Unidade de treinamento para o grupo Choque Moto vai custar R$ 1,5 milhão e contará com o que há de mais moderno, a começar pela casa de tiro
Um grupo de empresários decidiu reagir e agir diante do discurso constante da falta de estrutura da Polícia Militar em Londrina e buscou formas de intervenção concretas. Eles vão investir R$ 1,5 milhão para a construção do Centro de Treinamento do grupo Choque Moto no 5º Batalhão da Polícia MilItar (BPM). Cerca de R$ 100 mil já foram aplicados em projetos arquitetônico, realizado pelo arquiteto Renato Viani, e complementares. Segundo Júnior Machado, um dos empresários envolvidos, é uma ação preventiva que pode gerar economia em gastos com segurança das empresas. “Quanto se gasta com segurança numa empresa?”
A previsão é de que o Centro seja entregue em dois anos. No momento estão fazendo a terraplanagem do terreno, para fazer as fundações. O grupo Raul Fulgêncio já faz filantropia para o setor da saúde (com doações para o Hospital Universitário) e para a educação (mantém uma creche) e entendeu que essa ação deveria ser estendida para a segurança pública. “Por que a filantropia é bem vista na área da saúde, por exemplo, que também é dever do Estado e não é na segurança pública”? questiona. “Foi a partir daí que decidimos verificar de que formas poderíamos ajudar. O civil não tem poder de polícia, mas pode auxiliar com treinamentos, equipamentos, etc. Pegamos dados estatísticos e decidimos ajudar esse grupo [Choque Moto] porque tem maior resultado, devido sua agilidade, já que uma viatura não entra em lugares que uma moto consegue estar.”
O Centro de Treinamento será construído em uma área de 1.800 metros quadrados e contará com o que há de mais moderno em treinamento, a começar pela casa de tiro. “Foi pedida uma cópia da mesma casa que a S.W.A.T [unidade altamente especializada da polícia norte-americana] usa para treino, para termos o que há de mais avançado em termos de treinamento para adentrar em residência, comércio”, explica o soldado do grupo Choque Moto, Ricardo Marsicano. “Tem uma edificação que simula cadeia, outra que simula favela, para treinarmos como andar no corredor de favela, que é curto, como entrar em cadeia em rebelião.” O soldado afirma que o projeto prevê ainda sala de aula, alojamento, vestiário, pista de 900 metros para treinamento de moto. “Até então treinamos em pista esburacada, correndo risco de cair, de quebrar equipamento”, conta o soldado do Choque Moto, Alexandre Alves. A pista será importante, segundo ele, porque terá as condições necessárias para treinamento simulando os obstáculos encontrados na rua.
O tenente-coronel César Kogut, comandante do 5º BPM afirma que o aprimorar o treinamento vai ajudar a PM a corrigir “algumas falhas crônicas que ocorriam no passado, como bala perdida e erro na abordagem”. “Se você pegar o histórico do Choque Moto vai ver que a abordagem do grupo tem uma técnica aprimorada, que evita lesão no marginal e no policial.”
Grupo foi criado em 2004
O grupo de policiamento tático com motocicletas (Choque Motos) do Pelotão de Polícia de Choque do 5º BPM foi criado em junho de 2004, com o objetivo principal de atuar em ocorrências que necessitavam da intervenção policial imediata e com treinamento especial, tendo em vista a facilidade de deslocamento no trânsito intenso em Londrina.
Nos últimos 12 meses de atuação, 17.683 pessoas foram abordadas e 10.137 veículos fiscalizados. Em relação a flagrantes, os policiais do Choque Motos prenderam cerca de 38 infratores, dos quais 19 crianças e adolescentes, 8 procurados da Justiça e 11 procurados por outros crimes.
No que se refere a drogas e armamentos, os policiais apreenderam cerca de 10 quilos de entorpecentes, e 32 armas de fogo, em 12 meses de serviço – quase 3 armas por mês, em média.
Unidade é pioneira e tornou-se referência
O Grupo Choque Motos é composto por dez policiais militares, especialmente treinados, e com um manual técnico de ação próprio.
O conceito de policiamento tático com motociclistas tem como pioneiro o Pelotão de Polícia de Choque do 5º Batalhão da Polícia Militar, que desde o início desenvolveu técnicas específicas de patrulhamento empregando policiais na garupa das motocicletas, bem como, o emprego de armas longas (submetralhadoras e carabinas.
Outro diferencial é a realização de patrulhamento com emprego do grupo com três motocicletas, e quatro policiais, o que garante o cumprimento dos princípios de abordagem com segurança, surpresa, ação vigorosa e agilidade. A técnica e tática de atuação foram desenvolvidas, segundo o soldado Ricardo Marsicano e o soldado Alexandre Alves, a partir de erros e acertos das experiências do dia a dia, já que não tinham como ir para outros estados conhecer a atuação de outros grupos semelhantes.
