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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Norte Novo - Quadra de escola vira ponto de venda

Trinta mil pessoas convivem com os abusos dos traficantes no complexo formado pelo Jardim Universal, Jardim Independência, Alvamar II e Jardim Panorama, em Sarandi, Região Noroeste do estado. A presença do poder público se resume a duas escolas no Jardim Panorama. Mesmo ali, alunos e professores aturam ameaças e violência dos traficantes. A quadra esportiva, que serve às duas escolas, tornou-se um ponto de venda de drogas. O local fica ao lado dos colégios e os estudantes precisam deixar o pátio para usar a quadra.

“O pessoal fuma maconha enquanto estamos na educação física. A venda de drogas é visível, de segunda a sexta”, conta um estudante. “Os alunos recebem ameaças e são espancados na saída das aulas. Eles [traficantes] só fazem isso para mostrar quem é que manda”, diz. O menino ainda relata que as alunas já sofreram abusos e a polícia dificilmente aparece no local.

“Os comerciantes estão intimidados e preocupados, pois sabem que os caras têm poder. Na Avenida Montreal [via comercial perto do conjunto de bairros] não tem um comerciante que nunca tenha sido assaltado”, diz um morador.

Apenas o Jardim Panorama tem asfalto e escola. Nos demais, o único serviço público prestado com regularidade é a coleta de lixo. A Polícia Militar admite que é difícil combater as atividades criminosas, mas que um novo plano de segurança está sendo pensado, pois Sarandi acabou de ganhar uma companhia, o que vai elevar o efetivo de 35 para 120 soldados nos próximos meses.

Em Londrina, o ponto mais crítico é o Jardim Nossa Senhora da Paz, conhecida como Favela Bratac. É ali, de onde mais saem denúncias ao 181 Narcodenúncia, que foi preso em agosto o traficante Zoza. A favela é pequena, tem cerca de 300 casas, e isso ajuda no policiamento. Segundo a Polícia Militar, não houve mais homicídios desde a implantação da Viatura da Paz, em 2009, que faz ronda permanente na região. “Aumentamos a apreensão de entorpecentes, diminuímos o tráfico”, diz o capitão Nelson Villa, da 4.ª Companhia da PM. Com a chegada da polícia, muitos traficantes saíram do bairro. Segundo ele, não há favela em Londrina em que a polícia não entre. “A criminalidade respeita a polícia”, diz o capitão. Fonte: Gazeta Maringá, reportagem de Hélio Strassacapa e Amanda de Santa

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