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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Polícia Civil vai funcionar com apenas 30% do efetivo a partir de sábado

Paralisação deve afetar alguns serviços prestados à população. Segundo o sindicato que representa a classe, apenas os casos de extrema necessidade serão atendidos

A greve dos policiais civis, prevista para começar a partir da zero hora do próximo sábado (20) poderá afetar alguns serviços prestados pelas autoridades à população. A emissão de carteiras de identidade no Instituto de Identificação do Paraná e o registro de boletins de ocorrência nas delegacias do estado serão realizados de forma mais lenta. A identificação de corpos no Instituto Médico Legal (IML) também ocorrerá em ritmo reduzido.

Quem precisar dos serviços, deve se preparar para enfrentar filas. Durante a paralisação, o número de policias em serviço será reduzido. De acordo com o Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), apenas 30% do efetivo da Polícia Civil (investigadores, agentes de operação policial, escrivães e papiloscopistas) estará trabalhando.

“Vamos atender apenas os casos de extrema necessidade como os locais de homicídio e casos de latrocínio e roubos. O trabalho será feito dentro da possibilidade daqueles que estarão prestando os serviços”, diz o presidente do Sinclapol, André Gutierrez. Ele ainda afirma que os policiais, durante a greve, também não vão cuidar dos presos nas delegacias. “Nossa intenção é trancar tudo e entregar a chave para os delegados. O policial civil não tem a função de monitorar os detentos. Isso só acontece por causa da superlotação dos locais”, explica Gutierrez.

Na manhã de sábado, dia de início da greve, os policiais devem realizar manifestações na Boca Maldita, no centro de Curitiba, e também no calçadão central de Londrina, no Norte do estado. Faixas e cartazes de protesto serão colocados em frente às delegacias.

Reivindicações

A paralisação da categoria foi confirmada depois de assembléias realizadas na semana passada em Curitiba, Londrina, Maringá (Noroeste) e Cascavel (Oeste). A principal reivindicação dos policiais é a criação do plano de cargos, carreiras e salários (PCCS). O decreto estadual 5.721 assinado em 2005 previa um plano para a classe, mas o PCCS não chegou a ser concluído.

A classe ainda pede melhores condições de trabalho para os profissionais da área. Segundo o Sinclapol, as delegacias estão superlotadas e o efetivo é insuficiente, o que obriga muitos policiais a cuidar dos presos em vez de trabalhar na investigação dos crimes. Fonte: Gazeta do Povo, reportagem de Adriano Ribeiro

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