Governo estadual alega que precisa ver se tem dinheiro em caixa para cumprir ainda neste mês o aumento salarial aprovado pela Assembleia
O reajuste salarial de 5% ao funcionalismo público estadual, aprovado pela Assembleia Legislativa em março, corre o risco de não ser pago neste mês – data-base da categoria. Ontem, após cobranças da oposição, o líder do governo na Casa, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), admitiu que a Secretaria de Administração ainda não definiu se haverá caixa suficiente para pagar o reajuste aos servidores. Representantes da categoria disseram acreditar que o governo irá cumprir o pagamento e não será “caloteiro”.
Em discurso no plenário, o líder da oposição, Élio Rusch (DEM), afirmou ter recebido a informação de que as folhas de pagamento de maio já teriam sido impressas sem o reajuste de 5%. Ele criticou ainda a derrubada da emenda, proposta pela oposição durante a votação do reajuste há dois meses, que determinava o pagamento do reajuste em 1.º de maio. “O rolo compressor do governo agiu e a emenda foi rejeitada. Com isso, o projeto ficou sem data definida para se implantar o reajuste”, argumentou. “Se as finanças vão tão bem como o [deputado] Romanelli disse ontem (segunda-feira), que se dê o reajuste.”
Romanelli, por outro lado, afirmou ter recebido a garantia da secretária de Administração, Maria Marta Lunardon, de que as folhas de pagamento de maio ainda não foram impressas. Segundo ele, o governo ainda não tomou uma decisão sobre o pagamento do reajuste, porque depende de um posicionamento da Secretaria de Fazenda. “Dependemos da posição fazendária para saber se haverá caixa. Se houver dinheiro, será pago o reajuste. Do contrário, pagaremos no mês que vem, conforme já prevê a legislação”, argumentou Romanelli. “O governo não tem uma caixa d’água, tem uma torneira.” O líder do governo rebateu as declarações de Rusch e alegou que, na verdade, disse que as finanças do estado estão “equilibradas”.
Na expectativa
De acordo com Heitor Raymundo, um dos coordenadores do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, os servidores se reunirão sexta-feira com a secretária Maria Marta – dia em que a folha de pagamento será fechada. Ele afirmou que espera do governo o cumprimento do pagamento do reajuste. “Por lei, nossa data-base é maio. Portanto, o governo tem que nos pagar em maio”, defendeu. “Não acreditamos que o governo vai desrespeitar a lei. Ele tem que dar o exemplo para qualquer cidadão. Por isso estamos entendendo que ele não vai ser caloteiro.”
O aumento de 5% vale para os 252,5 mil servidores estaduais, entre pessoal da ativa, aposentados e pensionistas. O impacto na folha de pagamento do Executivo será de R$ 67,7 milhões mensais. Atualmente, os gastos do governo estadual com pessoal são de R$ 680 milhões por mês. Fonte: Gazeta do Povo, reportagem de Euclides Lucas Garcia
O reajuste salarial de 5% ao funcionalismo público estadual, aprovado pela Assembleia Legislativa em março, corre o risco de não ser pago neste mês – data-base da categoria. Ontem, após cobranças da oposição, o líder do governo na Casa, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), admitiu que a Secretaria de Administração ainda não definiu se haverá caixa suficiente para pagar o reajuste aos servidores. Representantes da categoria disseram acreditar que o governo irá cumprir o pagamento e não será “caloteiro”.
Em discurso no plenário, o líder da oposição, Élio Rusch (DEM), afirmou ter recebido a informação de que as folhas de pagamento de maio já teriam sido impressas sem o reajuste de 5%. Ele criticou ainda a derrubada da emenda, proposta pela oposição durante a votação do reajuste há dois meses, que determinava o pagamento do reajuste em 1.º de maio. “O rolo compressor do governo agiu e a emenda foi rejeitada. Com isso, o projeto ficou sem data definida para se implantar o reajuste”, argumentou. “Se as finanças vão tão bem como o [deputado] Romanelli disse ontem (segunda-feira), que se dê o reajuste.”
Romanelli, por outro lado, afirmou ter recebido a garantia da secretária de Administração, Maria Marta Lunardon, de que as folhas de pagamento de maio ainda não foram impressas. Segundo ele, o governo ainda não tomou uma decisão sobre o pagamento do reajuste, porque depende de um posicionamento da Secretaria de Fazenda. “Dependemos da posição fazendária para saber se haverá caixa. Se houver dinheiro, será pago o reajuste. Do contrário, pagaremos no mês que vem, conforme já prevê a legislação”, argumentou Romanelli. “O governo não tem uma caixa d’água, tem uma torneira.” O líder do governo rebateu as declarações de Rusch e alegou que, na verdade, disse que as finanças do estado estão “equilibradas”.
Na expectativa
De acordo com Heitor Raymundo, um dos coordenadores do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, os servidores se reunirão sexta-feira com a secretária Maria Marta – dia em que a folha de pagamento será fechada. Ele afirmou que espera do governo o cumprimento do pagamento do reajuste. “Por lei, nossa data-base é maio. Portanto, o governo tem que nos pagar em maio”, defendeu. “Não acreditamos que o governo vai desrespeitar a lei. Ele tem que dar o exemplo para qualquer cidadão. Por isso estamos entendendo que ele não vai ser caloteiro.”
O aumento de 5% vale para os 252,5 mil servidores estaduais, entre pessoal da ativa, aposentados e pensionistas. O impacto na folha de pagamento do Executivo será de R$ 67,7 milhões mensais. Atualmente, os gastos do governo estadual com pessoal são de R$ 680 milhões por mês. Fonte: Gazeta do Povo, reportagem de Euclides Lucas Garcia
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