Amizade com o zagueiro Lúcio, iniciada na Copa de 2002, faz de pastor evangélico de Curitiba o conselheiro dos pupilos de Dunga
Dunga não está mais sozinho na tarefa de motivar os jogadores da seleção brasileira. Desembarcou nesta terça-feira logo cedo em Johannesburgo o pastor Anselmo Alves, 51 anos, espécie de guru oficial do time nacional desde a Copa do Japão e da Coreia do Sul, em 2002. Enquanto o treinador ficará encarregado de municiar o grupo usando artimanhas psicológicas, o religioso tratará mais do aspecto espiritual dos convocados.
No detalhe, chuteira do meia Kaká traz a frase "Jesus in first place" (Jesus em primeiro lugar"Dunga não está mais sozinho na tarefa de motivar os jogadores da seleção brasileira. Desembarcou nesta terça-feira logo cedo em Johannesburgo o pastor Anselmo Alves, 51 anos, espécie de guru oficial do time nacional desde a Copa do Japão e da Coreia do Sul, em 2002. Enquanto o treinador ficará encarregado de municiar o grupo usando artimanhas psicológicas, o religioso tratará mais do aspecto espiritual dos convocados.
Ex-lateral-direito com passagem discretíssima pelo Atlético nos anos 80, o evangélico pertence à Primeira Igreja Batista de Curitiba (IBC). Seus sermões e conselhos podem ser ouvidos no portentoso templo da IBC, encravado no coração do Batel, luxuoso bairro da capital paranaense.
Entrou para o atual mundo da bola por meio de jogadores conhecidos, como o ex-paranista Lúcio Flávio, atualmente no Botafogo. Mas foi a amizade com outro Lúcio que o aproximou da seleção. O pastor viajou ao Oriente há oito anos para atender a um pedido dos atletas. E estreitou laços com o atual capitão da equipe de Dunga durante a caminhada para a conquista do penta.
Alves ajudou o zagueiro a ser reerguer após a falha no gol do inglês Michel Owen, nas quartas de final do torneio – o Brasil, com Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, conseguiu virar o placar e seguir a diante. “Para mim a receita é aprender com Deus: Ele nos diz que tudo é passageiro”, disse Lúcio, em entrevista recente à Rede Globo.
O defensor divide com Kaká, cuja chuteira trará os dizeres “Jesus em primeiro lugar” (escrito em inglês) durante a Copa, a liderança da ala evangélica da seleção. Integram também o grupo Luís Fabiano, Luisão, Daniel Alves, Felipe Melo, Gilberto Silva e Jorginho, auxiliar direto de Dunga. O núcleo se reúne seguidamente para orar no fechado Hotel Fairway, concentração do país na África.
Nas raríssimas folgas concedidas pela CBF, é provável que o culto seja celebrado por Alves fora do ambiente da seleção. “Tranquilo... Deus está no controle de tudo!”, escreveu recentemente em seu Twitter (rede de microblogs na internet) o camisa 10, um dos presbíteros da Igreja Renascer em Cristo.
Alves tem evitado a imprensa. Surpreendido com o pedido de entrevista, não quis falar com a Gazeta do Povo durante rápido contato em uma cafeteria do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na segunda-feira – fazia conexão para chegar à África do Sul. “Não tem porquê”, resumiu ele, encerrando a conversa. Fonte: Gazeta do Povo, reportagem de Carlos Eduardo Vicelli e Marcio Reinecken
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