O senador Alvaro Dias, líder do PSDB no Senado, ontem praticamente admitiu não ter mais chances de ser indicado pelo partido para concorrer ao governo do estado. Em entrevista à rádio BandNews, ele disse: “Não acredito que o PSDB do Paraná permita que eu seja candidato”. O senador, entre muitas críticas à executiva estadual do partido, também deu a entender que não votará em Beto Richa. “Se o PSDB do Paraná desrespeita o programa partidário e ignora a ética, isso eu não posso acompanhar”, afirmou na entrevista à BandNews. Na mesma entrevista, ele deixou no ar a possibilidade de apoiar o irmão, o também senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Paraná, numa aliança com o PT e, talvez, com o PMDB.
Mais tarde, procurado pela Gazeta do Povo, afirmou esperar por uma intervenção nacional no diretório estadual para que possa ser o escolhido – algo que a própria cúpula do PSDB já descartou. E admitiu a impossibilidade de conviver com os atuais líderes locais do partido – como o próprio prefeito de Curitiba e o presidente estadual do PSDB, o deputado Valdir Rossoni. Confira os principais trechos da entrevista à Gazeta:
O senhor jogou a toalha com relação a sua candidatura ao governo, como deu a entender na entrevista à BandNews?
É uma questão de interpretação de quem ouviu. Eu disse que, se depender do diretório estadual do Paraná, não tenho chance de ser candidato – já que, dos 42 integrantes (do diretório), 19 são membros com cargos comissionados na prefeitura (de Curitiba). Como eu não advogo em causa própria, entrego a minha participação no processo eleitoral à direção nacional do partido, que tem um projeto: a eleição de presidente. A disposição do diretório local já está exposta. Neste caso, eu não tenho realmente nenhuma possibilidade. Só se houvesse uma intervenção do comando nacional.
O senhor acha possível essa interferência?
Possível é. Tem de ver se existe vontade política. Até aqui, pelo menos, não houve interferência e eu acho que dificilmente ela aconteça.
O senhor vai lutar para que isso aconteça?
Eu já disse que não advogo em causa própria.
Com Richa candidato e o senhor assumindo a liderança do partido no Senado, como fica sua relação com o partido no Paraná e nacionalmente?
A relação nacional é perfeita. Não há nenhuma turbulência. Mas aqui (no Paraná) ela se torna inviável. É uma relação conflituosa. Quando há o desrespeito a valores que nós consideramos essenciais, não há possibilidade de convivência.
Por causa dessas divergências, o senhor cogita a possibilidade de deixar o PSDB?
Não. Vou continuar no partido defendendo as minhas ideias porque as pessoas passam e o partido permanece.
Como o senhor pretende administrar a condição de seu partido concorrer contra seu irmão, o senador Osmar Dias (PDT)?
Enquanto existir vida, existirão mudanças. Então nós temos de aguardar as candidaturas serem definidas em convenção e, só depois disso, é que nós vamos nos posicionar.
O PT dá sinais de que pode romper com o governo Requião e aproximar-se ainda mais de Osmar. Como o senhor vê o possível cenário do PT e PDT juntos, com o PMDB isolado e o PSDB com Richa como candidato?
Quem produziu essas consequências, em primeiro lugar, foi o próprio PSDB, que tinha as condições de aglutinar as forças mais expressivas eleitoralmente. Nós (PSDB e PDT) poderíamos ficar juntos. Como houve precipitação, irresponsabilidade e desapreço ao projeto nacional, há essas outras alternativas.
Se o PMDB ficar isolado, com a possível ruptura do PT, o senhor vê a possibilidade de aproximação do PMDB com o PSDB?
Eu acho muito difícil. Seria ver “cavalo voando” imaginar o Requião num palanque do Beto Richa. Seria a maior incoerência da história política do Paraná porque a guerra entre ambos é muito recente. As feridas estão abertas.Fonte: Gazeta do Povo
Mais tarde, procurado pela Gazeta do Povo, afirmou esperar por uma intervenção nacional no diretório estadual para que possa ser o escolhido – algo que a própria cúpula do PSDB já descartou. E admitiu a impossibilidade de conviver com os atuais líderes locais do partido – como o próprio prefeito de Curitiba e o presidente estadual do PSDB, o deputado Valdir Rossoni. Confira os principais trechos da entrevista à Gazeta:
O senhor jogou a toalha com relação a sua candidatura ao governo, como deu a entender na entrevista à BandNews?
É uma questão de interpretação de quem ouviu. Eu disse que, se depender do diretório estadual do Paraná, não tenho chance de ser candidato – já que, dos 42 integrantes (do diretório), 19 são membros com cargos comissionados na prefeitura (de Curitiba). Como eu não advogo em causa própria, entrego a minha participação no processo eleitoral à direção nacional do partido, que tem um projeto: a eleição de presidente. A disposição do diretório local já está exposta. Neste caso, eu não tenho realmente nenhuma possibilidade. Só se houvesse uma intervenção do comando nacional.
O senhor acha possível essa interferência?
Possível é. Tem de ver se existe vontade política. Até aqui, pelo menos, não houve interferência e eu acho que dificilmente ela aconteça.
O senhor vai lutar para que isso aconteça?
Eu já disse que não advogo em causa própria.
Com Richa candidato e o senhor assumindo a liderança do partido no Senado, como fica sua relação com o partido no Paraná e nacionalmente?
A relação nacional é perfeita. Não há nenhuma turbulência. Mas aqui (no Paraná) ela se torna inviável. É uma relação conflituosa. Quando há o desrespeito a valores que nós consideramos essenciais, não há possibilidade de convivência.
Por causa dessas divergências, o senhor cogita a possibilidade de deixar o PSDB?
Não. Vou continuar no partido defendendo as minhas ideias porque as pessoas passam e o partido permanece.
Como o senhor pretende administrar a condição de seu partido concorrer contra seu irmão, o senador Osmar Dias (PDT)?
Enquanto existir vida, existirão mudanças. Então nós temos de aguardar as candidaturas serem definidas em convenção e, só depois disso, é que nós vamos nos posicionar.
O PT dá sinais de que pode romper com o governo Requião e aproximar-se ainda mais de Osmar. Como o senhor vê o possível cenário do PT e PDT juntos, com o PMDB isolado e o PSDB com Richa como candidato?
Quem produziu essas consequências, em primeiro lugar, foi o próprio PSDB, que tinha as condições de aglutinar as forças mais expressivas eleitoralmente. Nós (PSDB e PDT) poderíamos ficar juntos. Como houve precipitação, irresponsabilidade e desapreço ao projeto nacional, há essas outras alternativas.
Se o PMDB ficar isolado, com a possível ruptura do PT, o senhor vê a possibilidade de aproximação do PMDB com o PSDB?
Eu acho muito difícil. Seria ver “cavalo voando” imaginar o Requião num palanque do Beto Richa. Seria a maior incoerência da história política do Paraná porque a guerra entre ambos é muito recente. As feridas estão abertas.Fonte: Gazeta do Povo
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