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terça-feira, 27 de abril de 2010

Em abril violento, Sesp anuncia aumento de efetivo em Londrina

Ônibus incendiado em Ibiporã é o quarto queimado na região de Londrina - Foto:Roberto Custódio

Ônibus incendiado em Ibiporã é o quarto queimado na região de Londrina

Secretário da Segurança não informou, entretanto, a quantidade de policiais nem detalhes sobre remanejamento até que efetivo seja aumentado. Nesta terça-feira, mais um ônibus foi queimado na região

No mesmo dia em que mais um ônibus do transporte coletivo da região de Londrina foi incendiado e no mês em que a cidade sofreu uma onda de violência, o secretário estadual de Segurança, coronel Aramis Linhares Serpa, veio à cidade, sem avisar, e anunciou medidas para aumentar a segurança na cidade. A principal delas foi o aumento do efetivo da Polícia Militar (PM) a partir do dia 1º de junho. O secretário anunciou ainda o reforço na equipe de investigadores da Polícia Civil e remanejamento interno na PM, enquanto o efetivo não é aumentado.

Os detalhes das medidas ainda não foram anunciados como, por exemplo, o remanejamento interno de PMs. Não há data e nem informações de onde os policiais serão remanejados. “O governador [Orlando Pessutti] está muito preocupado com segurança pública. Ele nos deu aceno positivo para implementarmos mudanças. Não podemos continuar fazendo mais o mesmo. Temos que inovar”, declarou o coronel Serpa, durante passagem pela Câmara de Vereadores de Londrina, no início da tarde desta terça-feira (27). Logo em seguida, ele foi a uma audiência pública realizada na Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil). O coronel negou que a vinda a Londrina tenha relação com os atos de violência dos últimos dias.

Somente no mês de abril, três ônibus foram queimados em Londrina e um em Ibiporã, na noite de segunda-feira (26). A cidade registrou ainda pelo menos três latrocínios em apenas 15 dias, além de outros homicídios. “Nossa vinda não é motivada por nenhum fato especial. Londrina é uma preocupação prioritária do governo e da secretaria. Por isso, é a primeira cidade que visitamos para discutir a segurança”, afirmou Serpa. O grupo de policiais que virá à cidade a partir de 1º de junho será da turma de PMs que está em formação. O curso que eles fariam em cinco meses na cidade, será feito em três, por causa da “urgência” no aumento do efetivo.

O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Sérgio Barroso, avaliou a reunião como positiva. “Esperamos que haja respostas rápidas, de acordo com as coisas que foram colocadas para ele. Isso tudo é muito importante: a presença do secretário em Londrina, aberto ao diálogo e soluções”, afirmou.

Incêndio e prisão

Na noite de segunda-feira (26), homens armados incendiaram um ônibus da empresa TIL Transportes. Após renderem o motorista e pedirem para os passageiros descerem, os criminosos espalharam um líquido inflamável e atearam fogo. De acordo com a polícia, os bandidos estavam em um ponto de ônibus nas esquinas das Avenidas Londrina e Estudantes, Jardim San Rafael. Quando o veículo parou, um dos bandidos entrou armado pela frente e outros dois pela porta de trás.

De acordo com o delegado Sérgio Barroso, três suspeitos foram presos: Jonatan Soares, de 28 anos; Jeremias Antônio Matos da Silva, de 20 anos; e Wedley Tiago dos Santos, de 18 anos. Outros dois adolescentes foram apreendidos suspeitos de envolvimento no ato de vandalismo. A mãe de Silva Paula Matos Silva, de 42 anos, também foi detida porque a polícia encontrou uma porção de cocaína e objetos roubados. Para Barroso, o ato não passou de vandalismo porque um rapaz teria sido preso no fim de semana. “Houve descontentamento porque um traficante foi preso no fim de semana. Os envolvidos foram incentivados pela divulgação de outros fatos [incêndios] e quiseram fazer igual”, disse.

Em Londrina, a Polícia Civil prendeu todos os suspeitos de participarem dos ataques. Segundo a polícia os dois atentados do dia 8 de abril foram praticados pelo mesmo grupo. Já o terceiro, no dia 9, foi praticado por adolescentes e, de acordo com a polícia, não estaria relacionado as primeiras ações. A conclusão do inquérito apontou que a motivação dos ataques foi uma represália de “amigos” de presos do Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) que teriam direito a progressão para o regime semiaberto.Fonte: Jornal de Londrina, reportagem de Fábio Luporini

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