A tragédia provocada pelas chuvas que caem no Estado do Rio desde segunda-feira passada ganhou contornos ainda mais dramáticos com o deslizamento de cerca de 50 casas na noite de quarta-feira (7) no morro do Bumba, em Niterói. O Estado já contabiliza 171 mortos, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Mas o número pode dobrar. Segundo estimativas dos bombeiros, cerca de 200 pessoas podem estar sob os escombros do deslizamento em Niterói, a cidade com maior número de vítimas até as 19 horas desta quinta-feira (08), 99. O prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, decretou estado de calamidade pública no município.
Até o final da tarde de quinta-feira, 12 corpos foram retirados no Morro do Bumba, no bairro Viçoso Jardim. A operação de resgate é dificultada pelas próprias características do lugar. A terra desceu por cerca de 600 metros. A expectativa é que o resgate dos corpos demore no mínimo duas semanas. A favela cresceu ao longo dos últimos 30 anos num terreno onde há 50 anos funcionava um lixão. Foi a pior catástrofe relacionada à ocupação desordenada nesta tragédia das chuvas. "As pessoas não tiveram muito tempo para reagir. O que ocorreu foi uma avalanche", disse o subcomandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel José Paulo Miranda de Queiroz.
Antes do deslizamento, os bombeiros foram chamados para resgatar uma pessoa soterrada no morro. Eles chegaram a levar uma retroescavadeira, mas voltaram ao quartel para pegar equipamentos para a noite. Por volta das 21h50, os moradores ouviram um estrondo seguido de uma avalanche de terra. Na segunda-feira, duas casas haviam desabado após um deslizamento. Um homem de 62 anos estava desaparecido. Algumas pessoas foram retiradas de casas de risco. Pelo menos 30 estavam hospedadas em casas de vizinhos no alto do morro e agora estão desaparecidas. Cinquenta e seis foram resgatadas com vida. Cerca de 300 homens, entre integrantes da Força Nacional de Segurança, policiais civis, bombeiros e policiais militares trabalharam nas operações de resgate.
Explosão
A secretária de Estado do Ambiente, Marilene Ramos, disse que a provável causa do deslizamento foi uma explosão do gás metano em decomposição do antigo lixão. Segundo ela, o lixo em decomposição formou uma bolsa de gás metano que em contato com o ar causou a explosão ouvida pelos moradores. "Trata-se de um terreno insalubre e ainda que não houvesse tamanha instabilidade nunca deveria ter sido ocupado", declarou a secretária. O lixão estava desativado há 50 anos.
Na capital, as chuvas já deixaram 52 mortos. No Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, os bombeiros conseguiram retirar mais quatro corpos, aumentando para 22 o número de vítimas na favela. O trabalho de resgate teve que ser interrompido por alguns momentos, quando a chuva voltava a ficar mais forte.
Moradores da favela se queixaram, no entanto, do que chamaram de falta de estrutura logística. Segundo eles, estão faltando caminhões e caçambas para recolher o entulho que as escavadeiras estão retirando dos locais mais atingidos. De acordo com os bombeiros, os corpos de pelo menos mais 15 pessoas devem estar ainda debaixo dos escombros e da lama. Fonte: Agência Estado
Até o final da tarde de quinta-feira, 12 corpos foram retirados no Morro do Bumba, no bairro Viçoso Jardim. A operação de resgate é dificultada pelas próprias características do lugar. A terra desceu por cerca de 600 metros. A expectativa é que o resgate dos corpos demore no mínimo duas semanas. A favela cresceu ao longo dos últimos 30 anos num terreno onde há 50 anos funcionava um lixão. Foi a pior catástrofe relacionada à ocupação desordenada nesta tragédia das chuvas. "As pessoas não tiveram muito tempo para reagir. O que ocorreu foi uma avalanche", disse o subcomandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel José Paulo Miranda de Queiroz.
Antes do deslizamento, os bombeiros foram chamados para resgatar uma pessoa soterrada no morro. Eles chegaram a levar uma retroescavadeira, mas voltaram ao quartel para pegar equipamentos para a noite. Por volta das 21h50, os moradores ouviram um estrondo seguido de uma avalanche de terra. Na segunda-feira, duas casas haviam desabado após um deslizamento. Um homem de 62 anos estava desaparecido. Algumas pessoas foram retiradas de casas de risco. Pelo menos 30 estavam hospedadas em casas de vizinhos no alto do morro e agora estão desaparecidas. Cinquenta e seis foram resgatadas com vida. Cerca de 300 homens, entre integrantes da Força Nacional de Segurança, policiais civis, bombeiros e policiais militares trabalharam nas operações de resgate.
Explosão
A secretária de Estado do Ambiente, Marilene Ramos, disse que a provável causa do deslizamento foi uma explosão do gás metano em decomposição do antigo lixão. Segundo ela, o lixo em decomposição formou uma bolsa de gás metano que em contato com o ar causou a explosão ouvida pelos moradores. "Trata-se de um terreno insalubre e ainda que não houvesse tamanha instabilidade nunca deveria ter sido ocupado", declarou a secretária. O lixão estava desativado há 50 anos.
Na capital, as chuvas já deixaram 52 mortos. No Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, os bombeiros conseguiram retirar mais quatro corpos, aumentando para 22 o número de vítimas na favela. O trabalho de resgate teve que ser interrompido por alguns momentos, quando a chuva voltava a ficar mais forte.
Moradores da favela se queixaram, no entanto, do que chamaram de falta de estrutura logística. Segundo eles, estão faltando caminhões e caçambas para recolher o entulho que as escavadeiras estão retirando dos locais mais atingidos. De acordo com os bombeiros, os corpos de pelo menos mais 15 pessoas devem estar ainda debaixo dos escombros e da lama. Fonte: Agência Estado
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