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domingo, 17 de julho de 2011

Escândalo das escutas derruba chefe da Scotland Yard

A renúncia de Stephenson ocorre depois da prisão da ex-executiva chefe da News International, unidade britânica da News Corp., Rebekah BrooksReuters - Stephenson pediu demissão neste domingo após acusações sobre grampos

O comissário da Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard) Paul Stephenson, renunciou neste domingo (17) ao cargo em meio ao escândalo das escutas telefônicas feitas durante anos pelo tabloide News of The World, que também envolvem suborno de policiais. Desta forma cresce no Reino Unido o número de pessoas que saíram de seus cargos por de alguma forma estarem envolvidas com as práticas ilegais do agora fechado News of The World, pertencente à News Corp. O jornal está sendo investigado pelas autoridades britânicas por interceptar mensagens de voz de milhares de pessoas e por subornar agentes da polícia para conseguir informações privilegiadas.

A renúncia de Stephenson ocorre depois da prisão da ex-executiva chefe da News International, unidade britânica da News Corp., Rebekah Brooks. Ela já tinha renunciado ao cargo na sexta-feira e até agora é o mais alto executivo da News International a ser preso em conexão com escândalo.

Stephenson, chefe da Scotland Yard desde 2009, disse que se demitiu por causa da prisão, na semana passada, de Neil Wallis, por suspeita de interceptação de mensagens de voz. Wallis, que trabalhou por um ano na Scotland Yard, até setembro de 2010 como relações públicas, foi liberado sem ser acusado. "Tomei essa decisão por causa das especulações e acusações relativas às ligações da Polícia Metropolitana com a News International", disse Stephenson em um discurso transmitido pela televisão.

Stephenson disse que conheceu Wallis em 2006, quando o jornalista ainda trabalhava no News of the World, num encontro para falar sobre questões de segurança pública, como já tinha feito com outros jornalistas. Em 2009, após Wallis deixar o jornal, foi contratado pela polícia londrina. Stephenson disse não ter sido responsável pela contratação de Willis e negou que soubesse do envolvimento do jornalista com os casos de escuta telefônica.

"Deixe-me dizer claramente, eu e as pessoas que me conhecem sabem que minha integridade está intacta. Eu gostaria que tivéssemos feito algumas coisas de forma diferente, mas não vou perder o sono por minha integridade pessoal".

A polícia tem estado sob fortes críticas por não ter investigado a fundo os casos de escuta, quando as primeiras acusações surgiram, em 2006, e, mais recentemente, por supostamente ter recebido suborno do News of the World. A Scotland Yard abriu uma investigação sobre a possibilidade de os policiais terem aceitado suborno do tabloide até uma semana e meia atrás.

"Eles parecem estar fazendo agora o que deveria ter sido feito dois anos antes", disse Sara George, investigadora criminal do escritório Stephenson Harwood, em Londres. As informações são da Dow Jones.Fonte:Agência Estado

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