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domingo, 9 de agosto de 2009

Médicos pedem liberação do Tamiflu no Paraná

Com o aumento de casos graves e mortes pela influenza A (H1N1), causador da gripe suína, anunciadas no Paraná nos últimos dias, uma dúvida ainda paira sobre a pandemia: a prescrição do fosfato de oseltamivir, o medicamento Tamiflu. Enquanto Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) dizem se preocupar com a resistência que o vírus pode adquirir, cada vez mais médicos especialistas vêm a público pedir a prescrição do remédio assim que detectados os sintomas de gripe. Se prescrito depois das primeiras 48 horas de aparecimento dos sintomas, o remédio perde sua eficácia.

Para o Ministério da Saúde, seguido pela Sesa, o remédio deve ser prescrito apenas em casos nos quais a gripe já se agravou, o que atinge menos de 5% dos pacientes com os sintomas, além de quem apresenta fatores de risco, como gestantes, idosos, crianças até dois anos, portadores de problemas crônicos ou respiratórios.


O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, bate na tecla de que ministrar Tamiflu para todo brasileiro que apresentar sintoma de gripe é uma irresponsabilidade, uma vez que a resistência já foi detectada em países como Dinamarca, Japão, China e Canadá. No entanto, muitos médicos defendem que a aplicação quase que imediata do Tamiflu pode evitar mortes. Para eles, o medicamento pode reduzir o tempo de duração da doença, a severidade dos sintomas, as complicações e a transmissão.

Na perspectiva de diminuir o número de casos graves, Foz do Iguaçu, na fronteira com Argentina e Paraguai, foi a primeira cidade no Estado a quebrar o protocolo do ministério e utilizar o Tamiflu em todos os casos com síndrome gripal, há pouco mais de uma semana. Desde então, a evolução da doença para casos mais graves diminuiu consideravelmente. Nesta semana, Curitiba anunciou que o Tamiflu será fornecido a todos os pacientes que tiverem prescrição médica para o uso, tanto na rede pública como na privada. Fonte: O Estado do Paraná, por Luciana Cristo

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