Apelação contra liberdade condicional para Assange caiu nesta quinta-feira.
Em meio a polêmica sobre vazamentos, Suécia o acusa de crimes sexuais.
O fundador do site de vazamentos WikiLeaks, Julian Assange, foi libertado nesta quinta-feira (16), em Londres, mediante pagamento de fiança.
Ao deixar o tribunal, por volta das 18h locais (16h de Brasília), ele disse que quer continuar seu trabalho, reafirmou inocência no caso dos abusos sexuais na Suécia e disse que quer limpar seu nome.
"Espero continuar meu trabalho e continuar a proclamar minha inocência neste caso", disse em uma breve declaração na escadaria do tribunal, depois de nove dias preso na cadeia londrina de Wandsworth. Ele também afirmou que não viu as provas que as autoridades suecas têm contra ele.
"É fantástico respirar o ar fresco de Londres outra vez", celebrou o australiano.
Assange também se mostrou agradecido com "o sistema judiciário britânico" e disse que, embora às vezes ele "cometa erros", pelo menos "não está morto".
Vestido com terno escuro e camisa branca, Assange contou que, durante o tempo que passou preso isolado, teve tempo para refletir sobre outras pessoas no mundo que estão nessa situação, e pediu ao público que centralize sua atenção e esforço para ajudá-los.
Possível extradição
Horas antes, a Alta Corte de Justiça de Londres havia decidido pela libertação do australiano, que terá direito a aguardar em liberdade o processo que pode levar à sua extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais.
A corte poderia manter ou reverter a decisão de uma instância inferior, que havia autorizado na terça-feira a liberdade condicional para Assange sob o pagamento de fiança de 200 mil libras (US$ 317 mil). Promotores representando a Suécia tinham recorrido dessa decisão.
Assange chegou ao tribunal na quinta com ar desafiador, fazendo um sinal de vitória ao descer do veículo policial. Seu advogado, Mark Stephens, se disse confiante na concessão da fiança, e afirmou que seus apoiadores já haviam arrecadado as 200 mil libras da fiança.
O WikiLeaks tem irritado os EUA nas últimas semanas, desde que começou a divulgar mais de 250 mil comunicações secretas da diplomacia norte-americana.
Assange é acusado por duas ex-voluntárias do WikiLeaks de coação sexual e de ter mantido relações com elas sem usar preservativos - o que na Suécia é considerado uma forma leve de estupro. Ele rejeita as acusações e se diz vítima de perseguição política.
Pela decisão da primeira instância, Assange deve se instalar na mansão rural de um simpatizante, no leste da Inglaterra, e precisará usar um localizador eletrônico, além de se apresentar diariamente à polícia.
A promotoria alegou que essas medidas não o impediriam de fugir, e por isso recorreu da liberdade condicional. A extradição propriamente dita deve ser decidida apenas no ano que vem.
Assange e seus advogados não escondem o temor de que ele seja indiciado por autoridades norte-americanas por espionagem.
Não ficou claro se a iniciativa de mantê-lo preso partiu das autoridades suecas ou britânicas.
A promotoria sueca disse que o caso está nas mãos da promotoria britânica, que por sua vez afirmou defender os interesses do governo sueco no caso. Fonte:G1/Globo.com
Em meio a polêmica sobre vazamentos, Suécia o acusa de crimes sexuais.
O fundador do site de vazamentos WikiLeaks, Julian Assange, foi libertado nesta quinta-feira (16), em Londres, mediante pagamento de fiança.
Ao deixar o tribunal, por volta das 18h locais (16h de Brasília), ele disse que quer continuar seu trabalho, reafirmou inocência no caso dos abusos sexuais na Suécia e disse que quer limpar seu nome.
"Espero continuar meu trabalho e continuar a proclamar minha inocência neste caso", disse em uma breve declaração na escadaria do tribunal, depois de nove dias preso na cadeia londrina de Wandsworth. Ele também afirmou que não viu as provas que as autoridades suecas têm contra ele.
"É fantástico respirar o ar fresco de Londres outra vez", celebrou o australiano.
Assange também se mostrou agradecido com "o sistema judiciário britânico" e disse que, embora às vezes ele "cometa erros", pelo menos "não está morto".
Vestido com terno escuro e camisa branca, Assange contou que, durante o tempo que passou preso isolado, teve tempo para refletir sobre outras pessoas no mundo que estão nessa situação, e pediu ao público que centralize sua atenção e esforço para ajudá-los.
Possível extradição
Horas antes, a Alta Corte de Justiça de Londres havia decidido pela libertação do australiano, que terá direito a aguardar em liberdade o processo que pode levar à sua extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais.
A corte poderia manter ou reverter a decisão de uma instância inferior, que havia autorizado na terça-feira a liberdade condicional para Assange sob o pagamento de fiança de 200 mil libras (US$ 317 mil). Promotores representando a Suécia tinham recorrido dessa decisão.
Assange chegou ao tribunal na quinta com ar desafiador, fazendo um sinal de vitória ao descer do veículo policial. Seu advogado, Mark Stephens, se disse confiante na concessão da fiança, e afirmou que seus apoiadores já haviam arrecadado as 200 mil libras da fiança.
O WikiLeaks tem irritado os EUA nas últimas semanas, desde que começou a divulgar mais de 250 mil comunicações secretas da diplomacia norte-americana.
Assange é acusado por duas ex-voluntárias do WikiLeaks de coação sexual e de ter mantido relações com elas sem usar preservativos - o que na Suécia é considerado uma forma leve de estupro. Ele rejeita as acusações e se diz vítima de perseguição política.
Pela decisão da primeira instância, Assange deve se instalar na mansão rural de um simpatizante, no leste da Inglaterra, e precisará usar um localizador eletrônico, além de se apresentar diariamente à polícia.
A promotoria alegou que essas medidas não o impediriam de fugir, e por isso recorreu da liberdade condicional. A extradição propriamente dita deve ser decidida apenas no ano que vem.
Assange e seus advogados não escondem o temor de que ele seja indiciado por autoridades norte-americanas por espionagem.
Não ficou claro se a iniciativa de mantê-lo preso partiu das autoridades suecas ou britânicas.
A promotoria sueca disse que o caso está nas mãos da promotoria britânica, que por sua vez afirmou defender os interesses do governo sueco no caso. Fonte:G1/Globo.com
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