Governador exonera aliados de Requião para imprimir estilo próprio à frente do estado de olho na eleição de outubro
Desde que assumiu o governo em 1.º do abril, Orlando Pessuti já trocou o comando de 14 das 31 secretarias estaduais. Apesar da promessa de dar continuidade às políticas públicas implantadas por Roberto Requião, Pessuti em 23 dias como governador tenta imprimir estilo próprio à frente do Palácio Iguaçu. De olho na eleição de outubro – o peemedebista concorre a releição, Pessuti exonerou aliados de Requião, em uma tentativa de desvincular seu governo do seu antecessor. As mudanças irritaram o ex-governador, que ameaçou tirar o apoio à candidatura de Pessuti.
Na última segunda-feira, Requião reproduziu em seu Twitter a frase: “Quem assistiu seu discurso de 31 de março e vê as ações do atual governador não encontrará outra palavra senão a de traição.”
As mudanças que irritaram o ex-governador foram as na Secretaria de Segurança Pública e de Comunicação Social. Luiz Fernando Delazari e Benedito Pires foram exonerados para dar lugar ao coronel Aramis Linhares Serpa e a Ricardo Cansian.
A saída de Delazari, desgastado pelo crescimento dos índices de violência no Paraná, contrariou Requião e motivou a ameaça contra a candidatura de Pessuti.
Mais mudanças
Nos bastidores do Palácio Iguaçu é dada como certa novas mudanças no secretariado, postos do segundo escalão e em estatais. Segunda-feira, o Conselho de Administração da Copel deve referendar o nome de Ronald Ravedutti no lugar de Rubens Ghilardi na direção da empresa (leia mais na página 22).
Ontem, Pessuti nomeou Marco Antônio Berberi para a chefia da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), responsável pela defesa jurídica do governo estadual. A promessa do novo procurador foi de empenhar-se em resolver dois problemas antigos: a multa em decorrência da falta pagamento dos empréstimos para sanear o Banestado e a briga com as concessionárias de pedágio. Antônio Comparsi de Mello assumiu, também ontem, a Secretaria Especial da Corregedoria e Ouvidoria-Geral do Estado.
A maioria das mudanças foi para cobrir vagas abertas por secretários que deixaram os postos para concorrer nas eleições de outubro. Pessuti optou, na maioria dos casos, por pessoas que já ocupavam postos importantes na estrutura do governo no Paraná e foram remanejados para os cargos de secretários. Berberi, por exemplo, era presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem). Já Comparsi foi o presidente da Ceasa.
Estilo próprio
Para lideranças políticas ouvidas pela Gazeta do Povo, Pessuti busca tirar o “estilo Requião” para imprimir um “estilo Pessuti” de governar. Não muda as políticas públicas do antecessor, como prometeu no discurso de posse, mas altera a forma de negociá-las e implementá-las. “Ele (Pessuti) tem o estilo mais de construção. O Requião tem o perfil de gerenciar crise. Ele (Requião) sempre administrou na crise”, comenta o presidente do PT no Paraná, deputado estadual Ênio Verri.
Aberlado Lupion, deputado federal e presidente do DEM, segue a mesma linha de raciocínio. “Ele (Pessuti) está tentando retirar aqueles (secretários) que pensam como o chefe (Requião), que tem a belicosidade como primazia.” Lupion também vê as alterações com um viés eleitoral. “Ele (Pessuti) herdou o governo, mas não pode herdar a rejeição do Requião.”
Para o presidente do PMDB no Paraná, o deputado estadual Waldyr Pugliesi, o troca-troca promovido por Pessuti era esperado. “O Pessuti tem um perfil bem diferente do Requião e todo mundo sabia disso. Pela minha visão, não vejo ruptura nenhuma. Há divergências, claro, pois elas existem permanentemente na política.”Fonte: Jornal de Maringá, reportagem de Heliberton Cesca - Colaborou Rosana Félix
Desde que assumiu o governo em 1.º do abril, Orlando Pessuti já trocou o comando de 14 das 31 secretarias estaduais. Apesar da promessa de dar continuidade às políticas públicas implantadas por Roberto Requião, Pessuti em 23 dias como governador tenta imprimir estilo próprio à frente do Palácio Iguaçu. De olho na eleição de outubro – o peemedebista concorre a releição, Pessuti exonerou aliados de Requião, em uma tentativa de desvincular seu governo do seu antecessor. As mudanças irritaram o ex-governador, que ameaçou tirar o apoio à candidatura de Pessuti.
Na última segunda-feira, Requião reproduziu em seu Twitter a frase: “Quem assistiu seu discurso de 31 de março e vê as ações do atual governador não encontrará outra palavra senão a de traição.”
As mudanças que irritaram o ex-governador foram as na Secretaria de Segurança Pública e de Comunicação Social. Luiz Fernando Delazari e Benedito Pires foram exonerados para dar lugar ao coronel Aramis Linhares Serpa e a Ricardo Cansian.
A saída de Delazari, desgastado pelo crescimento dos índices de violência no Paraná, contrariou Requião e motivou a ameaça contra a candidatura de Pessuti.
Mais mudanças
Nos bastidores do Palácio Iguaçu é dada como certa novas mudanças no secretariado, postos do segundo escalão e em estatais. Segunda-feira, o Conselho de Administração da Copel deve referendar o nome de Ronald Ravedutti no lugar de Rubens Ghilardi na direção da empresa (leia mais na página 22).
Ontem, Pessuti nomeou Marco Antônio Berberi para a chefia da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), responsável pela defesa jurídica do governo estadual. A promessa do novo procurador foi de empenhar-se em resolver dois problemas antigos: a multa em decorrência da falta pagamento dos empréstimos para sanear o Banestado e a briga com as concessionárias de pedágio. Antônio Comparsi de Mello assumiu, também ontem, a Secretaria Especial da Corregedoria e Ouvidoria-Geral do Estado.
A maioria das mudanças foi para cobrir vagas abertas por secretários que deixaram os postos para concorrer nas eleições de outubro. Pessuti optou, na maioria dos casos, por pessoas que já ocupavam postos importantes na estrutura do governo no Paraná e foram remanejados para os cargos de secretários. Berberi, por exemplo, era presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem). Já Comparsi foi o presidente da Ceasa.
Estilo próprio
Para lideranças políticas ouvidas pela Gazeta do Povo, Pessuti busca tirar o “estilo Requião” para imprimir um “estilo Pessuti” de governar. Não muda as políticas públicas do antecessor, como prometeu no discurso de posse, mas altera a forma de negociá-las e implementá-las. “Ele (Pessuti) tem o estilo mais de construção. O Requião tem o perfil de gerenciar crise. Ele (Requião) sempre administrou na crise”, comenta o presidente do PT no Paraná, deputado estadual Ênio Verri.
Aberlado Lupion, deputado federal e presidente do DEM, segue a mesma linha de raciocínio. “Ele (Pessuti) está tentando retirar aqueles (secretários) que pensam como o chefe (Requião), que tem a belicosidade como primazia.” Lupion também vê as alterações com um viés eleitoral. “Ele (Pessuti) herdou o governo, mas não pode herdar a rejeição do Requião.”
Para o presidente do PMDB no Paraná, o deputado estadual Waldyr Pugliesi, o troca-troca promovido por Pessuti era esperado. “O Pessuti tem um perfil bem diferente do Requião e todo mundo sabia disso. Pela minha visão, não vejo ruptura nenhuma. Há divergências, claro, pois elas existem permanentemente na política.”Fonte: Jornal de Maringá, reportagem de Heliberton Cesca - Colaborou Rosana Félix
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