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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Tenente da PM pode ser expulso por autorizar cervejas em presídio no Rio

Carga com 2.600 latas foi entregue em prisão para policiais chamada de 'côlonia de férias'

Um tenente da Polícia Militar do Rio foi e preso e pode ser expulso da corporação por ter permitido a entrada de 2.600 latas de cerveja no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica (zona norte), destinado a abrigar policiais detidos. A Corregedoria da PM apurar a denúncia feita no fim de semana.

Cerveja foi entregue a pedido de PM preso - Pablo Jacob/O GloboCerveja foi entregue a pedido de PM preso

A Secretaria de Segurança Pública disse que a encomenda estava em nome de um detento identificado como Fábio. Além do tenente George Guimarães, não está descartada a participação de outros policiais do BEP.

Apesar do número de latinhas, o corregedor geral da PM, coronel Waldyr Soares Filho, disse não acreditar na versão de que haveria uma festa no local. O BEP é conhecido como "colônia de férias" entre os policiais presos e abriga 276 detentos. Os escândalos na unidade prisional são vários e envolvem festas, celas com computadores, uso de celulares e oito fugas em sete anos de existência da unidade.

A entrada do carro Fiorino com as latas foi flagrada por uma equipe da TV Bandeirantes na tarde de domingo. O veículo entrou no BEP pelo portão lateral, que serve de estacionamento para os policiais lotados na unidade e caminhões de coleta de lixo.

A entrega era feita por um funcionário de um supermercado próximo ao batalhão. Aos policiais da Corregedoria, ele justificou sua presença no local afirmando que o preso, dono da encomenda, também é proprietário de um pequeno comércio na região. O oficial do dia foi preso na hora por desobediência e será julgado por outros oficiais.

Repercussão. A ousadia dos PMs presos irritou o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame. "Eu soube ontem da entrada dessa cerveja. Não sei se foi caminhão ou como que se deu. Foi identificado, foi visto, as pessoas estão presas e serão julgadas e, possivelmente, irão para a rua também", disse Beltrame, sem saber que apenas um oficial havia sido preso. Fonte: O Estado de São Paulo, reportagem de Pedro Dantas

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