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quarta-feira, 21 de abril de 2010

O ESPIRITISMO E A PRÁTICA DA INVOCAÇÃO AOS MORTOS - Por João Flávio Martinez

Reencarnação e invocação de mortos são as duas principais estacas de sustentação de todo o dolo espiritista. Se ambas forem removidas, o Espiritismo rui irremediavelmente. Mostramos nos textos anteriores como a teoria da reencarnação não suporta ser provada pela Bíblia. Neste texto, porém, trataremos da não menos fraudulenta invocação de mortos.

O que diz a Bíblia: “Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o SENHOR teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém, quanto a ti, o SENHOR teu Deus não permitiu tal coisa”. (ACF) (Deuteronômio 18:9-14).

Com base nestas palavras de Moisés, no seu livro “O Céu e o Inferno”, aduz A. Kardec: “... Moisés devia, pois, por política, inspirar aos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhanças e pontos de contato com o inimigo”.

Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos dos cananeus, simplesmente por razões políticas, como afirma Kardec, é demonstração de obtusidade quanto às Escrituras. A proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação com eles. Prova apenas que havia a consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicação. Na prática de tais consultas aos mortos, sempre houve embuste, mistificação, mentira, farsa, comercialização de cartas do além e manifestação de demônios. É o que acontece nas sessões espíritas, onde espíritos demoníacos, espíritos enganadores se manifestam, identificando-se com os nomes de pessoas amadas que já falecera (leia Lucas 16:19-31). Alguns desses espíritos têm aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até apresentando projetos éticos e humanitários, que terminam sempre em destroços. É o caso do engenheiro que se passava pelo Dr. Fritze (a fraude terminou no ano de 1999). Aquele cidadão enganou a milhares, deixou gente gravemente enferma e até há denuncias de casos de mortes – Isso é o Espiritismo. São espíritos que se prestam a serviço do pai da mentira (João 8:44), Satanás.

O povo de Deus, porém, possui a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida: “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?” (ACF) (Isaías 8:19).


O Estado dos Mortos

O testemunho geral das Escrituras é que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada do que se faz e acontece na terra, debaixo do sol.

Veja, por exemplo, o que disseram grandes figuras da Bíblia:

1) – Salomão: -“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos... e já não tem parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5,6).

2) – Davi: -“Mostrarás, tu, maravilhas aos mortos ou os mortos se levantarão e te louvarão? (Selá.) Será anunciada a tua benignidade na sepultura, ou a tua fidelidade na perdição? Saber-se-ão as tuas maravilhas nas trevas, e a tua justiça na terra do esquecimento?” (ACF) (Salmos 88:10-12).

3) – Ezequias –“Porque não te louvará a sepultura, nem a morte te glorificará; nem esperarão em tua verdade os que descem para a cova. O vivente, o vivente, esse te louvará, como eu hoje o faço; o pai aos filhos faz notória a tua verdade.” (ACF) (Isaías 38:18-19).

4) Jó -“Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá” (ACF) (Jó 7:9-10).

5) Jesus na história do rico e Lázaro –“E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Poré, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite algum dos mortos ressuscite” (ACF) (Lucas 16:30-31). A história do rico e do Lázaro mostra a impossibilidade de se sair do lugar dos mortos, pois o rico, que fora ímpio em vida, queria alertar os seus parentes vivos para que não praticassem as mesmas ações dele e, por conseqüência, acabassem no mesmo lugar que ele – o inferno, mas foi a ele negado.

Nenhum dos textos bíblicos, até aqui citados, contradiz-se com o estado intermediário do homem ou a esperança bíblica da ressurreição dos mortos, uns para a vida eterna, outros para vergonha e perdição eterna (Daniel 12:2). Os citados textos mostram, sim, que o homem após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar a viver a vida de antes, e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos.

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