Heloísa Ihle Garcia Giamberardino, coordenadora do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção do Hospital Pequeno Príncipe
A pediatra Heloísa Ihle Garcia Giamberardino, coordenadora do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção do Hospital Pequeno Príncipe, defende que todas as crianças sejam vacinadas contra a gripe A (H1N1). Nos Estados Unidos, a segunda onda da doença mostrou-se mais severa do que registrada em 2009 e a vacinação teve de ser ampliada, ressalta a médica. Ela participou recentemente de um congresso da Sociedade Americana de Infectologia, nos Estados Unidos, onde observou que cuidados de higiene reduziram a incidência de meningite, diarreia e conjuntivite. Leia alguns trechos da entrevista.
Qual sua posição com relação à vacina?
Na nossa região, como foi muito afetada, com mais de 63 mil casos confirmados e cerca de 300 óbitos, sendo o estado que teve mais casos, acho que nossa população teria de ser vacinada o máximo possível. A vacina deveria ser estendida.
Crianças com doenças crônicas podem receber a vacina?
Sim, isso está previso. Acho que não se deve perder essa oportunidade de tomar a vacina porque você nunca sabe como vai ser a manifestação da doença. Não tem como prever como será a nossa segunda onda da doença, se do mesmo grau ou menos grave.
O que foi verificado nos Estados Unidos?
Lá eles tiveram a primeira onda mais tranquila. Na segunda onda tiveram muitos mais casos e óbitos. Nós precisamos estar muito bem preparados. Precisamos estar com todas as nossas formas de combate: vacina no sistema público e privado de saúde e acesso facilitado ao Oseltamivir (Tamiflu).
Como foi a vacinação nos Estados Unidos?
Por causa do número de casos que tiveram e da gravidade da doença, eles ampliaram a vacinação. No começo fizeram para os grupos prioritários. Depois reviram as regras e a vacina foi disponibilizada para todas as faixas etárias.
As crianças em idade escolar não vão receber a vacina. O cuidado na escola tem de ser mais intenso?
Sim. Independentemente de serem ou não vacinadas, acho que o hábito de higiene deve ser perpetuado na rotina. Se tiver boa higiene, vamos conseguir prevenir não só a gripe, mas outras infecções tanto bacterianas quanto virais (diarreia e conjuntivite). Até chegamos a perceber redução nos casos de meningite. Vários trabalhos mostram redução de taxas de infecção com maior adesão à higiene das mãos.
Qual o papel da escola no enfrentamento da gripe A?
Percebemos como foi importante trabalhar em conjunto com as escolas no ano passado. Você atinge muitas crianças no mesmo momento e, indiretamente, as famílias. Fonte: Gazeta do Povo, reportagem de Bruna Maestri Walter
A pediatra Heloísa Ihle Garcia Giamberardino, coordenadora do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção do Hospital Pequeno Príncipe, defende que todas as crianças sejam vacinadas contra a gripe A (H1N1). Nos Estados Unidos, a segunda onda da doença mostrou-se mais severa do que registrada em 2009 e a vacinação teve de ser ampliada, ressalta a médica. Ela participou recentemente de um congresso da Sociedade Americana de Infectologia, nos Estados Unidos, onde observou que cuidados de higiene reduziram a incidência de meningite, diarreia e conjuntivite. Leia alguns trechos da entrevista.
Qual sua posição com relação à vacina?
Na nossa região, como foi muito afetada, com mais de 63 mil casos confirmados e cerca de 300 óbitos, sendo o estado que teve mais casos, acho que nossa população teria de ser vacinada o máximo possível. A vacina deveria ser estendida.
Crianças com doenças crônicas podem receber a vacina?
Sim, isso está previso. Acho que não se deve perder essa oportunidade de tomar a vacina porque você nunca sabe como vai ser a manifestação da doença. Não tem como prever como será a nossa segunda onda da doença, se do mesmo grau ou menos grave.
O que foi verificado nos Estados Unidos?
Lá eles tiveram a primeira onda mais tranquila. Na segunda onda tiveram muitos mais casos e óbitos. Nós precisamos estar muito bem preparados. Precisamos estar com todas as nossas formas de combate: vacina no sistema público e privado de saúde e acesso facilitado ao Oseltamivir (Tamiflu).
Como foi a vacinação nos Estados Unidos?
Por causa do número de casos que tiveram e da gravidade da doença, eles ampliaram a vacinação. No começo fizeram para os grupos prioritários. Depois reviram as regras e a vacina foi disponibilizada para todas as faixas etárias.
As crianças em idade escolar não vão receber a vacina. O cuidado na escola tem de ser mais intenso?
Sim. Independentemente de serem ou não vacinadas, acho que o hábito de higiene deve ser perpetuado na rotina. Se tiver boa higiene, vamos conseguir prevenir não só a gripe, mas outras infecções tanto bacterianas quanto virais (diarreia e conjuntivite). Até chegamos a perceber redução nos casos de meningite. Vários trabalhos mostram redução de taxas de infecção com maior adesão à higiene das mãos.
Qual o papel da escola no enfrentamento da gripe A?
Percebemos como foi importante trabalhar em conjunto com as escolas no ano passado. Você atinge muitas crianças no mesmo momento e, indiretamente, as famílias. Fonte: Gazeta do Povo, reportagem de Bruna Maestri Walter
Nenhum comentário:
Postar um comentário