A rebelião na PCE, em janeiro deste ano, terminou com sete mortes. Agentes penitenciários temem novos motins caso a PM deixe a unidade. Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Comando da Polícia Militar quer retirar efetivo de 70 homens que ajudam na segurança da unidade desde a última rebelião, em janeiro
Agentes penitenciários que trabalham na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, prometem deixar a unidade caso o efetivo policial diminua no começo do próximo mês. A assessoria da Polícia Militar informou nesta semana que o efetivo excedente ao Batalhão da Guarda deve ser retirado quando as reformas na unidade terminarem, em junho. Sem os policiais, os agentes temem que uma nova rebelião possa ocorrer.
Hoje, o efetivo da PM na PCE é de 105 policiais, que se revezam em plantões. Desses, 35 são do Batalhão da Guarda. A intenção do comando da Polícia Militar é retirar 70 policiais que ajudam na segurança da unidade e que pertencem à Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone) e à Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam). Os policiais estão no local para garantir a segurança desde a última rebelião de detentos, nos dias 14 de 15 de janeiro, quando morreram sete presos e três agentes foram feitos reféns.
“Sabemos que a sociedade precisa dos policiais, mas não tem como retirá-los da PCE, que é um barril de pólvora”, diz o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, José Roberto Neves. Segundo ele, há 25 agentes por plantão na PCE. Neves já encaminhou ofício à promotora da Corregedoria dos Presídios, Maria Esperia Moura, para a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju) e para a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), pedindo que os policiais permaneçam.
Sem controle
Segundo um agente ouvido pela reportagem, todo o quadro de agentes da penitenciária teme uma nova rebelião caso a polícia deixe o local. “Se a PM sair, nós vamos sair junto”, comenta o agente, que pediu para não ser identificado. “Não vai ter como controlar os presos sem a polícia.”
Para a promotora Maria Esperia Moura, o efetivo de 70 policiais deve permanecer até o fim do ano, data prevista pela Seju para o término das obras das novas galerias. “Entendo e concordo que não é papel da polícia ficar lá no presídio, mas há necessidade”, afirma. A Seju espera transferir os cerca de mil presos da PCE para as novas galerias da unidade, construídas com estrutura reforçada.
A assessoria da Sesp confirmou que apenas policiais do Batalhão da Guarda permanecerão na PCE. Na avaliação da Sesp, o efetivo seria suficiente para manter a segurança no local. A reportagem procurou a Seju para comentar o caso, mas não houve retorno até o fechamento desta edição. Fonte: Gazeta do Povo, reportagem de Diego Ribeiro
Comando da Polícia Militar quer retirar efetivo de 70 homens que ajudam na segurança da unidade desde a última rebelião, em janeiro
Agentes penitenciários que trabalham na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, prometem deixar a unidade caso o efetivo policial diminua no começo do próximo mês. A assessoria da Polícia Militar informou nesta semana que o efetivo excedente ao Batalhão da Guarda deve ser retirado quando as reformas na unidade terminarem, em junho. Sem os policiais, os agentes temem que uma nova rebelião possa ocorrer.
Hoje, o efetivo da PM na PCE é de 105 policiais, que se revezam em plantões. Desses, 35 são do Batalhão da Guarda. A intenção do comando da Polícia Militar é retirar 70 policiais que ajudam na segurança da unidade e que pertencem à Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone) e à Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam). Os policiais estão no local para garantir a segurança desde a última rebelião de detentos, nos dias 14 de 15 de janeiro, quando morreram sete presos e três agentes foram feitos reféns.
“Sabemos que a sociedade precisa dos policiais, mas não tem como retirá-los da PCE, que é um barril de pólvora”, diz o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, José Roberto Neves. Segundo ele, há 25 agentes por plantão na PCE. Neves já encaminhou ofício à promotora da Corregedoria dos Presídios, Maria Esperia Moura, para a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju) e para a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), pedindo que os policiais permaneçam.
Sem controle
Segundo um agente ouvido pela reportagem, todo o quadro de agentes da penitenciária teme uma nova rebelião caso a polícia deixe o local. “Se a PM sair, nós vamos sair junto”, comenta o agente, que pediu para não ser identificado. “Não vai ter como controlar os presos sem a polícia.”
Para a promotora Maria Esperia Moura, o efetivo de 70 policiais deve permanecer até o fim do ano, data prevista pela Seju para o término das obras das novas galerias. “Entendo e concordo que não é papel da polícia ficar lá no presídio, mas há necessidade”, afirma. A Seju espera transferir os cerca de mil presos da PCE para as novas galerias da unidade, construídas com estrutura reforçada.
A assessoria da Sesp confirmou que apenas policiais do Batalhão da Guarda permanecerão na PCE. Na avaliação da Sesp, o efetivo seria suficiente para manter a segurança no local. A reportagem procurou a Seju para comentar o caso, mas não houve retorno até o fechamento desta edição. Fonte: Gazeta do Povo, reportagem de Diego Ribeiro
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