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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Bate-papo com candidatos é marcado por ataques e propostas vagas

Beto Richa e Osmar Dias, os dois principais candidatos ao governo do Paraná, participaram do bate-papo com estudantes no Teatro Positivo, em Curitiba. Foto: Antonio More/Gazeta do Povo

Participaram Beto Richa (PSDB), Luiz Felipe Bergmann (PSol) e Osmar Dias (PDT), candidatos ao governo do estado, e Rubens Hering (PV), que disputa o Senado

Três candidatos que disputam o governo do estado - Beto Richa (PSDB), Luiz Felipe Bergmann (PSol) e Osmar Dias (PDT) - participaram na manhã desta terça-feira (3) de um bate-papo com estudantes da Universidade Positivo, em Curitiba. Também esteve presente o candidato ao Senado pelo PV, Rubens Hering. Cada concorrente falou separadamente com os universitários. Os ataques aos adversários e as propostas vagas marcaram os discursos.

O primeiro candidato a responder as perguntas foi o tucano. Richa começou afirmando que está preparado para assumir o governo do estado. "Fui eleito dez vezes o melhor prefeito do Brasil. Estou pronto para assumir o desafio de governar o Paraná", disse. O ex-prefeito de Curitiba fez referência ao compromisso que havia assumido na eleição de 2008, quando foi reeleito para prefeitura, de que não deixaria o cargo para disputar o governo. "Meus eleitores me liberaram. Temos pesquisas que mostram que 80% dos que votaram em mim, querem que eu vá para o governo do estado", afirmou.

Questionado sobre a relação de seu governo na prefeitura de Curitiba com o do ex-governador do Paraná Roberto Requião (PMDB), Richa afirmou que foi perseguido e que a capital foi prejudicada. "Tive repasses do governo estadual para área de saúde. Mas depois de 2006, quando apoiei outro candidato e não o ex-governador, os repasses azedaram e muitas obras, obras importantes, como a construção do hospital do idoso, ficaram sem recursos", disse. Ele afirmou que como governador pretende fazer parceria com prefeitos, independente dos partidos.

Ele também defendeu a implantação da Linha Verde, antiga BR-476. A pergunta encaminhada ao candidato se referia a rua como "via lenta". Este foi o único momento em que o candidato falou em tom mais incisivo. Ele questionou a pergunta e disse que quem havia feito não conhece a obra. "Quando assumimos a obra, estava tudo abandonado. Os congestionamentos antes eram gigantes e quem disse isso, ou não passou por lá agora, ou não sabia como era antes", afirmou. As principais proposta de Richa são aumento do efetivo da polícia e contratação de médicos. "Nas regiões onde há hospital regional,não há médico", afirmou.

Osmar Dias

Já Osmar Dias abriu seu discurso, criticando a candidatura do adversário. Ele afirmou que apoiou Beto Richa na última eleição. No entanto, para Osmar, o ex-prefeito de Curitiba não poderia ter deixado o cargo para disputar a vaga no Palácio Iguaçu. "Ele descumpriu uma promessa de campanha. Por isso não deveria ser candidato e eu também não poderia compor uma chapa com ele dessa forma". Várias vezes, durante sua fala, Osmar disse que não havia “votado a favor da venda do Banestado”, referindo-se ao adversário quando era deputado estadual.

Uma das promessas de Osmar é fazer uma auditoria completa nos contratos de pedágio. “Vamos fazer com que as concessionárias divulguem periodicamente os balancetes, com a receita e o cronograma de obras, para que todos possam fiscalizar”, disse.

Osmar Dias foi questionado, ainda, se teve alguma participação na escolha do candidato a vice de José Serra (PSDB) na disputa à Presidência da República. Antes da escolha de Índio da Costa para compor a chapa do tucano, o mais cotado era o senador Álvaro Dias, irmão de Osmar. “Não tive nada a ver com a escolha do vice de Serra. Não participei nem da escolha do vice de Dilma”, afirmou.

Bergmann

O candidato Luiz Felipe Bergmann (PSol) foi questionado se é favorável aos métodos usados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Bergmann defendeu o movimento afirmando que o MST é que faz a reforma agrária no país. "O que deveria fazer um pai que vê seu filho morrendo de fome, enquanto existe terras improdutíveis em latifúndios. Se a reforma agrária não for feita por bem, é preciso usar métodos mais incisivos", afirmou. Fonte: Gazeta do Povo, reportagem de Gladson Angeli

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