Acuado pelas sucessivas denúncias de irregularidades na Assembleia Legislativa (AL), o deputado estadual Nelson Justus (DEM), disse ontem que a presidência da Casa não tinha ingerência sobre a direção geral, que controlava todos os pagamentos de pessoal e despesas.
“Eu nunca assinei um cheque da Assembleia, nunca tive acesso a uma folha de pagamento”, disse Justus. Ele afirmou que a esfera administrativa sempre foi gerida de forma autônoma pelo ex-diretor geral Abib Miguel, preso desde abril, acusado de comandar um esquema de desvio de recursos públicos por meio de “laranjas” e servidores fantasmas.
Para o presidente da Assembleia, é como se a administração da Casa fosse “terceirizada”, sem controle por parte da Mesa. “Era uma unidade autônoma e com poderes para isso. A Mesa não tinha nem como desconfiar desse processo todo. Que bom que isso está no Ministério Público, porque eles vão ter que descobrir. Como é que iriam conseguir contratar uma pessoa com sete anos de idade? Não tem como, é impossível. Isso me cheira a troca de número de matrícula. Está na mão deles”, comentou.
O papel do presidente da Assembleia Legislativa não é controlar contas, afirmou Justus. “Qual é a função do presidente da Casa? Manter o bom relacionamento entre os poderes, fazer toda a parte política da Casa, representar a Casa, montar a pauta, coordenar tudo o que acontece de política na casa. Esse é o papel nosso. Se eu tiver que gerir tudo, não funciona”, afirmou.
Justus disse que nunca teve motivos para desconfiar da sangria dos recursos da AL. “Todos os presidentes foram deixando a mesma diretoria, as coisas foram acontecendo do mesmo jeito, com um detalhe: a Assembleia sempre teve as suas contas muito bem controladas, tanto que não pedimos qualquer aumento em seu percentual (nos repasses do Estado)”, justificou.
Justus disse que Bibinho sempre esteve na posição de gerente e que ninguém nunca contestou sua forma de atuar. “Me lembro que a primeira vez que fui eleito vim falar com o Aníbal e já fui atendido pelo Bibinho, que me providenciou o gabinete, o carro,.Tudo era assim, o Bibinho era o gerente. Ninguém pode dizer que não gostava do Bibinho, todos conviviam com ele, até vocês. A Casa era gerida desse jeito”, afirmou.
Embora afirme que não suspeitasse de desvios, o presidente da AL disse que quando assumiu o cargo pela primeira vez, em 1999, logo após a morte do ex-deputado Aníbal Curi, começou um processo de modernização administrativa.
E que estava em meio a esse processo de mudanças quando a RPC TV e o jornal Gazeta do Povo publicaram a série de denúncias que abalou a credibilidade do Legislativo.
“Esse plano não é novo, nós imaginamos isso e fomos atropelados. Vínhamos fazendo isso com vagar e com o próprio apoio do Ministério Público, com quem íamos trocando informações e orientações. Fomos atropelados por essas denúncias, que atrapalharam esse processo todo. Nós não podíamos mais viver numa Assembleia que não fosse moderna, que não fosse atualizada, que não fosse transparente. Não tinha mais cabimento”, afirmou.
Porém, o processo é muito lento e a sociedade tem dificuldades para entender e aceitar esse ritmo, alegou. “Mas é um processo lento, porque não se muda uma mentalidade da Casa de 40 anos de uma hora para outra”, afirmou, garantindo que, mesmo sob fogo cruzado, não tem motivos para deixar o cargo. “Estou pagando uma conta que não é minha, mas estou aguentando o tranco sozinho e vou aguentar até o fim”, concluiu. Fonte: Paraná Online, reportagem de Elizabete Castro e Roger Pereira
“Eu nunca assinei um cheque da Assembleia, nunca tive acesso a uma folha de pagamento”, disse Justus. Ele afirmou que a esfera administrativa sempre foi gerida de forma autônoma pelo ex-diretor geral Abib Miguel, preso desde abril, acusado de comandar um esquema de desvio de recursos públicos por meio de “laranjas” e servidores fantasmas.
Para o presidente da Assembleia, é como se a administração da Casa fosse “terceirizada”, sem controle por parte da Mesa. “Era uma unidade autônoma e com poderes para isso. A Mesa não tinha nem como desconfiar desse processo todo. Que bom que isso está no Ministério Público, porque eles vão ter que descobrir. Como é que iriam conseguir contratar uma pessoa com sete anos de idade? Não tem como, é impossível. Isso me cheira a troca de número de matrícula. Está na mão deles”, comentou.
O papel do presidente da Assembleia Legislativa não é controlar contas, afirmou Justus. “Qual é a função do presidente da Casa? Manter o bom relacionamento entre os poderes, fazer toda a parte política da Casa, representar a Casa, montar a pauta, coordenar tudo o que acontece de política na casa. Esse é o papel nosso. Se eu tiver que gerir tudo, não funciona”, afirmou.
Justus disse que nunca teve motivos para desconfiar da sangria dos recursos da AL. “Todos os presidentes foram deixando a mesma diretoria, as coisas foram acontecendo do mesmo jeito, com um detalhe: a Assembleia sempre teve as suas contas muito bem controladas, tanto que não pedimos qualquer aumento em seu percentual (nos repasses do Estado)”, justificou.
Justus disse que Bibinho sempre esteve na posição de gerente e que ninguém nunca contestou sua forma de atuar. “Me lembro que a primeira vez que fui eleito vim falar com o Aníbal e já fui atendido pelo Bibinho, que me providenciou o gabinete, o carro,.Tudo era assim, o Bibinho era o gerente. Ninguém pode dizer que não gostava do Bibinho, todos conviviam com ele, até vocês. A Casa era gerida desse jeito”, afirmou.
Embora afirme que não suspeitasse de desvios, o presidente da AL disse que quando assumiu o cargo pela primeira vez, em 1999, logo após a morte do ex-deputado Aníbal Curi, começou um processo de modernização administrativa.
E que estava em meio a esse processo de mudanças quando a RPC TV e o jornal Gazeta do Povo publicaram a série de denúncias que abalou a credibilidade do Legislativo.
“Esse plano não é novo, nós imaginamos isso e fomos atropelados. Vínhamos fazendo isso com vagar e com o próprio apoio do Ministério Público, com quem íamos trocando informações e orientações. Fomos atropelados por essas denúncias, que atrapalharam esse processo todo. Nós não podíamos mais viver numa Assembleia que não fosse moderna, que não fosse atualizada, que não fosse transparente. Não tinha mais cabimento”, afirmou.
Porém, o processo é muito lento e a sociedade tem dificuldades para entender e aceitar esse ritmo, alegou. “Mas é um processo lento, porque não se muda uma mentalidade da Casa de 40 anos de uma hora para outra”, afirmou, garantindo que, mesmo sob fogo cruzado, não tem motivos para deixar o cargo. “Estou pagando uma conta que não é minha, mas estou aguentando o tranco sozinho e vou aguentar até o fim”, concluiu. Fonte: Paraná Online, reportagem de Elizabete Castro e Roger Pereira
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