O grupo se tornou referência e acabou servindo de parâmetro para Curitiba e Maringá na criação de grupos semelhantes. A PM de Mato Grosso também quis conhecer a atuação deles. “Não conseguimos ir até lá, mas como perdemos contato é possível que tenham criado um grupo lá também”, diz o soldado Marsicano. Fonte: Jornal de Londrina, reportagem de Erika Pelegrino
Um grupo de empresários decidiu reagir e agir diante do discurso constante da falta de estrutura da Polícia Militar em Londrina e buscou formas de intervenção concretas. Eles vão investir R$ 1,5 milhão para a construção do Centro de Treinamento do grupo Choque Moto no 5º Batalhão da Polícia MilItar (BPM). Cerca de R$ 100 mil já foram aplicados em projetos arquitetônico, realizado pelo arquiteto Renato Viani, e complementares. Segundo Júnior Machado, um dos empresários envolvidos, é uma ação preventiva que pode gerar economia em gastos com segurança das empresas. “Quanto se gasta com segurança numa empresa?”
A previsão é de que o Centro seja entregue em dois anos. No momento estão fazendo a terraplanagem do terreno, para fazer as fundações. O grupo Raul Fulgêncio já faz filantropia para o setor da saúde (com doações para o Hospital Universitário) e para a educação (mantém uma creche) e entendeu que essa ação deveria ser estendida para a segurança pública. “Por que a filantropia é bem vista na área da saúde, por exemplo, que também é dever do Estado e não é na segurança pública”? questiona. “Foi a partir daí que decidimos verificar de que formas poderíamos ajudar. O civil não tem poder de polícia, mas pode auxiliar com treinamentos, equipamentos, etc. Pegamos dados estatísticos e decidimos ajudar esse grupo [Choque Moto] porque tem maior resultado, devido sua agilidade, já que uma viatura não entra em lugares que uma moto consegue estar.”
O Centro de Treinamento será construído em uma área de 1.800 metros quadrados e contará com o que há de mais moderno em treinamento, a começar pela casa de tiro. “Foi pedida uma cópia da mesma casa que a S.W.A.T [unidade altamente especializada da polícia norte-americana] usa para treino, para termos o que há de mais avançado em termos de treinamento para adentrar em residência, comércio”, explica o soldado do grupo Choque Moto, Ricardo Marsicano. “Tem uma edificação que simula cadeia, outra que simula favela, para treinarmos como andar no corredor de favela, que é curto, como entrar em cadeia em rebelião.” O soldado afirma que o projeto prevê ainda sala de aula, alojamento, vestiário, pista de 900 metros para treinamento de moto. “Até então treinamos em pista esburacada, correndo risco de cair, de quebrar equipamento”, conta o soldado do Choque Moto, Alexandre Alves. A pista será importante, segundo ele, porque terá as condições necessárias para treinamento simulando os obstáculos encontrados na rua.
O tenente-coronel César Kogut, comandante do 5º BPM afirma que o aprimorar o treinamento vai ajudar a PM a corrigir “algumas falhas crônicas que ocorriam no passado, como bala perdida e erro na abordagem”. “Se você pegar o histórico do Choque Moto vai ver que a abordagem do grupo tem uma técnica aprimorada, que evita lesão no marginal e no policial.”
Grupo foi criado em 2004
O grupo de policiamento tático com motocicletas (Choque Motos) do Pelotão de Polícia de Choque do 5º BPM foi criado em junho de 2004, com o objetivo principal de atuar em ocorrências que necessitavam da intervenção policial imediata e com treinamento especial, tendo em vista a facilidade de deslocamento no trânsito intenso em Londrina.
Nos últimos 12 meses de atuação, 17.683 pessoas foram abordadas e 10.137 veículos fiscalizados. Em relação a flagrantes, os policiais do Choque Motos prenderam cerca de 38 infratores, dos quais 19 crianças e adolescentes, 8 procurados da Justiça e 11 procurados por outros crimes.
No que se refere a drogas e armamentos, os policiais apreenderam cerca de 10 quilos de entorpecentes, e 32 armas de fogo, em 12 meses de serviço – quase 3 armas por mês, em média.
Unidade é pioneira e tornou-se referência
O Grupo Choque Motos é composto por dez policiais militares, especialmente treinados, e com um manual técnico de ação próprio.
O conceito de policiamento tático com motociclistas tem como pioneiro o Pelotão de Polícia de Choque do 5º Batalhão da Polícia Militar, que desde o início desenvolveu técnicas específicas de patrulhamento empregando policiais na garupa das motocicletas, bem como, o emprego de armas longas (submetralhadoras e carabinas.
Outro diferencial é a realização de patrulhamento com emprego do grupo com três motocicletas, e quatro policiais, o que garante o cumprimento dos princípios de abordagem com segurança, surpresa, ação vigorosa e agilidade. A técnica e tática de atuação foram desenvolvidas, segundo o soldado Ricardo Marsicano e o soldado Alexandre Alves, a partir de erros e acertos das experiências do dia a dia, já que não tinham como ir para outros estados conhecer a atuação de outros grupos semelhantes.
O grupo se tornou referência e acabou servindo de parâmetro para Curitiba e Maringá na criação de grupos semelhantes. A PM de Mato Grosso também quis conhecer a atuação deles. “Não conseguimos ir até lá, mas como perdemos contato é possível que tenham criado um grupo lá também”, diz o soldado Marsicano. Fonte: Jornal de Londrina, reportagem de Erika Pelegrino
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