Informações da polícia e de testemunhas indicam que o atirador disparou livremente por cerca de uma hora e meia no atentado da ilha de Utoeya, a 40 km de Oslo, antes de ser detido. Uma contagem preliminar aponta para 85 mortes, mas entre quatro e cinco pessoas ainda estão desaparecidas.
Ao menos outras sete pessoas também morreram em uma explosão que atingiu o prédio onde fica o gabinete do primeiro-ministro, Jens Stoltenberg, em Oslo, totalizando 92 vítimas. A polícia informou ainda que há a possibilidade de haver mais corpos nos prédios do governo.
O tiroteio de sexta-feira ocorreu em um acampamento de verão da juventude trabalhista, do qual participavam cerca de 560 pessoas. Sobreviventes relatam que por volta das 16h50 (hora local) foram ouvidos os primeiros disparos.
A primeira equipe das forças de segurança foi despachada para o local somente às 17h38, alcançando o lago onde está a ilha às 18h. Após dificuldades em achar um barco para fazer a travessia, a equipe de segurança alcança a ilha vinte minutos depois e às 18h35, o suposto autor dos disparos se rende, sem maior resistência.
"Os tiros foram disparados por cerca de uma hora e meia", afirmou um policial envolvido nas investigações, acrescentando que o atirador carregava duas armas.
Questionado sobre a presença de um segundo criminoso, o oficial respondeu que a polícia 'não estava totalmente certa da informação' e que seguia investigando.
Mais cedo, o porta-voz da polícia de Oslo, Trine Dyngeland, disse não haver "relatos concretos de um segundo atirador, apesar de não estarmos excluindo nenhuma possibilidade".
O suspeito de abrir fogo foi detido e admitiu ser o autor dos disparos, afirmou uma autoridade da polícia norueguesa, acrescentando que os agentes ainda investigam se uma segunda pessoa teria participado do atentado na ilha, como dão a entender alguns depoimentos.
SUSPEITO
O suspeito do massacre da ilha já foi identificado como o norueguês Anders Behring Breivik, 32, ligado à militância política de extrema-direita e aparentemente um cristão radical. Ele entrou no recinto com uniforme da polícia e foi preso após o incidente.
Reprodução Facebook
Foto do suposto atirador em sua página no Facebook
Reprodução da foto do suposto atirador de ataque na Noruega em sua página no Facebook
Até agora, a tese era de que ele havia agido sozinho tanto no ataque ao prédio público --que deixou pelo menos sete mortos-- quanto no massacre da ilha --que matou pelo menos 84 pessoas.
Não se descartava, no entanto, que ele tivesse cúmplices, sobretudo no atentado ao complexo governamental de Oslo.
Os dois ataques foram cometidos com apenas duas horas de diferença. A hipótese mais sólida era de que o suspeito tinha ativado o carro-bomba que explodiu na capital para depois seguir em direção à ilha, situada a cerca de 40 quilômetros da capital.
TRAGÉDIA NACIONAL
O duplo atentado foi classificado de 'tragédia nacional' pelo primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, do Partido Trabalhista. Ele planejava visitar justamente neste sábado a colônia de férias de jovens seguidores de sua legenda, acampada na ilha de Utoeya, onde estavam concentradas cerca de 560 pessoas.
Stoltenberg disse ainda que as autoridades norueguesas estão trabalhando com agências de inteligência estrangeiras para determinar se houve algum envolvimento internacional nos ataques.
"Temos mantido contatos com os serviços de inteligência de outros países", disse Stoltenberg após se reunir com sobreviventes do ataque em um hotel perto do local onde um atirador matou 84 pessoas.
"Parte da investigação está em andamento", disse. "Parte dela é obviamente para... investigar se há alguma conexão internacional."
Stoltenberg classificou o atentado de a 'pior tragédia desde a Segunda Guerra Mundial'.
"Foi um ataque ao paraíso da minha juventude, transformado agora em um inferno", acrescentou o político. Fonte: Folha Online com Agências Internacionais
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sábado, 23 de julho de 2011
Atirador disparou durante mais de uma hora em ilha na Noruega
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