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domingo, 23 de maio de 2010

Grupo é preso em flagrante tentando desviar 250 toneladas de fertilizantes

Ao todo, oito pessoas foram presas pelo Gaeco. Eles se passavam por representante de transportadora para pegar carga de uma empresa do Jardim Industrial

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Militar prenderam oito pessoas que estavam desviando carga em Maringá. O flagrante aconteceu por volta das 17h de sábado (21), na saída para Campo Mourão. Os oficiais encontraram aproximadamente 250 toneladas de fertilizantes em seis bitrens e uma carreta. Foi a primeira operação do Gaeco em Maringá. Os detidos foram encaminhados para a 9ª Subdivisão de Polícia (SDP).

O delegado do Gaeco em Maringá, Elmano Rodrigues Ciriaco, afirma que uma denúncia chegou de forma anônima à polícia na quinta-feira (20) informando que o grupo chegaria a Maringá para aplicar o golpe em uma empresa de fertilizantes localizada no Parque Industrial. Na sequência, oficiais realizaram monitoramento para identificar e vigiar veículos suspeitos. O grupo foi autuado em flagrante assim que tentava deixar a cidade com a carga.
O delegado diz que as pessoas presas são de Curitiba, Araucária e Paranaguá. Segundo ele, o líder entre os presos é Lélio José Tosta, de Paranaguá. O esquema começava quando um informante repassava para o grupo detalhes sobre o transporte de carga de alguma empresa que aconteceria em breve. O grupo se organizava então para chegar na empresa antes da transportadora contratada para o serviço. Os envolvidos se passavam por funcionários da transportadora para levar a carga embora.

Ciriaco acrescenta que, antes de chegar à empresa, o grupo trocava as placas dos caminhões. Em seguida, realizavam o carregamento da carga e iam embora. Depois, recolocavam as placas supostamente verdadeiras. “Assim, quando a transportadora contratada chegava na empresa, ninguém conseguia localizar a carga”, diz. Existe a suspeita de que o grupo também usava notas fiscais frias para fazer o carregamento.

O destino da carga ainda não é conhecido. Segundo Ciriaco, há duas hipóteses: a carga seria levada para algum receptador ou para o porto de Paranaguá. Além disso, o informante do grupo pode ter alguma ligação com a empresa, já que se tratavam de informações privilegiadas sobre o transporte da carga.

Os oito presos vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, adulteração de identificação de veículo automotor e tentativa de furto qualificado. Com base nos exames periciais que o Instituto de Criminalística realizará em breve, o Gaeco vai apurar os crimes relativos às possíveis notas fiscais falsas e ao estelionato.

“Vamos tentar também descobrir outros crimes praticados por esse grupo, já que suspeitamos que os envolvidos já aplicaram esse golpe em outras regiões do Paraná e no interior de São Paulo”, diz. Cerca de 20 policiais estiveram envolvidos na operação. Fonte: Jornal de Maringá, reportagem de Thiago Ramari

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