Os policiais federais de Alagoas realizam uma paralisação das atividades nesta quarta-feira (3) . Ao contrário das últimas greves, o motivo desta vez não foi reajuste salarial, mas sim o calor.
Segundo o Sinpofal (Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas), o ar-condicionado central da sede da Polícia Federal no Estado, em Maceió, está quebrado há oito meses. De acordo com a superintendência, o prazo para conserto é 31 de março.
Em Maceió, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a temperatura máxima chegou a 32ºC durante o verão. Nesta quarta-feira, por exemplo, mesmo com o tempo nublado, a capital alagoana registrou média de 30ºC durante a manhã.
Por conta da paralisação, os serviços prestados à população foram suspensos, assim como a visita de parentes e advogados aos presos. “Não tínhamos outra opção. Estamos trabalhando num calor insuportável, em uma situação insalubre. Já encaminhamos vários ofícios e o problema nunca foi resolvido. Por conta do verão, a situação piorou. A categoria não aguenta mais”, explicou o presidente do Sinpofal, Jorge Venerando.
Venerando encaminhou um abaixo-assinado à administração da PF no dia 9 de setembro, ainda na gestão anterior. Diante da falta de solução imediata, a categoria propôs ao superintendente da PF em Alagoas, Amaro Ferreira, que a jornada de trabalho fosse reduzida de oito para seis horas, o que foi negado.
“Na última sexta-feira protocolamos um ofício no Ministério Público Federal para que seja firmado um termo de ajustamento de conduta e, assim, reduzir a jornada de trabalho”, disse.
No início da noite desta quarta-feira, a categoria vai se reunir em assembleia e existe a possibilidade de greve por tempo indeterminado. “O grau de insatisfação é muito alto. Estamos numa condição insalubre, querendo trabalhar, mas não é possível. A redução de carga era a melhor opção, até esse conserto. Esperamos que ele aceite essa proposta”, afirmou Venerando.
O agente Carlos Henrique conta que as reclamações de colegas sobre problemas de saúde por causa do calor são constantes. "Eu tive um dia que sair mais cedo porque não aguentei. Procurei o médico da PF, e ele disse que entendia a situação, mas não podia fazer nada. Tem uma colega que se afastou recentemente por problema de hipertensão", contou.
O jornalista Josenildo Torres, que costuma fazer coberturas na PF, afirma que o calor dentro do prédio estava realmente "insuportável" nos últimos dias. "Na última vez que fui fazer uma cobertura, de apreensão de drogas, vi o suor do delegado pingar no chão. Era muito quente. Imagino o desgaste de trabalhar ali, Fiquei menos de meia hora e sai me sentindo mal", garantiu.
Sem solução imediata
O superintendente Amaro Ferreira disse que a empresa responsável pela manutenção e conserto da central de ar-condicionado não conseguiu cumprir o prazo de reparar o dano até dezembro, como estava previsto. "A administração não tem mais o que fazer. Fizemos tudo que foi possível. A empresa fornecedora da peça deu férias coletivas aos seus funcionários, e o novo prazo para conserto é o final de março. Infelizmente a população que sofre com esse movimento, que considero ilegítimo", afirmou, acrescentando que o reparo nos dois aparelhos resfriadores danificados deve custar RS 200 mil.
Sobre a possibilidade de redução de carga horária, proposta pelo Sinpofal, Ferreira disse que ela só é possível com a redução proporcional dos salários. "Dei ainda outras duas soluções, que seria a flexibilização do horário de trabalho ou mudança de sala. Eles poderiam até trabalhar aqui, na minha sala. Mas até agora ninguém pediu formalmente nada disso. Estou aguardando", assegurou Ferreira.
O chefe de engenharia da PF, Getúlio Ferreira, informou que 24 aparelhos splits garantem o funcionamento de setores essenciais, como o de inteligência. "Já estamos com mais 19 comprados para atender todas as áreas vitais em um plano de contenção. Mas o conserto tem que ser feito pela empresa vencedora da licitação, por isso não podemos contratar outra", afirmou. Fonte: Notícias Uol, reportagem de Carlos Madeiro
Segundo o Sinpofal (Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas), o ar-condicionado central da sede da Polícia Federal no Estado, em Maceió, está quebrado há oito meses. De acordo com a superintendência, o prazo para conserto é 31 de março.
