e adverte que se os EUA e a Coreia do Sul "aumentarem as sanções e levarem a "confrontação" a uma fase extrema "[a Coreia do Norte] vai reagir a eles com retaliação impiedosa [...] e uma guerra total de justiça".
Um enviado especial americano responsável pela execução das sanções visitará Cingapura, Tailândia, Coreia do Sul e o Japão esta semana e pode viajar para a China no final deste mês.
Philip Goldberg disse aos jornalistas na semana passada que as medidas contra a Coreia do Norte vão continuar até que o país tome medidas irreversíveis para abandonar o programa nuclear.
A empobrecida Coreia do Norte está irritada com a política de Lee de dar fim ao auxílio incondicional --que já respondeu por 5% da economia norte-coreana, estimada em US$ 17 bilhões - e ligá-lo ao processo de Pyongyang em acabar com as ameaças que impõe aos vizinhos regionais.
A economia da Coreia do Norte, já combalida, foi afetada por sanções das Nações Unidas, impostas depois do lançamento de um foguete de longo alcance em abril. O movimento foi considerado um teste de míssil disfarçado. Houve ainda um exercício nuclear em maio.
As sanções prejudicaram o comércio de armas da Coreia do Norte, uma fonte vital de dinheiro vivo para o país.
A recente libertação, durante uma visita do ex-presidente americano Bill Clinton à Coreia do Norte, de duas jornalistas com nacionalidade americana que estavam presas no país foi vista como um gesto de aproximação com o Ocidente, mas a ameaça deste domingo mostra que o regime comunista mantém a tradição de dosar qualquer gesto mais suave com uma retórica dura, para manter a tensão e seu poder de barganha nas negociações. Fonte: Folha Online
"Se os imperialistas americanos e o grupo [do presidente sul-coreano] Lee Myung-Bak ameaçarem a República Popular e Democrática da Coreia com suas armas nucleares, atuaremos com represálias com armas nucleares", declarou um porta-voz militar norte-coreano citado pela KCNA. "Os imperialistas dos EUA e o grupo de Lee Myung-bak devem entender claramente que é disposição de ferro e postura resoluta do Exército do Povo Coreano entrar em ação a qualquer momento para impiedosamente varrer seus agressores."
"Se nos ameaçarem com mísseis, responderemos com nossos mísseis", completou o porta-voz, que denunciou "exercícios para uma guerra nuclear".
Forças sul-coreanas e norte-americanas começam na segunda-feira exercícios conjuntos de simulação de computadores e de comunicação, em meio a raros movimentos conciliadores de Pyongyang, que neste mês libertou duas jornalistas norte-americanas e um sul-coreano que mantinha sob sua custódia.
A Coreia do Norte regularmente denuncia os exercícios conjuntos como uma preparação para eventual invasão e guerra nuclear.
Os EUA têm cerca de 28.500 soldados na Coreia do Sul para apoiar os 670 mil soldados do país. O Exército do Norte tem cerca de 1,2 milhão de soldados, mas os analistas dizem que seus equipamentos antigos não se equiparam aos das forças norte-americanas e sul-coreanas.
As duas Coreias estão tecnicamente em guerra por causa do conflito entre 1950 e 1953, encerrado com um cessar-fogo e não com um acordo de paz.
O comunicado norte-coreano também faz ameaças contra o aumento das sanções contra o país e adverte que se os EUA e a Coreia do Sul "aumentarem as sanções e levarem a "confrontação" a uma fase extrema "[a Coreia do Norte] vai reagir a eles com retaliação impiedosa [...] e uma guerra total de justiça".
Um enviado especial americano responsável pela execução das sanções visitará Cingapura, Tailândia, Coreia do Sul e o Japão esta semana e pode viajar para a China no final deste mês.
Philip Goldberg disse aos jornalistas na semana passada que as medidas contra a Coreia do Norte vão continuar até que o país tome medidas irreversíveis para abandonar o programa nuclear.
A empobrecida Coreia do Norte está irritada com a política de Lee de dar fim ao auxílio incondicional --que já respondeu por 5% da economia norte-coreana, estimada em US$ 17 bilhões - e ligá-lo ao processo de Pyongyang em acabar com as ameaças que impõe aos vizinhos regionais.
A economia da Coreia do Norte, já combalida, foi afetada por sanções das Nações Unidas, impostas depois do lançamento de um foguete de longo alcance em abril. O movimento foi considerado um teste de míssil disfarçado. Houve ainda um exercício nuclear em maio.
As sanções prejudicaram o comércio de armas da Coreia do Norte, uma fonte vital de dinheiro vivo para o país.
A recente libertação, durante uma visita do ex-presidente americano Bill Clinton à Coreia do Norte, de duas jornalistas com nacionalidade americana que estavam presas no país foi vista como um gesto de aproximação com o Ocidente, mas a ameaça deste domingo mostra que o regime comunista mantém a tradição de dosar qualquer gesto mais suave com uma retórica dura, para manter a tensão e seu poder de barganha nas negociações. Fonte: Folha Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário