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sábado, 17 de setembro de 2011

Rebelião destrói 80% do mobiliário das celas da Casa de Custódia de Maringá

Cerca de 80% das camas, colchões e portas das 150 celas da Casa de Custódia de Maringá foram destruídos na rebelião que terminou na manhã desta terça-feira (13). A informação é de Maurício Kuehne, diretor do Departamento Penitenciário do Paraná, que acompanhou as negociações que pôs fim à rebelião desde a noite desta segunda-feira.

Nesta quarta-feira será concluída a vistoria técnica da parte estrutural do prédio para, em seguida, iniciar os trabalhos de recuperação da unidade penal, a fim de que a rotina seja normalidade. Para isso, nos próximos dias haverá o remanejamento de parte dos presos para outras unidades, de acordo com levantamento que está sendo realizado. “Temos mais de 100 presos do regime semi-aberto que poderão deixar a Casa de Custódia de Maringá agora”, informa o diretor do Depen.

Com capacidade para 900 presos, a cadeia tinha 891 detentos, todos já condenados. Cerca de 300 deles participaram da rebelião, que durou 23 horas, e terminou com a transferência, nesta terça-feira, de 23 apenados para o Centro de Operações e Triagem em Curitiba. Entre eles está o líder do movimento, Mayco de Souza Moretti, conhecido por "Guerreiro", que representou os rebelados nas negociações com a Polícia Militar do Paraná.

Os rebelados reivindicavam a transferência de 31 detentos, para diversas unidades penais do Paraná, especialmente Londrina e Foz do Iguaçu, além de outros estados, como São Paulo. Pelo acordo firmado, no entanto, oito deles permaneceram na mesma Casa de Custódia e os demais foram enviados a Curitiba, para análise futura da viabilidade de novo remanejamento para os destinos desejados.

A rebelião deixou apenas um ferido, que passa bem. Foi um preso que tentou fugir e recebeu um tiro no ombro. O agente penitenciário Paulo Arruda, que foi mantido como refém, nada sofreu.

O motivo da rebelião foi tentativa de fuga, explica Maria Tereza Uille Gomes, secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná. Contudo, “será instaurada uma Comissão de Sindicância para apurar duas denúncias de alguns presos, sobre problema com a alimentação e maus tratos por parte de agentes penitenciários”, afirmou ela. Fonte: Assessoria de Imprensa da Seju

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