Em Maceió, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a temperatura máxima chegou a 32ºC durante o verão. Nesta quarta-feira, por exemplo, mesmo com o tempo nublado, a capital alagoana registrou média de 30ºC durante a manhã.
Por conta da paralisação, os serviços prestados à população foram suspensos, assim como a visita de parentes e advogados aos presos. “Não tínhamos outra opção. Estamos trabalhando num calor insuportável, em uma situação insalubre. Já encaminhamos vários ofícios e o problema nunca foi resolvido. Por conta do verão, a situação piorou. A categoria não aguenta mais”, explicou o presidente do Sinpofal, Jorge Venerando.
Venerando encaminhou um abaixo-assinado à administração da PF no dia 9 de setembro, ainda na gestão anterior. Diante da falta de solução imediata, a categoria propôs ao superintendente da PF em Alagoas, Amaro Ferreira, que a jornada de trabalho fosse reduzida de oito para seis horas, o que foi negado.
“Na última sexta-feira protocolamos um ofício no Ministério Público Federal para que seja firmado um termo de ajustamento de conduta e, assim, reduzir a jornada de trabalho”, disse.
No início da noite desta quarta-feira, a categoria vai se reunir em assembleia e existe a possibilidade de greve por tempo indeterminado. “O grau de insatisfação é muito alto. Estamos numa condição insalubre, querendo trabalhar, mas não é possível. A redução de carga era a melhor opção, até esse conserto. Esperamos que ele aceite essa proposta”, afirmou Venerando.
O agente Carlos Henrique conta que as reclamações de colegas sobre problemas de saúde por causa do calor são constantes. "Eu tive um dia que sair mais cedo porque não aguentei. Procurei o médico da PF, e ele disse que entendia a situação, mas não podia fazer nada. Tem uma colega que se afastou recentemente por problema de hipertensão", contou.
O jornalista Josenildo Torres, que costuma fazer coberturas na PF, afirma que o calor dentro do prédio estava realmente "insuportável" nos últimos dias. "Na última vez que fui fazer uma cobertura, de apreensão de drogas, vi o suor do delegado pingar no chão. Era muito quente. Imagino o desgaste de trabalhar ali, Fiquei menos de meia hora e sai me sentindo mal", garantiu.
Sem solução imediata
O superintendente Amaro Ferreira disse que a empresa responsável pela manutenção e conserto da central de ar-condicionado não conseguiu cumprir o prazo de reparar o dano até dezembro, como estava previsto. "A administração não tem mais o que fazer. Fizemos tudo que foi possível. A empresa fornecedora da peça deu férias coletivas aos seus funcionários, e o novo prazo para conserto é o final de março. Infelizmente a população que sofre com esse movimento, que considero ilegítimo", afirmou, acrescentando que o reparo nos dois aparelhos resfriadores danificados deve custar RS 200 mil.
Sobre a possibilidade de redução de carga horária, proposta pelo Sinpofal, Ferreira disse que ela só é possível com a redução proporcional dos salários. "Dei ainda outras duas soluções, que seria a flexibilização do horário de trabalho ou mudança de sala. Eles poderiam até trabalhar aqui, na minha sala. Mas até agora ninguém pediu formalmente nada disso. Estou aguardando", assegurou Ferreira.
O chefe de engenharia da PF, Getúlio Ferreira, informou que 24 aparelhos splits garantem o funcionamento de setores essenciais, como o de inteligência. "Já estamos com mais 19 comprados para atender todas as áreas vitais em um plano de contenção. Mas o conserto tem que ser feito pela empresa vencedora da licitação, por isso não podemos contratar outra", afirmou. Fonte: Notícias Uol, reportagem de Carlos Madeiro
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