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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dilma fica com 46,9% dos votos válidos e Serra, 32,6%

Dilma Rousseff (PT), 62, e José Serra (PSDB), 68, irão disputar o segundo turno da eleição presidencial no dia 31 de outubro.

Com 99,99% dos votos apurados, a petista ficou com 46,90% (47,6 milhões) dos votos válidos e o tucano 32,61% (33,1 milhões).

Marina Silva (PV) teve 19,33% dos votos válidos (19,6 milhões), votação que foi decisiva para o segundo turno.

Serra teve mais votos no São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre e Roraima. Marina venceu no Distrito Federal. Dilma ganhou nos demais 18 Estados.

Edison Vara/Nacho Doce/ReutersDilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) irão disputar o segundo turno da eleição presidencial no dia 31 de outubro

O apoio de Marina deve ser decisivo na eleição. Apesar disso, sua tendência é de neutralidade, enquanto o PV deve apoiar o tucano. O Datafolha mostrou na semana passada que 51% dos eleitores da candidata verde se dizem inclinados a votar em Serra no segundo turno.

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) ficou com 0,87% (886 mil). Os demais somaram 0,28%.

DISCURSOS

Dilma afirmou neste domingo que está confiante na vitória no segundo turno. Segundo a petista, os motivos são a expressiva votação registrada hoje e o desempenho que a base do presidente Lula costuma apresentar nessa outra etapa.

A candidata disse que o PT é acostumado a desafios.

"Somos bastante guerreiros, acostumados a desafios e somos de chegada. Tradicionalmente, a gente tem desempenhado muito bem no segundo turno."

Dilma fez um "agradecimento especial" à militância "aguerrida" do PT e dos dez partidos aliados de sua coligação, mas não citou diretamente o presidente Lula.

Durante a entrevista, a candidata insinuou que a votação da adversária Marina Silva (PV) foi que provocou o segundo turno. No início de sua fala, Dilma cumprimentou seus concorrentes e fez questão de pausar a frase para se referir à candidata verde "pelo desempenho" que teve na eleição. Na coordenação da campanha, a chamada onda verde é apontada como um dos principais motivos da disputa presidencial ter continuidade.

Em seu primeiro pronunciamento depois do primeiro turno, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez um afago na candidata do PV, Marina Silva, em cujo apoio está interessado.

"Eu queria me congratular com Marina Silva pela votação expressiva. Ela contribuiu com o jogo democrático do Brasil", afirmou Serra, em São Paulo.

Ele elogiou a candidatura de Marina pela capacidade de atrair participação dos jovens na vida política.

O tucano também fez um gesto em direção ao ex-governador de Minas e senador eleito, Aécio Neves (PSDB).

Desde a metade de setembro, a pesquisa Datafolha mostrou uma trajetória lenta e declinante. A petista enfrentou dois escândalos no final da campanha --quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB e o caso de tráfico de influência na Casa Civil.

O tucano se recuperou principalmente em suas bases eleitorais, como São Paulo, e recebeu 33%, quase dez pontos a mais que os 23,2% obtidos por ele em 2002.

A petista sofreu também rejeição de parte dos eleitores evangélicos e católicos por conta de boatos sobre sua fé e de controvérsia sobre sua posição em relação ao aborto.

Em 2007, se declarou a favor da descriminalização e agora afirma ser pessoalmente contra o aborto. Fonte: Folha Online

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