Assembleia realizada na noite desta quinta-feira (11) definiu pela paralisação que deve começar na próxima semana
Na noite desta quinta-feira (11), os policiais civis da região Noroeste do Estado decidiram aderir à greve da categoria, que já havia sido aceita por profissionais das regiões de Curitiba, Londrina e Cascavel. A definição ocorreu em Maringá, durante assembleia com quase duas horas de duração.
De acordo com o diretor do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), Luiz Carlos Daladoma, a decisão por paralisar as atividades foi unânime. Ainda segundo ele, a greve que atingirá todo o Estado não tem data para acontecer, mas deve ser iniciada na próxima semana, após o carnaval.
A principal reivindicação da categoria está relacionada ao plano de cargos, carreiras e salários (PCCS). O Decreto 5.721, assinado em 2005, estabelece um plano para a classe, mas o PCCS ainda não foi concluído. A relação de cargos chegou a ser apresentada para os policiais, mas os salários não foram definidos.
“O governo do estado prometeu apresentar a tabela de vencimentos na primeira semana de janeiro, mas isso não aconteceu”, afirma o presidente do Sinclapol, André Gutierrez.A categoria pede ainda melhores condições de trabalho para os profissionais da área. Segundo o Sinclapol, as delegacias estão superlotadas e o efetivo de agentes é insuficiente, o que obriga muitos policiais a cuidar dos presos em vez de trabalhar na investigação dos crimes. De acordo com o sindicato, atualmente há 3,3 mil policiais em todo o Estado.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), que informou que não vai comentar a definição de greve dos policiais civis.
Categoria pressiona o governo
Gutierrez afirma que a única possibilidade de a greve não acontecer é uma ação rápida do governo estadual. "Só não vamos parar se o governo nos apresentar algo concreto e com prazo definido. Sem isso, a greve vai acontecer, sim. E, se a Justiça decretar que a paralisação é ilegal, vamos partir para outros tipos de manifestação." Algo parecido aconteceu em 2005, quando a categoria anunciou que entraria em greve, mas desistiu da ideia após a ação do governo. Caso a paralisação realmente ocorra, Gutierrez diz que a categoria manterá 30% dos profissionais atuando, para garantir as condições mínimas de segurança das delegacias.
Em 24 de novembro do ano passado, os policiais realizaram uma paralisação de 24 horas em todo o estado, com as mesmas reivindicações de agora. Na época, o Sinclapol informou que aproximadamente 2 mil dos 3,3 mil policiais cruzaram os braços. Representantes da categoria organizaram uma caminhada que passou pela Assembleia Legislativa do Paraná e pelo Palácio das Araucárias. Fonte: Jornal de Maringá, reportagem de Marcus Ayres e Renan Colombo
Na noite desta quinta-feira (11), os policiais civis da região Noroeste do Estado decidiram aderir à greve da categoria, que já havia sido aceita por profissionais das regiões de Curitiba, Londrina e Cascavel. A definição ocorreu em Maringá, durante assembleia com quase duas horas de duração.
De acordo com o diretor do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), Luiz Carlos Daladoma, a decisão por paralisar as atividades foi unânime. Ainda segundo ele, a greve que atingirá todo o Estado não tem data para acontecer, mas deve ser iniciada na próxima semana, após o carnaval.
A principal reivindicação da categoria está relacionada ao plano de cargos, carreiras e salários (PCCS). O Decreto 5.721, assinado em 2005, estabelece um plano para a classe, mas o PCCS ainda não foi concluído. A relação de cargos chegou a ser apresentada para os policiais, mas os salários não foram definidos.
“O governo do estado prometeu apresentar a tabela de vencimentos na primeira semana de janeiro, mas isso não aconteceu”, afirma o presidente do Sinclapol, André Gutierrez.A categoria pede ainda melhores condições de trabalho para os profissionais da área. Segundo o Sinclapol, as delegacias estão superlotadas e o efetivo de agentes é insuficiente, o que obriga muitos policiais a cuidar dos presos em vez de trabalhar na investigação dos crimes. De acordo com o sindicato, atualmente há 3,3 mil policiais em todo o Estado.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), que informou que não vai comentar a definição de greve dos policiais civis.
Categoria pressiona o governo
Gutierrez afirma que a única possibilidade de a greve não acontecer é uma ação rápida do governo estadual. "Só não vamos parar se o governo nos apresentar algo concreto e com prazo definido. Sem isso, a greve vai acontecer, sim. E, se a Justiça decretar que a paralisação é ilegal, vamos partir para outros tipos de manifestação." Algo parecido aconteceu em 2005, quando a categoria anunciou que entraria em greve, mas desistiu da ideia após a ação do governo. Caso a paralisação realmente ocorra, Gutierrez diz que a categoria manterá 30% dos profissionais atuando, para garantir as condições mínimas de segurança das delegacias.
Em 24 de novembro do ano passado, os policiais realizaram uma paralisação de 24 horas em todo o estado, com as mesmas reivindicações de agora. Na época, o Sinclapol informou que aproximadamente 2 mil dos 3,3 mil policiais cruzaram os braços. Representantes da categoria organizaram uma caminhada que passou pela Assembleia Legislativa do Paraná e pelo Palácio das Araucárias. Fonte: Jornal de Maringá, reportagem de Marcus Ayres e Renan Colombo
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