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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Vírus pode ser a causa de surto de diarreia no litoral

A contaminação ocorre pelo contato de pessoa para pessoa, pela sujeira das mãos ou pelo contato com superfícies contaminadas

A Secretaria da Saúde monitorou por duas semanas a ocorrência de casos de diarreia nas cidades do litoral e os resultados preliminares da investigação apontam para a presença do norovírus, que é altamente transmissível e também circula no litoral de São Paulo e no Mato Grosso do Sul. A contaminação ocorre pelo contato de pessoa para pessoa, pela sujeira das mãos ou pelo contato com superfícies contaminadas. O vírus também pode ser transmitido pelo consumo de alimentos crus manipulados sem higiene das mãos. Os principais sintomas são vômito, diarreia, cólica e desidratação.

Foram coletadas amostras em todas as cidades do litoral e por exames de laboratório foi identificado o norovírus. “Trabalhávamos com duas hipóteses: contaminação por vírus ou por bactéria. E os resultados apontaram para a presença deste vírus, que é transmitido por contato e se prolifera rapidamente”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde, José Lucio dos Santos.

De acordo com ele, até o momento não foram registrados casos graves, mas um dos fatores de preocupação é fato de que as pessoas possam estar deixando de lado os cuidados simples de higiene, que eram tão constantes no inverno em virtude da Nova Gripe. “Esse vírus tem múltiplas vias de transmissão: consumo de alimentos crus manipulados sem higiene das mãos, contato de pessoa para pessoa, por meio das mãos sujas, ou ingestão de água não tratada. Porém, é importante ressaltar que os casos de diarreia provocados por norovírus não têm relação com água do mar e nem com água tratada, se consumida em recipiente limpo”, explicou o superintendente.

Nesta época o litoral torna-se uma área vulnerável, visto que a população aumenta em 10 vezes e é comum a aglomeração de pessoas. Além disso, no verão os visitantes estão mais propícios a indisposições, em virtude do calor e da mudança na alimentação. “Como ele é transmitido com muita facilidade, de pessoa para pessoa, é possível que o vírus tenha sido trazido por alguém doente e se espalhado pelo litoral, visto que foram registrados casos em diversas cidades”, ressaltou o superintendente.

PREVENÇÃO - Para evitar contaminação a população deve ficar atenta à lavagem frequente das mãos antes de se alimentar ou de ingerir líquidos - após ir ao banheiro ou após a troca de fraldas dos bebês. Além de lavar bem as frutas e verduras antes de comer e beber somente água tratada.

Ao sentir os primeiros sintomas, a orientação é que seja feita uma dieta de líquido, e se necessário procurar o serviço de saúde mais próximo para evitar o risco de desidratação intensa. “As pessoas não levam os sintomas a sério e acabam se automedicando, o que é um perigo para a saúde, pelo fato de poder causar complicações”, ressalta a médica e diretora da 1ª Regional de Saúde, Lenora Rodrigo.

A médica faz outro alerta: “No período de férias os cuidados com higiene ficam habitualmente reduzidos, o que facilita a transmissão. Por isso os bons hábitos de higiene devem ser acompanhados pela ingestão abundante de líquidos, visto que é uma época de calor intenso e a desidratação se torna mais frequente”. Fonte: AEN

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