Candidatura própria de última hora pode intensificar tendência de redução de bancadas do partido no Estado
O PT pode acabar perdendo espaço no Paraná caso decida mesmo optar pela candidatura própria ao governo do Estado nas eleições de outubro. A avaliação tem como base o resultado das recentes disputas eleitorais, quando o partido lançou candidato ao Palácio das Araucárias e as maiores Prefeituras paranaenses apenas para marcar posição e acabou perdendo representatividade na Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais. Além disso, depois de apostar em alianças como forma de garantir um palanque forte para Dilma Roussef no Estado, o partido não preparou uma candidatura própria consistente, e as principais lideranças da legenda estão fora da disputa.
Depois de dedicar os últimos oito meses a construção de aliança com o PDT em torno da candidatura do senador Osmar Dias ao governo, na última semana, após desentendimento com pedetistas, os caciques petistas decidiram retomar as discussões em torno da candidatura própria.
Na eleição de 2006, mesmo sem unidade, o PT apresentou o senador Flávio Arns (hoje no PSDB) como candidato ao governo. Ainda no 1º turno, Arns foi abandonado pelos correligionários que, em sua maioria, trabalham pela reeleição de Roberto Requião (PMDB). Como resultado, o partido recebeu pouco mais de 9% dos votos e acabou perdendo cadeiras na Assembleia. De nove representantes no Legislativo, os petistas caíram para seis.
Na última disputa municipal a história se repetiu. Em números gerais, o PT encerrou as eleições 2008 apenas como quinto maior partido do Paraná, com 32 prefeitos eleitos. Mesmo com a máquina federal nas mãos, a legenda sofreu derrotas em municípios importantes, incluindo Curitiba, onde Gleisi Hoffmann (PT) recebeu pouco mais de 18% dos votos, contra 77% do prefeito reeleito, Beto Richa (PSDB). Em 2004, o candidato petista à prefeitura, Ângelo Vanhoni, terminou o primeiro turno com 31% dos votos, contra 35% de Beto Richa, passando ao segundo turno.
Em Maringá, município administrado pelo partido entre 2000 e 2004 - o deputado estadual e atual presidente do PT do Paraná, Ênio Verri foi superado por Silvio Barros (PP), por diferença de mais de 64 mil votos, ou 25% do eleitorado. Em Londrina, o deputado federal e ex-presidente do PT do Paraná, André Vargas, não conseguiu ir além de um quinto lugar, com pouco mais de 14 mil votos, em um universo de 341.908 eleitores. Isso apesar do partido ter administrado a cidade durante os oito anos anteriores, com Nedson Micheletti, hoje cotado como pré-candidato ao governo.
Defensor da candidatura própria durante a disputa pela presidência do partido no ano passado, o candidato derrotado, deputado estadual Tadeu Veneri, confirma que um projeto de última hora, sem planejamento pode trazer prejuízos. “Nos últimos oito anos, o PT e seus dirigentes tiveram condição de construir um nome para representar o partido nas eleições de 2010 no Paraná e não fizeram isso. Partidos com expressão nacional e estadual sempre devem considerar a candidatura própria. Claro que o lançamento de uma candidatura sem a devida preparação pode trazer prejuízos”, analisa. Fonte: Bem Paraná, reportagem de Abraão Benício
O PT pode acabar perdendo espaço no Paraná caso decida mesmo optar pela candidatura própria ao governo do Estado nas eleições de outubro. A avaliação tem como base o resultado das recentes disputas eleitorais, quando o partido lançou candidato ao Palácio das Araucárias e as maiores Prefeituras paranaenses apenas para marcar posição e acabou perdendo representatividade na Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais. Além disso, depois de apostar em alianças como forma de garantir um palanque forte para Dilma Roussef no Estado, o partido não preparou uma candidatura própria consistente, e as principais lideranças da legenda estão fora da disputa.
Depois de dedicar os últimos oito meses a construção de aliança com o PDT em torno da candidatura do senador Osmar Dias ao governo, na última semana, após desentendimento com pedetistas, os caciques petistas decidiram retomar as discussões em torno da candidatura própria.
Na eleição de 2006, mesmo sem unidade, o PT apresentou o senador Flávio Arns (hoje no PSDB) como candidato ao governo. Ainda no 1º turno, Arns foi abandonado pelos correligionários que, em sua maioria, trabalham pela reeleição de Roberto Requião (PMDB). Como resultado, o partido recebeu pouco mais de 9% dos votos e acabou perdendo cadeiras na Assembleia. De nove representantes no Legislativo, os petistas caíram para seis.
Na última disputa municipal a história se repetiu. Em números gerais, o PT encerrou as eleições 2008 apenas como quinto maior partido do Paraná, com 32 prefeitos eleitos. Mesmo com a máquina federal nas mãos, a legenda sofreu derrotas em municípios importantes, incluindo Curitiba, onde Gleisi Hoffmann (PT) recebeu pouco mais de 18% dos votos, contra 77% do prefeito reeleito, Beto Richa (PSDB). Em 2004, o candidato petista à prefeitura, Ângelo Vanhoni, terminou o primeiro turno com 31% dos votos, contra 35% de Beto Richa, passando ao segundo turno.
Em Maringá, município administrado pelo partido entre 2000 e 2004 - o deputado estadual e atual presidente do PT do Paraná, Ênio Verri foi superado por Silvio Barros (PP), por diferença de mais de 64 mil votos, ou 25% do eleitorado. Em Londrina, o deputado federal e ex-presidente do PT do Paraná, André Vargas, não conseguiu ir além de um quinto lugar, com pouco mais de 14 mil votos, em um universo de 341.908 eleitores. Isso apesar do partido ter administrado a cidade durante os oito anos anteriores, com Nedson Micheletti, hoje cotado como pré-candidato ao governo.
Defensor da candidatura própria durante a disputa pela presidência do partido no ano passado, o candidato derrotado, deputado estadual Tadeu Veneri, confirma que um projeto de última hora, sem planejamento pode trazer prejuízos. “Nos últimos oito anos, o PT e seus dirigentes tiveram condição de construir um nome para representar o partido nas eleições de 2010 no Paraná e não fizeram isso. Partidos com expressão nacional e estadual sempre devem considerar a candidatura própria. Claro que o lançamento de uma candidatura sem a devida preparação pode trazer prejuízos”, analisa. Fonte: Bem Paraná, reportagem de Abraão Benício
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