Em menos de 24 horas, dois ônibus do transporte coletivo de Londrina foram incendiados por criminosos. Ataques seriam represálias contra supostos maus-tratos no Centro de Detenção e Ressocialização. Direção nega irregularidades
Os dois atentados a ônibus do transporte coletivo de Londrina levaram as autoridades policiais e o Ministério Público (MP) a realizarem uma reunião de emergência, na manhã desta sexta-feira (9), para discutir o assunto. O encontro, na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), reuniu os comandos das polícias Civil e Militar, promotores do MP e a direção do Centro de Detenção e Ressocialização (CDR).
Nos dois atentados, os criminosos deixaram mensagens afirmando que os atos eram uma represália a supostos maus tratos na unidade prisional. Na saída da reunião, o diretor do CDR, major Raul Leão Vidal, afirmou que não há qualquer irregularidade e também não foram registradas queixas dos detentos nos últimos dias. “As diretrizes são as mesmas desde o início das atividades da unidade. Nada foi alterado. Temos as nossas regras e elas continuaram a ser cumpridas”, declarou.
Ele ainda declarou não acreditar que os crimes estejam relacionadas a atuação de facções criminosos. No entanto, Vidal entregou aos promotores do Gaeco uma lista com 26 nomes de presos ligados a organizações, a maioria ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que estão isolados em uma ala do presídio. “O caso foi uma surpresa, pois este tipo de retaliação parte na maioria das vezes de dentro para fora das unidades. Desta vez, está ocorrendo de fora para dentro. Não houve nenhuma movimentação dos presos e nem dos familiares”, afirmou.
No final da noite da quinta-feira (8), um micro-ônibus da empresa Grande Londrina foi incendiado no Jardim Pindorama, zona leste. Durante a madrugada, o ônibus da linha 210 do Jardim União da Vitória, na Zona Sul, foi totalmente destruído pelo fogo. Nos dois casos, cinco homens armados renderam os motoristas e passageiros, espalharam um líquido inflamável e atearam fogo nos veículos. Ninguém ficou ferido e nenhum dos suspeitos foi preso.
Medidas de prevenção
Na tarde da quinta-feira, o delegado-chefe da 10ª Subdivisão da Polícia Civil, Sérgio Barroso, tratou o caso como “vandalismo”. No entanto, nesta manhã ele já começou a considerar a hipótese de uma ação criminosa. “Começamos a trabalhar com outras linhas de investigação. Ainda não podemos afirmar que há relação entre os dois casos, pois nesta madrugada foram adolescentes sem capuz que atearam fogo no ônibus, no primeiro foram homens encapuzados. Porém, não descartamos nenhuma hipótese”, disse.
O porta-voz da Polícia Militar, tenente Ricardo Eguedis, informou que a polícia intensificará a fiscalização nas regiões que ocorreram os atentados. Outra medida anunciada é a presença de policiais à paisana dentro dos coletivos. “Assim, poderemos agir de maneira mais rápida. Se não pudermos impedir a ação, pelo menos teremos mais fontes de informação”, declarou.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon) informou que pediu rapidez e rigor nas apurações dos atentados. A entidade afirmou ainda que as empresas continuarão a atender todas as linhas e horários. “Os dois incidentes são práticas de vândalos que querem chamar a atenção e não tem nenhuma ligação com a atividade do transporte”, finalizou o Metrolon. Fonte: Jornal de Londrina, reportagem de Daniel Costa
Os dois atentados a ônibus do transporte coletivo de Londrina levaram as autoridades policiais e o Ministério Público (MP) a realizarem uma reunião de emergência, na manhã desta sexta-feira (9), para discutir o assunto. O encontro, na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), reuniu os comandos das polícias Civil e Militar, promotores do MP e a direção do Centro de Detenção e Ressocialização (CDR).
Nos dois atentados, os criminosos deixaram mensagens afirmando que os atos eram uma represália a supostos maus tratos na unidade prisional. Na saída da reunião, o diretor do CDR, major Raul Leão Vidal, afirmou que não há qualquer irregularidade e também não foram registradas queixas dos detentos nos últimos dias. “As diretrizes são as mesmas desde o início das atividades da unidade. Nada foi alterado. Temos as nossas regras e elas continuaram a ser cumpridas”, declarou.
Ele ainda declarou não acreditar que os crimes estejam relacionadas a atuação de facções criminosos. No entanto, Vidal entregou aos promotores do Gaeco uma lista com 26 nomes de presos ligados a organizações, a maioria ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que estão isolados em uma ala do presídio. “O caso foi uma surpresa, pois este tipo de retaliação parte na maioria das vezes de dentro para fora das unidades. Desta vez, está ocorrendo de fora para dentro. Não houve nenhuma movimentação dos presos e nem dos familiares”, afirmou.
No final da noite da quinta-feira (8), um micro-ônibus da empresa Grande Londrina foi incendiado no Jardim Pindorama, zona leste. Durante a madrugada, o ônibus da linha 210 do Jardim União da Vitória, na Zona Sul, foi totalmente destruído pelo fogo. Nos dois casos, cinco homens armados renderam os motoristas e passageiros, espalharam um líquido inflamável e atearam fogo nos veículos. Ninguém ficou ferido e nenhum dos suspeitos foi preso.
Medidas de prevenção
Na tarde da quinta-feira, o delegado-chefe da 10ª Subdivisão da Polícia Civil, Sérgio Barroso, tratou o caso como “vandalismo”. No entanto, nesta manhã ele já começou a considerar a hipótese de uma ação criminosa. “Começamos a trabalhar com outras linhas de investigação. Ainda não podemos afirmar que há relação entre os dois casos, pois nesta madrugada foram adolescentes sem capuz que atearam fogo no ônibus, no primeiro foram homens encapuzados. Porém, não descartamos nenhuma hipótese”, disse.
O porta-voz da Polícia Militar, tenente Ricardo Eguedis, informou que a polícia intensificará a fiscalização nas regiões que ocorreram os atentados. Outra medida anunciada é a presença de policiais à paisana dentro dos coletivos. “Assim, poderemos agir de maneira mais rápida. Se não pudermos impedir a ação, pelo menos teremos mais fontes de informação”, declarou.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon) informou que pediu rapidez e rigor nas apurações dos atentados. A entidade afirmou ainda que as empresas continuarão a atender todas as linhas e horários. “Os dois incidentes são práticas de vândalos que querem chamar a atenção e não tem nenhuma ligação com a atividade do transporte”, finalizou o Metrolon. Fonte: Jornal de Londrina, reportagem de Daniel Costa
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